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Do home office aos ciberataques: a transformação digital de 2020

Foto: Standsome Worklifestyle / Unsplash

A informática e a computação foram mais imprescindíveis que nunca no ano em que a pandemia impôs o isolamento social

 

O que seria do “fique em casa” se não fosse a possibilidade do home office? Uma grande parte da população só pôde seguir algumas das orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para se proteger da Covid-19 graças à internet e outros recursos tecnológicos que fizeram o trabalho, as aulas e o entretenimento acontecerem em 2020. Mas, se por um lado nos blindamos contra o coronavírus, por outro ficamos mais vulneráveis aos malwares e golpes cibernéticos.

Logo no início da pandemia foi necessário se adaptar para trabalhar de casa e também seguir com o aprendizado, ainda que com aulas online. A PUC-Rio executou a transição para o ensino à distância em tempo recorde. Uma semana após o lock down em 13 de março, o time de Ensino à Distância (EAD) conseguiu estruturar tudo, unindo esforços de professores e alunos. Só no primeiro semestre de 2020 foram oferecidos 10,8 milhões de ambientes virtuais de aprendizagem, entre aulas, seminários, debates, tutoriais e webinars. Além disso, o vestibular 2021 teve provas online, o que reforça o comprometimento da instituição com seus alunos.

As videoconferências passaram a fazer parte do nosso dia a dia. Desde reuniões de trabalho até confraternizações familiares e shows, as lives foram uma “febre” nessa pandemia. Graças a aplicações como Zoom, Google Meets e YouTube, as distâncias foram encurtadas e as pessoas puderam se encontrar virtualmente, em grupos pequenos ou grandes. No segundo semestre de 2020 o canal do DI no YouTube se tornou um ponto de encontro e disseminação de conhecimento. Ciclos de seminários da graduação e pós-graduação, debates interdisciplinares e outros conteúdos de alunos e professores foram disponibilizados no canal, que atingiu a marca de 1.000 inscritos. E vem muito mais por aí no próximo ano.

Outra consequência do isolamento social foi o boom do e-commerce e serviços de entrega. Com o comércio fechado, lojas, bares e restaurantes tiveram que “se virar nos 30” para seguir vendendo, ao passo que o consumidor passou a comprar online não só comida, como tudo o mais que precisava nesse período. Para ajudar empresas a economizar tempo e dinheiro nessa logística das entregas, o professor Thibaut Vidal lançou em código aberto a versão mais precisa de seu algoritmo de otimização de rotas, que tem apenas 0,1% de margem de erro. A novidade foi destaque no jornal O Globo. 

Com tanto tráfego online e tantos computadores pessoais conectados a redes empresariais, foi difícil manter a segurança da informação. Os índices de golpes virtuais e ataques cibernéticos explodiram em 2020. Só no primeiro semestre aconteceram mais de 2,6 bilhões de tentativas de ataques digitais. Nem mesmo órgãos do governos ficaram ilesos. O Ministério da Saúde, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foram vítimas desse tipo de ação criminosa. O professor do DI Anderson Oliveira comentou o ataque sofrido pelo TSE numa entrevista ao TILT, canal de tecnologia do UOL.

Após mais de nove meses desde o início da pandemia no país, o início da vacinação contra a Covid-19 é um alento. Segundo dados publicados pela revista Veja nesta segunda-feira, 28 de dezembro, o número de pessoas vacinadas já passa dos 4 milhões, em 12 países. Porém, enquanto a imunização não começa no Brasil, o melhor é continuar mantendo o isolamento. O streaming se tornou uma das principais fontes de entretenimento para quem pode ficar em casa, o que alavancou os índices de assinaturas das plataformas digitais que oferecem o serviço. Confira nossas listas de indicações de filmes e séries com temática relacionada à computação e avanços tecnológicos.