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Como pesquisas em bancos de dados podem ajudar no tratamento do câncer?

Coordenador do BioBD, professor Sérgio Lifschitz falou sobre pesquisas com bancos de dados| Foto: Reprodução

Em live, professor Sérgio Lifschitz falou sobre projetos em parceria com o INCA voltados à descoberta de variantes e fármacos

 

São múltiplas as possibilidades de aplicação das pesquisas em bancos de dados. Na última sexta-feira (25), o professor do DI Sérgio Lifschitz falou sobre projetos desenvolvidos pelo Laboratório de Bioinformática e Bancos de Dados (BioBD) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A apresentação foi na live da pós-graduação transmitida pelo Facebook e YouTube do DI.

 

Lifschitz, que coordena o BioBD, contou que estão em andamento duas pesquisas voltadas à implantação de um sistema de workflow científico, em particular para a bioinformática, com aplicações diferentes. 

 

Uma delas busca dar apoio à descoberta de variantes do genoma e tratamentos do câncer através da identificação de diferenças entre o genoma de um indivíduo ou grupo de indivíduos alvos em comparação com um genoma de referência. Os dados são coletados de pacientes reais, sendo resguardada sua privacidade.

 

“Propomos colaborar trazendo o processo de abstração da computação, colocando isso no sistema e permitindo manutenção, com um olhar de reprodutibilidade e performance”, afirmou Lifschitz. “Esse resultado é interessante porque pode ser oferecido a médicos e pesquisadores do próprio INCA para serem usados para estudos e tratamentos direcionados”, completou.

 

Uma segunda pesquisa se debruça sobre a identificação de potenciais terapêuticos em câncer colorretal. Lifschitz destacou que um desafio no desenvolvimento de fármacos está no reconhecimento de potenciais genes, já que existem aproximadamente 100 mil genes humanos. É necessário, portanto, filtrar as opções disponíveis. 

 

Durante a apresentação, o professor falou ainda sobre uma outra pesquisa que está em desenvolvimento em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): o projeto Gene e Bioinformática 2.0, que propõe uma releitura do dogma central da biologia a partir de uma nova modelagem. 

 

“Existem interpretações diferentes de grupos da biologia e da bioinformática sobre o que é um gene. Um dos nossos objetivos é dar uma visão integrada sobre o assunto, tentando cobrir as diferentes visões que existem das diversas pesquisas”, explicou.

 

Este foi o último seminário da pós-graduação do DI neste semestre. Para ficar por dentro das próximas novidades, inscreva-se no nosso canal do YouTube (youtube.com/dipucrio) e fique atento às nossas redes sociais!