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Estreia do “Bate-papo do DI” destaca a multidisciplinaridade do Design UX

Professor Alberto Raposo e aluna Karina Tronkos conversaram sobre Design UX em live do “Bate-Papo do DI”. Foto: Reprodução

O professor Alberto Raposo e a aluna Karina Tronkos conversaram sobre importância da área para a experiência dos usuários

 

Se você ainda não está convencido da relevância do Design UX nos dias de hoje, o professor do DI Alberto Raposo, gerente de projetos do Tecgraf, alerta: “tudo tem uma experiência, até mesmo abrir um saquinho de ketchup!” Segundo ele, esse é um elemento fundamental na venda de um produto. A reflexão foi compartilhada durante a live Design UX: uma computação mais humana, realizada nesta quarta-feira (19), no Instagram do DI. A transmissão estreou a série “Bate-papo do DI” e contou com a participação de Karina Tronkos, que é orientanda de Raposo na graduação e produtora de conteúdo no perfil do Instagram nina_talks.

 

O User Experience vai além dos sistemas computacionais, e é extremamente multidisciplinar, destacaram os participantes durante a conversa. Para Raposo, a contribuição de profissionais de diferentes áreas é essencial para uma boa compreensão do usuário e, por isso, é muito bem-vinda. “Não dá pra pensar em um sistema feito apenas pelo programador. Você precisa das outras pessoas que vão criar essa experiência, e você só consegue isso ouvindo quem vem do outro lado”, explicou.  Profissionais da psicologia, pedagogia, publicidade, artes, jornalismo e até mesmo biólogos e médicos podem trazer novos pontos de vista para a área. “Uma vez eu recebi uma mensagem de uma dentista que falou: ‘você fala tanto de experiência do usuário que eu estou conseguindo aplicar isso no meu consultório, na forma como penso na experiência dos meus pacientes”’, contou Karina, que trabalha como Product Designer no Hurb.

 

A estudante também lembrou que a experiência está atrelada à interação dos usuários com a marca como um todo. Por isso, o contato constante com todas as áreas da empresa é fundamental: desde desenvolvimento e negócios, até data science, jurídico e marketing. “Estamos sempre tentando alinhar as necessidades do usuário, os objetivos de negócio e a viabilidade técnica.” Segundo Karina, o designer UX pode ser descrito como um “advogado do usuário”, já que é responsável por proporcionar experiências da melhor forma possível. 

 

Enquanto o Design UX é cada vez mais explorado pelas empresas, Raposo indicou que a área também representa um desafio interessante para pesquisas acadêmicas. De acordo com o professor, pensar no futuro envolve olhar para novas tecnologias onde o UX ainda não está bem definido, como a interação por voz, ou centros de realidade aumentada e virtual. “Academicamente, é onde se precisa estudar mais, justamente para essas tecnologias chegarem ao mercado de forma mais robusta”, afirmou. Outro campo que ainda precisa ser trabalhado no Design UX no Brasil é a acessibilidade. Segundo os participantes, aspectos como contraste, iluminação, área de toque e mesmo o idioma são importantes para tornar o produto universal para pessoas com deficiências, idosos, pessoas iletradas, ou até mesmo que tenham mãos um pouco maiores do que o padrão.

 

Esta foi a primeira live da série lançada no perfil do departamento no Instagram. No “Bate-papo do DI”, professores, alunos e ex-alunos vão conversar sobre temas de pesquisa e assuntos interessantes do universo da computação. Acompanhe as redes sociais do DI para saber das novidades!