Fechar

Ex-aluno fala sobre oportunidades em Open Source em bate-papo

Pedro Tammela discutiu as características de código aberto e o mercado de trabalho na área

Pedro Tammela. Foto: Arquivo Pessoal

Colaboração, novas tecnologias em código aberto e as vantagens de uma formação pelo Departamento de Informática (DI). Esses foram alguns dos assuntos discutidos no seminário de graduação do DI realizado na quinta-feira (16) no canal do DI no YouTube. A professora Noemi Rodriguez, ao lado do ex-aluno de Ciência da Computação Pedro Tammela, comandou um bate-papo leve que misturou conhecimento acadêmico, visões para o futuro e a nova realidade do trabalho remoto.

Formado em 2019 e com experiência no atual cenário do mercado de trabalho em Softwares Open Source, Tammela teve passagens em empresas com sedes em diferentes países, como Alemanha e Canadá, trabalhando remotamente. Foi através das pesquisas do Departamento que o ex-aluno teve sua primeira exposição à área que se tornaria o norte da sua carreira.

“Quando eu entrei na faculdade eu sabia muito pouco. Fiz um projeto de pesquisa no LabLua e, logo depois, meu mentor desse projeto me convidou para fazer um estágio que coincidentemente usava muito Open Source. Foi aí que eu tive meu primeiro contato com código aberto”, disse.

A linguagem Lua, desenvolvida inteiramente no DI e estudada no laboratório LabLua, foi concebida em Open Source e modernizada a partir de feedbacks de usuários mundo afora. O ex-aluno explicou, no seminário, que códigos abertos são aqueles onde um usuário pode baixar, modificar e transformar. Uma dinâmica colaborativa e sem as limitações impostas por códigos fechados, que não permitem a sua modificação.

“Não existem desvantagens no Open Source, pelo simples fato de um código aberto ser muito robusto, principalmente se for usado por outras pessoas. É um software que funciona independente do seu setup. As opções Open Source geralmente são muito melhores que as opções proprietárias. Tem pessoas muito boas trabalhando nesses projetos”, argumentou.

Paralelo ao seu aprendizado no DI, Tammela compartilhou experiência que obteve no Google Summer of Code (Gsoc), uma iniciativa da gigante em tecnologia que busca juntar alunos de graduação, mestrado e doutorado em equipes para desenvolvimento de projetos em código aberto. Estudantes recebem um incentivo financeiro e são orientados por um mentor de empresas selecionadas para resolver desafios reais no desenvolvimento de software.

“Falando para os alunos da graduação e pós, acho que o primeiro passo para entrar no mundo do Open Source certamente é o Gsoc. É uma oportunidade muito boa e agrega muito, não só no currículo, mas no networking. Você conhece muitas pessoas”, contou Tammela.

A partir dessas experiências, o ex-aluno reforçou como o futuro da informática está ligado ao mundo dos códigos abertos. Segundo ele, a colaboração entre pessoas ao redor do mundo para tornar softwares mais robustos, reportar bugs e criar funções mais eficientes para essas tecnologias é o que faz do Open Source uma opção cada vez mais implementada, ao invés de códigos fechados.

Tammela também contou um pouco da sua trajetória aos interessados em seguir uma carreira na computação. No segundo ano do ensino médio, ele participou de um curso de programação do PIUES (Programa de Integração Universidade, Escola e Sociedade), uma iniciativa da PUC que oferece aos estudantes a oportunidade de cursar matérias universitárias.

“Eu não via a hora de entrar na faculdade e aprender aquilo mais a fundo. A minha decisão pela Ciência da Computação foi a mais fácil da minha vida. Ela cresceu em mim conforme eu fui crescendo. Eu sempre quis entender muito como os computadores funcionam. Essa curiosidade foi o que me fez escolher o curso. Eu achei o currículo muito rico”.

Aos interessados em seguir uma carreira na informática, as inscrições para as graduações do DI estão abertas até domingo (19) no site da universidade.

Se você perdeu essa live, pode assisti-la no nosso canal no YouTube (youtube.com/dipucrio).

 

Categorias: Notícias