Evento discutiu desenvolvimento de software e a trajetória da linguagem Lua
Linguagens de programação são a base do mundo da informática. Isso é indiscutível. Mas a mistura da computação com outras áreas é um dos fatores que fazem da tecnologia um ramo que avança a partir da criatividade. Na última segunda-feira (9), o arquiteto-chefe da Lua, professor Roberto Ierusalimschy, participou do SIGGRAPH 2021, uma das maiores e mais importantes conferências em computação gráfica no mundo. O evento, que acontece há 48 anos, conta com palestras em assuntos que vão desde pesquisa e educação até artes e design. A conferência deste ano teve como tema a indústria e suas inovações.
Roberto, ao lado das pesquisadoras Caroline Menezes e Louise Hisayasu, fez parte do painel multidisciplinar “From Brazil: A Forest of Computer Graphics and Interactive Techniques”, sobre a história das ricas e diversas contribuições brasileiras para a cultura digital. Dentro desse painel, o pesquisador deu a palestra intitulada “The Lua Bar: Lua programming language”.
A discussão girou em torno do desenvolvimento de software. O professor do Departamento de Informática (DI) apresentou a trajetória da Lua, o processo da sua popularização, e como a linguagem seguiu o caminho para ser essencial em diversas empresas e projetos mundo afora. Um dos pontos centrais da apresentação foi o destaque da Lua como a única linguagem de uso difundido desenvolvida em um país em desenvolvimento.
“Compartilhar a trajetória da Lua é sempre interessante, porque muitos acadêmicos, mesmo da área, não têm noção da difusão da linguagem na indústria. Muitos sabem que é bastante usada, mas ficam surpresos ao ver vários usos que desconheciam”, disse Roberto.
O professor, que também é coordenador do LabLua, destacou no último Por Dentro do DI a importância da divulgação das ações do DI para os avanços dos projetos do laboratório. Dessa vez, não foi diferente. “Esses eventos são importantes para divulgar Lua e o Departamento. Sempre reforça o papel do DI na criação de tecnologias relevantes. E não só do DI, mas da PUC-Rio e, em eventos internacionais como esse, é uma divulgação do país também.”, concluiu o professor.
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