Ex-aluno do DI desenvolve plataforma digital para surfistas

Lauro Souza. Foto: Reprodução

Do banco universitário ao mundo empreendedor: Lauro Souza uniu a ciência da computação ao surfe

Os conhecimentos em informática vão muito além do ambiente acadêmico. Para o ex-aluno do Departamento de Informática (DI), Lauro Souza, a ciência da computação se uniu a uma grande paixão pessoal: o surfe.

Com uma trajetória de mais de dez anos no mercado financeiro, Lauro, graduado em economia, decidiu tomar um novo rumo: se dedicar a um projeto empreendedor. A SurfConnect nasceu a partir de uma necessidade. O carioca percebia a ausência de um sistema prático para monitorar as ondas do mar, algo já difundido no exterior.

De início, houve dificuldade em executar a visão do que era planejado para a SurfConnect. A falta de experiência em computação, somada às dificuldades em traduzir para um desenvolvedor o que era esperado, fizeram Lauro olhar para a universidade como uma maneira de adquirir o conhecimento necessário para tocar seu negócio em tecnologia.

Depois de concluir algumas matérias de graduação como aluno extraordinário, o jovem empreendedor foi aceito no mestrado do DI, onde produziu a pesquisa “Identificação e Mapeamento das Propriedades das Ondas através de Sensor Remoto de Vídeo”. A dissertação, sob orientação do professor Waldemar Celes Filho, é focada em um sistema de extração de estatísticas sobre ondas marítimas através de visão computacional.

O ex-aluno também destacou a importância da atuação da professora Noemi de la Rocque no processo de entrada na universidade. Como coordenadora da graduação, Noemi o incentivou a se inscrever em matérias e, depois, no processo de seleção para o mestrado.

Lauro diz que as perspectivas para o futuro da SurfConnect estão ligadas aos avanços que esse sistema pode trazer à plataforma. “No futuro, esperamos que esse algoritmo calcule a altura das ondas, e também a direção de onde elas quebram, e disponibilize esses dados para os assinantes da SurfConnect”, disse o ex-aluno.

Lauro também destaca a importância que o mestrado teve para viabilizar o projeto: “No início, começamos com um sistema básico de câmeras, com cadastro e login. Depois que concluí o mestrado, refizemos todo o aplicativo da SurfConnect. Agora, contamos com inteligência artificial”, concluiu.

A plataforma já vem fazendo sucesso, e foi tema de uma reportagem da Record TV , que mostrou as câmeras instaladas nas praias cariocas. O sistema criado por Lauro vai ajudar no monitoramento das ressacas.

A história do Lauro pode ser inspiração para futuros alunos. As inscrições para os programas de mestrado e doutorado do Departamento de Informática terminam em 2 de julho. Clique aqui para se inscrever.

Live discutiu impacto de Aho e Ullman para algoritmos na era digital

Professor Roberto Bigonha (UFMG) participou de live com a professora do DI Noemi Rodriguez. Fotos: Arquivo Pessoal

Professor emérito da UFMG mostrou como o trabalho dos vencedores do Prêmio Turing afeta a computação nos dias de hoje

 

Considerados o ‘coração’ da ciência da computação, os algoritmos são fundamentais para o desenvolvimento de diversas tecnologias na era digital. Eles formam um conjunto de instruções que informam à máquina como realizar as tarefas programadas. “O trabalho dos cientistas Jeffrey Ullman e Alfred Aho, mostrou como olhar para os algoritmos de uma maneira formal, criando o caminho para entendê-los”, destacou o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Bigonha durante a live da graduação do Departamento de Informática (DI) nesta quinta-feira (27). 

 

O professor falou sobre a relevância da pesquisa dos dois vencedores do Prêmio Turing 2020, maior distinção concedida a profissionais da área de computação. A entrevista foi conduzida pela professora Noemi Rodriguez, coordenadora da graduação, e transmitida pelo YouTube e pelo Facebook do DI.

 

Bigonha e Noemi ressaltaram as importantes contribuições dos premiados para o desenvolvimento da computação no mundo inteiro, principalmente na área de compiladores, que traduzem a linguagem do usuário para a máquina. 

 

“O software impulsiona todos os dispositivos tecnológicos com os quais interagimos no dia a dia, desde telefones celulares até os implementados em empresas. Todos esses aparelhos foram escritos por seres humanos, em linguagem de programação de alto nível, e depois compilados para a linguagem dos computadores. Grande parte dessa tecnologia se deve a Aho e Ullman, direta ou indiretamente”, explicou Bigonha, que fez seu mestrado na PUC-Rio em 1972.

 

Ullman e Aho iniciaram sua colaboração na década de 1960, depois de concluírem o curso de doutorado na Universidade de Princeton. Nos anos 80, sintetizaram as teorias já existentes e mostraram como passar à prática com técnicas eficientes e precisas. O resultado se concretizou em dois grandes livros: “Compilers: Principles, Techniques, and Tools” e “The Design and Analysis of Computer Algorithms”. 

 

Quando anunciou os vencedores do prêmio Turing 2020, a Association for Computing Machinery (ACM), que concede a distinção anualmente, chamou atenção para a importância destas obras que educaram gerações de cientistas da computação e continuam fazendo sucesso até os dias de hoje.

 

“Um bom curso de preparação de profissionais da computação deve prover formação e treinamento. O treinamento ajuda a encontrar o primeiro emprego, mas para continuar no mercado, formação é o que interessa. Esse é o foco dos livros de Aho e Ullman: um ‘casamento harmonioso’ entre a teoria e sua aplicação prática”, compartilhou o professor Bigonha durante a apresentação.

 

A apresentação fez parte da série de seminários da graduação, que ocorre duas vezes por mês. Para não ficar de fora e acompanhar todas as lives do DI, inscreva-se no nosso canal no YouTube e curta nossa página no Facebook!

Professores do DI estão entre os mais influentes do Brasil, aponta ranking

Campus da PUC-Rio

Professores Lucena, Garcia e Schwabe estão entre os 33 pesquisadores de maior destaque na área, segundo a Guide2Research

 

Três professores do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio estão entre os 33 pesquisadores mais influentes em Ciência da Computação e Eletrônica no Brasil, segundo o ranking da Guide2Research, principal portal de pesquisa na área. O professor Carlos José Pereira de Lucena aparece na 11ª posição, o professor Alessandro Garcia  na 19ª e o professor aposentado Daniel Schwabe está na 30ª colocação. 

 

A classificação leva em conta os cientistas que tenham índice H do Google Scholar a partir de 40 e verifica suas publicações no Digital Bibliography & Library Project (DBLP). Também são avaliadas premiações e bolsas de cada pesquisador. Esta edição do ranking se baseou em dados coletados até 10 de maio de 2021.

 

Professor Carlos José Pereira de Lucena

Um dos grandes nomes e fundador do DI, Carlos Lucena tem uma trajetória profissional singular. Segundo a tabela, o diretor do Laboratório de Engenharia de Software do DI tem 345 artigos registrados no DBLP, 12,250 citações e índice H = 52. Lucena é também ganhador do prêmio ACM Fellow (2013) e do ACM Distinguished Member (2009). Seu artigo de maior destaque no Google Scholar, “Modularizing design patterns with aspects: a quantitative study”(2006), conta com 434 citações. Em seguida vem o  “On the reuse and maintenance of aspect-oriented software: An assessment framework”, com 365 menções.

 

Ainda de acordo com o ranking, o professor associado do DI Alessandro Garcia, que também atua no campo de Engenharia de Software, tem 253 artigos  registrados no DBLP, 9,126 citações e índice H = 46. Vários de seus trabalhos receberam distinções nas principais conferências internacionais da sua área, como o “ACM Distinguished Paper Award” do ICSE 2014. Atualmente, Garcia trabalha em parceria com grupos de pesquisa internacionais nos EUA, Inglaterra, Alemanha e Argentina. 

 

Professor Alessandro Garcia

O professor aposentado Daniel Schwabe aparece na lista com 149 artigos registrados no DBLP, 8,685 citações e índice H = 40. No Google Scholar, seu artigo mais relevante é o “HDM—a model-based approach to hypertext application design”(1993), que chega a 1105 citações. Em seguida está o trabalho “An object oriented approach to web-based applications design”(1998), citado 666 vezes.

Live descomplica desafios de integração de dados em Data Science

Professor Marco Antonio Casanova falou sobre as dificuldades no acesso a diferentes bancos de dados e mostrou como trabalhá-los na Web

Você já imaginou sua vida sem sites de busca? Com uma simples pesquisa, conseguimos informações precisas em milésimos de segundos. Mas para que estas ferramentas funcionem de forma eficiente, é imprescindível que haja uma boa integração de dados. Este foi o tema da live realizada na sexta-feira (21) pelo Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio, com participação do professor Marco Antonio Casanova

“Essa história de consulta por palavra-chave é bem interessante, mas tem muito mais que a gente pode fazer para melhorar a vida do usuário na hora de localizar os dados que ele precisa”, afirmou Casanova, que desenvolve pesquisas com ênfase em tecnologias que facilitem a interpretação de dados na web. “O campo da integração de dados pode ir muito além se adotarmos técnicas de machine learning mais atuais. Assim conseguimos resolver os mesmos problemas que existem há muito tempo de uma forma mais razoável”, defendeu o professor. 

Na live, Casanova explicou os desafios de integrar dados de fontes diferentes, especialmente ao lidar com grandes volumes e múltiplas origens. A questão surgiu na década de 1970, época em que os databases começaram a se popularizar, mas continua relevante até hoje, quando tratamos de aplicações de ciências de dados. 

Um estudo da empresa Crowdflower mostrou que, em um projeto de data science, gasta-se quase 80% do tempo coletando, limpando e organizando dados. Durante a apresentação, o professor identificou os quatro principais problemas a serem resolvidos no tratamento dos dados – alinhamento de esquemas, ligação de entidades, extração e fusão -, e sugeriu técnicas para resolver estes e outros conflitos.

Para quem quer se especializar em bancos de dados, Casanova dá a dica: “A interface de linguagem natural para bancos de dados existe há muito tempo, mas hoje temos tecnologias para fazer isso muito melhor do que há 5 anos. Essa é uma área em que vale a pena investir”.

A transmissão foi pelo YouTube e pelo Facebook do DI. Para revê-la, basta clicar nos links! 

Esta foi mais uma apresentação da série de seminários de pós-graduação do DI, que acontece toda sexta-feira, às 15h. Ative o lembrete do YouTube e venha participar com comentários e perguntas!

Clarisse de Souza fala das contribuições de IHC para teorias da Computação

Em webinar, professora emérita do DI ressalta a importância de refamiliarizar estudantes e pesquisadores da computação com a subjetividade

 

Criadora da Engenharia Semiótica e uma das pioneiras da área de interação humano-computador (IHC) no Brasil, Clarisse Sieckenius de Souza foi a palestrante convidada do VIII Webinar de 2020, evento do Capítulo Brasileiro da ACM SIGCHI (BR-CHI). Em transmissão ao vivo pelo YouTube nesta sexta-feira (25), a professora emérita do Departamento de Informática da PUC falou sobre como a IHC pode contribuir para os fundamentos da computação.

Partindo da definição do que é a computação em sua perspectiva, Clarisse abordou em seguida a influência de Noam Chomsky no campo da linguística, ainda na década de 80, quando houve a importante revolução chamada “A Virada Pragmática da Linguística”. Para a professora, a linguística descritiva proposta por Chomsky é análoga à uma situação da Computação: “Ele descreveu da maneira que nós da computação conhecemos. Chomsky ainda propôs as transformações entre as representações linguísticas subjacentes”, comentou.

Sobre as contribuições da IHC para as teorias fundamentais da Computação, Clarisse apontou que ao incluir humanos nessas teorias é preciso levar em conta não apenas os aspectos individuais, mas também coletivos da experiência humana. E que, ao trazer esses aspectos, elementos das ciências humanas e sociais vêm junto. A professora fez questão de ressaltar que não se trata de uma guerra de domínio, e falou sobre esse processo nas respostas para quatro perguntas:

  • Que elementos incluir?
  • Qual é o papel desses elementos?
  • Como incluir?
  • Como articular essa inclusão?

Em síntese, a palestra salientou que a linguagem, seja ela qual for (a língua falada ou a representação computacional) carrega intenção e um contexto. Por isso, não é possível extirpar a subjetividade da computação, como Clarisse explicou ao responder sobre o papel dos elementos das ciências humanas e sociais nas teorias fundamentais da computação.

Estudantes e pesquisadores da ciência da computação precisam se refamiliarizar com o que é a subjetividade. Não falar dela não faz desaparecer da cena. Fazermos as pazes com a subjetividade e inclusive explorar o que ela tem de bom seria interessante”, finalizou. 

Em 2014, Clarisse foi escolhida uma das 54 mulheres de todos os tempos que se destacam pela atuação em pesquisa na área de Ciência da Computação. O objetivo da distinção, criada pelo Instituto Anita B.org e pela Associação de Pesquisa em Computação Mulher (CRA-W, na sigla em inglês), é estimular meninas na área de programação.

Inteligência Artificial na redação de artigos: Baffa explica o robô GPT-3

Professor do DI explica que as máquinas não são capazes de criar nada, mas aprendem estudando e podem substituir os humanos em algumas atividades

 

Parece um filme de inteligência artificial ou até um episódio da série Black Mirror, mas não é ficção e sim realidade: o robô gerador de linguagem IA GPT-3 é capaz de escrever longos artigos de opinião a partir de um briefing sobre o tema a ser desenvolvido e, claro, em muito menos tempo que um humano faria. Fascinante ou assustador? A partir de um experimento do site inglês The Guardian, que publicou um texto inteiramente escrito pelo GPT-3, o professor Augusto Baffa, do Departamento de Informática da PUC-Rio comenta os avanços da IA em redação de textos e faz um alerta:

“Atividades criativas não serão feitas por máquinas mas, num futuro próximo, funções como motoristas, atendentes de telemarketing, recepcionistas, balconistas e atendimento público em geral poderão ser substituídos. Isto já está no horizonte”.

Mas, se o GPT-3 foi capaz de escrever um texto de 500 palavras com linguagem simples e concisa, como é que ele não pode assumir atividades criativas como a de escritores, roteiristas, jornalistas, entre outras? É que, conforme explica Baffa: “A IA em geral só faz aquilo que é especificada para fazer. Mesmo o GPT-3, que é impressionante, só vai fazer o que foi ensinado. A IA não inventa algo sozinha”. 

Assim como o próprio robô afirma em seu texto, é possível entender o funcionamento da IA como uma rede neural que passa por um processo de treinamento, como se fosse uma pessoa estudando. “Um dos segredos do GPT-3 é que ele já tem um treinamento prévio. Isso significa que ele já passou horas estudando a linguagem e agora só precisa de poucos minutos para aprender o que é específico para o seu problema. Ele já sabe quais são as relações entre as frases e estruturas como sujeito predicado, o que pode ser sujeito, ou verbo ou adjetivo… então ele agora só precisa aprender o específico do assunto e não a linguagem”, explica o professor. 

No caso do GPT-3, os requisitos para o texto foram inseridos pelo estudante de ciência da computação Liam Porr. Com as instruções, a IA produziu oito artigos diferentes, cada um com um argumento único e interessantes, e a decisão do The Guardian foi de usar as melhores partes de cada um e publicar apenas um texto. “Cortamos linhas e parágrafos, e reorganizamos a ordem deles em alguns lugares. Em um geral, levou menos tempo para editar que muitos artigos de opinião feitos por humanos”, afirmou a direção do jornal.

A nova revolução: educação é o caminho

Para Baffa, a sociedade está se tornando cada vez menos rural ou manual. Ele acredita que, como vivemos a era da informação, os governos precisam investir fortemente em educação para preparar as gerações vindouras. “Assim como na era industrial, haverá uma nova revolução a ponto de substituir parte das profissões que temos hoje. Atividades profissionais que requerem menor escolaridade tendem a ser substituídas nos próximos 10-15 anos por máquinas. Os governos deveriam estar incentivando o reposicionamento e escolarização para que essas pessoas possam se preparar e se recolocar”, opina.

Essa transformação social pela tecnologia é algo sem retorno. Porque as empresas vão continuar investindo em soluções mais lucrativas, segundo o professor, que antevê uma possível crise humanitária sem precedentes, conforme a população for perdendo seus empregos e oportunidades de trabalho. “Infelizmente o perigo não está nas máquinas mas na má gestão e mal planejamento. (…) Temos que nos transformar em uma sociedade mais intelectual e com menos ‘humanos mecânicos’, finaliza.

 

Hermann aliou ciências exatas e humanas para resolver problema de 40 anos na computação

Pesquisador apresentou prova completa da resolução em live nesta sexta-feira (18)

A união entre as ciências exatas e humanas foi o caminho para a prova completa de  um problema de complexidade computacional que estava há mais de 40 anos em aberto. Nesta segunda live da série do Departamento de Informática da PUC-Rio, o professor Edward Hermann mostrou o resultado de um trabalho de pesquisa de 10 anos, no seminário “Compressão da provas lógicas e a conjectura NP=PSPACE”.

“Não sou mais assim, mas a gente, de exatas, normalmente menospreza a área de humanas. E isso é um crime, porque este resultado só existe graças a essa área e ao trabalho que eu tenho com o colega da Filosofia, o Luis Carlos Pereira. Ele foi meu professor e me ensinou tudo isso”, afirmou Hermann, no seminário nesta sexta-feira (18).

A pesquisa do professor do DI da PUC-Rio impactou o mundo da computação e era grande a expectativa de pesquisadores, professores e alunos para conferir a prova completa a que ele chegou, ao lado do pesquisador Lew Gordeev, da University of Tübingen. Durante a live, o professor recebeu elogios pelo ótimo trabalho e pela didática na apresentação.

Partindo da resolução de binômios de segundo grau – que se aprende no Ensino Fundamental -, Hermann apresentou o método teórico de sua pesquisa, aplicando o teorema da redundância para comprimir provas, e mostrou o passo a passo de como chegar ao CoNP=NP. “Finalmente, conseguimos provar a igualdade dessas duas classes”, disse. Depois da explicação, resumiu em poucas palavras sua descoberta com a pesquisa. “Se eu tenho uma prova muito grande, tem de ser redundante. E, se é redundante, pode ser reduzida.”

A palestra de Hermann está disponível no canal do DI do YouTube, assim como a de Hélio Lopes, que falou sobre Ciência de Dados, na estreia da série de lives do Departamento. Na próxima sexta (25), o professor Marco Antonio Casanova fará o seminário “Selected Topics on the Web-of-Data and Data Integration”. Não perca!

Hermann apresenta pesquisa que impressionou o mundo da computação, nesta sexta (18)

Resultado alcançado em parceria com Lew Gordeev, da University of Tübingen, é tema da segunda edição da série de lives do DI

No universo da complexidade computacional, há problemas que permanecem por décadas sem solução. E um deles estava há mais de 40 anos em aberto, até que a pesquisa realizada pelos professores Edward Hermann, do Departamento de Informática da PUC-Rio, e Lew Gordeev, da University of Tübingen — uma das onze universidades alemãs do German Initiative for Excellence in Research —, conseguiu fechá-lo com uma prova completa. 

Na sexta-feira (18), em live transmitida pelo youtube do DI às 15h, Hermann apresentará o trabalho, publicado no periódico científicoBulletin of the Section of Logic”, que impactou a comunidade da área. No seminário “Compressão de provas lógicas e a conjectura NP=PSPACE”, o professor vai mostrar o resultado da pesquisa. “É um problema que ficou aberto durante algum tempo. Usamos as técnicas de uma área que veio da fundamentação da matemática e da filosofia e acabou parando na computação”, explicou.

O público poderá verificar ao vivo como a prova é validada na palestra, que relaciona diferentes temas, como a teoria da prova, lógica e algoritmos. “Ao conseguir mostrar que provas na lógica proposicional podem ser curtas sempre, você prova que CONP está dentro de NP. E a principal ferramenta para demonstrar isso foi perceber que provas grandes, que demandam muito tempo na verificação, têm seu grau de redundância proporcional ao seu tamanho”, disse Hermann.

Esta é a segunda semana da série de lives do DI, que estreou sexta (11), com o professor Hélio Lopes apresentando o seminário “Pesquisa em Ciência de Dados: A Escalada para a Valorização dos Dados”. O evento alcançou mais de 100 pessoas assistindo simultaneamente e segue disponível no canal do DI no Youtube. Não perca o próximo, dia 18 às 15h!