Pesquisa sobre redes neurais recebeu destaque no Congresso da Sociedade Brasileira de Computação
Você sabia que a computação também pode ter muito a ver com o cérebro humano? E não estamos falando só de códigos. O uso da informática para desenvolver redes neurais, uma espécie de emulação das sinapses humanas, é uma das áreas que mais vêm ganhando relevância no mundo da computação.
O professor Jonatas Wehrmann, que ocupa no DI o cargo “Professor Fundação Behring de Inteligência Artificial”, recebe destaque nesse campo. A sua pesquisa, “Language-Agnostic Visual-Semantic Embeddings”, ganhou o prêmio de melhor tese de doutorado no XLI Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC 2021).
Conduzido por Wehrmann durante doutorado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o projeto estuda redes neurais profundas para aprendizado multimodal. O trabalho propõe abordagens para melhorar o desempenho preditivo de redes neurais multimodais.
A tese introduz novos sistemas de inteligência artificial (IA) capazes de entender o que está escrito em textos e aprende a relacionar os diferentes conceitos descritos com o conteúdo de imagens. Dessa forma, um usuário é capaz de realizar uma busca de imagens a partir de um texto.
A extensa pesquisa apresenta quatro novas estratégias de codificação de texto, assim como uma abordagem de incorporação de palavras baseada em caracteres. O modelo proposto é altamente flexível e pode ser utilizado em textos dos mais variados idiomas, desde o inglês até o japonês.
Recém integrante do DI, Jônatas espera trazer seus conhecimentos no campo das redes neurais para o Departamento. “Estou muito animado, com muitas ideias e projetos. Já estou atuando na graduação, especialização, mestrado e doutorado, ministrando disciplinas e orientando alunos. Estamos inclusive com um projeto para criar um novo laboratório de pesquisa em IA e Machine Learning visando focar em pesquisa de ponta no Brasil.” disse Jonatas.
O prêmio da SBC é um dos mais importantes reconhecimentos para teses de doutorado de computação do Brasil, e dá destaque a projetos inovadores. “A premiação tem um significado muito especial pra mim, especialmente considerando todo o trabalho e tempo que eu dediquei à pesquisa. Eu fui um dos primeiros estudantes brasileiros a fazer pesquisa em Deep Learning no Brasil, e na época nosso laboratório não tinha nenhum equipamento e nem conhecimento a respeito do assunto. A área era extremamente nova e não tinha muitos materiais a respeito, então foi um período bastante desafiador, mas que também trouxe muitas recompensas”, conclui.
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