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Sérgio Lifschitz fala sobre tuning para banco de dados, em live nesta sexta (6)

Pioneiro nesta área de pesquisa no Brasil, Lifschitz apresentará os resultados de pesquisas no DI com ex-alunos e professores

A automação de ajustes finos para sistemas de banco de dados é tema de pesquisa do professor Sérgio Lifschitz há quase 20 anos, e o assunto do seminário “(Self)tuning em Sistemas de Banco de Dados”, que acontece nesta sexta-feira (6), às 15h, ao vivo pelo canal do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio no YouTube e na página no Facebook.

“À medida que os bancos de dados vão crescendo, o desempenho vai piorando e é preciso agir de alguma forma. Porém, nem todo mundo tem recursos para comprar melhores máquinas. E a solução de colocar na nuvem nem sempre resolve. Comprar mais hardware não necessariamente melhora, às vezes até agrava o problema”, alertou Lifschitz.

Pioneiro nessa área de pesquisa no Brasil, o professor explica que diferentemente do processo de otimização, o tuning tem a ver ajuste das estruturas e configurações para que o sistema de bancos de dados fique mais rápido, atenda melhor às consultas e quantidade de transações que são executadas. “É fazer com que o sistema fique melhor nas condições existentes”, explicou.

Segundo o pesquisador, os profissionais da área de computação que trabalham com sintonia fina na área de banco de dados costumam ser muito bem remunerados. “Empresas contratam a peso de ouro esses especialistas em tuning porque estão com problemas de desempenho mas não entendem exatamente, não podem mexer em tudo, até porque o banco de dados está em produção. A tarefa é delicada justamente porque normalmente é preciso melhorar o desempenho sem parar o sistema. É uma atividade muito técnica e muito artística também. Depende muito da experiência da pessoa”, afirmou.

A pesquisa de Lifschitz tem o objetivo de transformar essa experiência do profissional de tuning em heurísticas — algoritmos aproximados — de maneira que o sistema de banco de dados possa refletir essa experiência, conhecimento e inteligência e para tomar decisões e fazer ajustes finos de maneira automática, sem depender de um especialista em muitos casos. Para tal, nos últimos anos foram criadas ferramentas como a “DBX” e “Outertuning” (premiadas no Simpósio Brasileiro de Bancos de Dados de 2015 e 2018), e também a “Ontuning”, uma ontologia de sintonia fina, em seu grupo de pesquisas, com participação de alunos, ex-alunos, outros professores do DI e de outras instituições.

“Estamos tentando emplacar esse modelo de ter uma ontologia que permita a uma máquina fazer esse ajuste automático com a semântica implícita de um especialista que conhece o assunto.  A partir dela, a máquina vai conseguir transformar aquelas informações em sistemas que permitem fazer as tarefas funcionarem de maneira automática ou semiautomática”, disse o professor. “É uma área que lida com sistemas de bancos de dados relacionais ainda bastante presentes no mercado e na academia e que temos muitas histórias de sucesso para contar”, finalizou.

Se inscreva no canal do DI no YouTube e ative o lembre para não perder esse e outros seminários da série de lives da pós-graduação.

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