Visão computacional e Inteligência Artificial, estudadas no DI, são usadas para monitorar a performance de atletas olímpicos em tempo real
As Olimpíadas de Tóquio levaram às telas do mundo inteiro muito mais do que entretenimento e performances de atletas. No país da tecnologia, os Jogos introduziram uma série de inovações para aproximar um pouco mais os esportes do público. Uma das principais novidades foi o reconhecimento inteligente de imagem.
Tecnologia estudada pelos pesquisadores do Departamento de Informática (DI), o reconhecimento inteligente de imagem nos esportes é capaz de processar informações numéricas instantaneamente para apresentar dados na tela enquanto as provas acontecem.
“Essa parte de ‘reconhecimento inteligente de imagens’, na verdade, é o que chamamos de visão computacional. Superficialmente falando, essas tecnologias operam de diversas formas, mas basicamente se baseiam na capacidade dos algoritmos de aprendizado de máquina serem capazes de reconhecer elementos da imagem”, explica o professor Alberto Raposo, Gerente de Projetos no Instituto Tecgraf e pesquisador na área de Realidade Virtual, Visão Computacional e Processamento de Imagens.
Um exemplo são as provas de velocidade. Enquanto a competição acontece, uma Inteligência Artificial (IA), aliada à visão computacional, é capaz analisar a performance dos atletas do atletismo, decatlo e heptatlo, exibindo a suas velocidades máximas. “Em TV, cinema e treinamentos esportivos, essas tecnologias de reconhecimento de imagem podem ter o auxílio de sensores adicionais, o que torna possível algumas dessas coisas que estamos vendo nas Olimpíadas”, completou Raposo.
No caso das maratonas, ciclismo, mountain biking, triatlo e canoagem, o 2D image tracking é o protagonista. Na tela, os telespectadores conseguem ver uma espécie de “etiqueta” em cada atleta enquanto ele se move, permitindo um acompanhamento mais fácil da prova.
A visão computacional é um campo de destaque na informática e nas pesquisas do DI. Além de ser uma tecnologia que deve ser bastante aplicada no futuro, segundo Alberto Raposo. “A importância dessas tecnologias é grande. Há anos isso já vem sendo estudado em robótica, segurança e medicina, por exemplo, e atualmente um dos grandes investimentos nessa área é em torno das pesquisas para veículos autônomos, já que são essas tecnologias que permitirão que eles sejam ‘dirigidos’ sem humanos”, finalizou.
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