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A próxima geração: A importância dos jovens programadores no DI

Imagem: Unsplash

Pesquisa aponta que grande parte dos programadores se iniciam na computação na faixa dos 16 anos

Para muitos estudantes de graduação, o interesse por códigos teve início ainda na adolescência. Seja por curiosidade, aspirações acadêmicas ou até mesmo por acidente, cada vez mais jovens são atraídos para o mundo da informática. É o que mostra uma pesquisa da plataforma de recrutamento de desenvolvedores HackerRank. Segundo o levantamento, a maioria dos programadores começou as atividades na faixa etária entre os 16 e 20 anos, na esteira da popularização de jogos virtuais.

Esse foi o caso da estudante de Ciência da Computação do DI Raquel Olhovetchi, para quem o interesse pelos códigos surgiu ainda na infância. “Desde pequena sempre quis fazer jogos, e percebi que o melhor jeito de ser independente seria dominando o maior número de etapas possível. Eu sempre gostei de desenhar e sabia alguma coisa de game design, então decidi que se eu soubesse programar eu já teria alguma base pra fazer jogos sozinha”, contou.

A última edição do Por Dentro do DI falava justamente da importância da computação no processo de desenvolvimento de jogos. Nela, o professor Roberto Ierusalimschy contou a história da linguagem de programação Lua, desenvolvida inteiramente no DI, e falou sobre a importância da Lua nos games.

O primeiro contato de Raquel com a informática da PUC-Rio foi ainda no ensino médio. A estudante participou do Programa de Integração Universidade, Escola e Sociedade (PIUES) da PUC-Rio, um programa de imersão da universidade que permite a estudantes ainda em idade escolar participarem de atividades acadêmicas por um semestre. A aluna optou por um curso de programação, o que abriu novas possibilidades para a escolha da sua graduação.

A estudante de graduação do DI Raquel Olhovetchi

“Foi ali que eu aprendi mais a fundo a programação. Atualmente eu faço estágio fazendo jogos e sinceramente não poderia pedir por outra carreira, é minha paixão de verdade”, contou Raquel, que destacou ainda como as aulas também estimulam soluções não óbvias para problemas técnicos.

“Eu gosto muito da parte criativa. Muita gente pode achar que é só escrever códigos e colocar números, mas na verdade cada código diz muito sobre quem escreve ele, desde a etapa de formulação até realmente a hora de codar. Existem mil jeitos de resolver o mesmo problema, e cada um programa como acha melhor, é uma variedade incrível de métodos e é muito divertido explorar os diferentes jeitos que a gente tem pra fazer as coisas”, disse.

O professor do Departamento e coordenador da pós-graduação, Marcos Kalinowski, destaca a importância dos jovens no campo da informática. “A área de TI é bem ampla, principalmente em atividades relacionadas com desenvolvimento de software. Hoje, soluções baseadas em software permeiam nossas vidas em todos os aspectos. O jovem que ingressa nessa área entra em um campo de possibilidades diversas. Com uma boa graduação e uma qualificação séria, não há possibilidade de ficar desempregado”, afirmou.

Marcos também reforça que nunca é tarde para se iniciar no campo da programação. O DI abraça aqueles que não tiveram contato com códigos, garantindo o aprendizado durante a graduação.

Raquel deixa um conselho aos interessados em se iniciar no campo da computação. “Não tenham medo de aprender sozinhos e praticar seu código. 90% da programação é tentativa e erro. Pode ser muito frustrante ficar preso numa mesma etapa, e você pode se sentir o pior programador do mundo, mas quando você consegue resolver o problema pode ter certeza que você vai se sentir a pessoa mais esperta da vida”, ensinou.

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