Para Cristiano Rocha, um dos sócios da BizCapital, PUC foi fundamental em sua trajetória
A habilidade de inovação do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio abre portas para profissionais interessados em todos os tipos de carreira, incluindo o empreendedorismo. Prova disso é o ex-aluno Cristiano Rocha, que descobriu a sua vocação ainda na universidade. Graças ao incentivo do DI, Rocha mergulhou no universo do empreendedorismo e hoje é um dos donos da fintech BizCapital. “É difícil falar da minha carreira sem falar no DI”, diz.
Rocha se formou em Engenharia da Computação em 2000 e concluiu o mestrado em Informática em 2003, na área de Inteligência Artificial. Ainda na graduação, cursou algumas matérias de empreendedorismo, o que despertou a sua vontade em ingressar no ramo. Ele e mais dois colegas de turma, Daniel Orlean e Francisco Ferreira, decidiram abrir a Milestone, empresa dedicada a desenvolver soluções SaaS para o mercado de Gestão do Capital Humano e Gestão do Conhecimento.
A Milestone nasceu enquanto Rocha trabalhava no Laboratório de Engenharia de Software (LES) do DI, coordenado pelo professor Carlos Lucena. “Um dos objetivos do LES era incentivar os alunos a pensar em ideias que pudessem ir para o mercado através de novas empresas, e foi o que nós fizemos”, disse o ex-aluno, que também passou pelo laboratório Tecgraf, coordenado pelos professores Marcelo Gattass e Waldemar Celes, e pela incubadora da universidade. “O DI sempre teve esse mote de fazer projetos com grandes empresas, então você, como aluno, participa desse processo.”
Para Rocha, o apoio dos docentes do Departamento foi essencial para as suas primeiras conquistas. Segundo ele, Carlos Lucena, Daniel Schwabe, Marcus Poggi, Marcelo Gattass, Waldemar Celes e Markus Endler, atual diretor do DI, foram alguns que o incentivaram a persistir com a própria empresa. “Não éramos conhecidos no mercado, então os professores nos indicavam, o que foi fundamental para pegarmos os nossos primeiros clientes e ganharmos credibilidade”, diz.
Em 2010, a Milestone se fundiu com a QuickMind e a Eduweb, criando a AfferoLab, focada em treinamento, learning e em desenvolvimento de competências para colaboradores de empresas, tornando-se a maior empresa de treinamento corporativo do Brasil. Em 2015, foi vendida para um grupo alemão, e Rocha partiu para outro capítulo de sua história dentro do empreendedorismo: a BizCapital.
BizCapital: startup usa IA e machine learning para seus processos
Fundada em 2016 por Rocha, Orlean e Ferreira, a BizCapital é uma plataforma online voltada para soluções financeiras. Um de seus braços é a democratização e o fornecimento de crédito para micro e pequenos negócios, ajudando-os a obter a aprovação em poucas horas.
Para democratizar o acesso ao crédito de forma rápida, a startup usa inteligência artificial, base de dados e machine learning, algumas das grandes paixões de Rocha.
“No começo da BizCapital, voltamos à PUC e conversamos com os professores. Por um ano, fechamos um projeto com o professor Hélio Lopes e contratamos mestrandos e doutorandos para nos ajudarem a desenvolver a plataforma.”
O apoio surtiu efeito. Quase cinco anos após o seu lançamento, Rocha celebra o crescimento da empresa, que têm participado de diversas rodadas de investimento. Em 2020, pleno ano de pandemia, a empresa captou R$ 85 milhões e recebeu projeção na imprensa, repercutindo em veículos como Exame e Yahoo Finances.
Além disso, ainda no ano passado, a BizCapital conquistou medalha de prata na Categoria Banco da Pequena Empresa – LATAM no 2020 Global Awards, premiação é organizada pelo SME Finance Forum, Managed by the IFC (International Finance Corporation) e pelo G20 – Global Partnership for Financial Inclusion.
O mérito é de Rocha, seus sócios e sua equipe, mas o DI fez parte dessa história. Para ele, ter tido professores dispostos a ajudar, mesmo depois de anos de formado, ajudando-os a desenvolver novas tecnologias e fornecendo uma base conceitual para os seus trabalhos fez toda a diferença para a sua carreira. “Ao longo do tempo, a PUC-Rio conseguiu fazer e oferecer um ecossistema onde se junta o pesquisador, o empreendedor, e o aluno que quer seguir para um desses caminhos. Eu diria que ninguém oferece esse ecossistema no Brasil da mesma forma que o DI”, diz.
O ex-aluno também destaca que aproximadamente a metade dos seus colegas de graduação empreenderam. “O DI tem uma característica muito legal de incentivar esse espírito empreendedor. É um ambiente bastante fértil para quem quer empreender.”
Clique aqui e assista ao vídeo que Cristiano Rocha gravou para o YouTube do DI, falando mais sobre a sua carreira e sobre a importância do Departamento e da Universidade para a sua trajetória. Aproveite para se inscrever em nosso canal!