Nina da Hora falou sobre o assunto e deu dicas de segurança digital
Em janeiro de 2021, cerca de 223 milhões de números de CPF foram expostos em megavazamentos de dados, considerados os maiores da história do Brasil. Para falar sobre o assunto, a aluna do curso de Ciência da Computação da PUC-Rio e divulgadora científica, Ana Carolina da Hora, conhecida como Nina da Hora, participou do “Jornal da GloboNews Edição das 10”, em 6 de fevereiro.
Em conversa com a jornalista Camila Bonfim, Nina disse que, muito provavelmente, nenhum brasileiro saiu ileso dos vazamentos. “A curiosidade de saber se o seu CPF foi vazado pode ser substituída por buscar formas de se prevenir e reduzir os danos”, explicou.
Durante a entrevista, Nina deu dicas de como as pessoas podem se proteger de possíveis golpes, reforçando o cuidado com ligações que pedem para confirmar dados. Nesse caso, os golpistas podem utilizar os seus dados para acessar informações pessoais e aplicar prejuízos financeiros.
Nina também destacou a atenção redobrada com os idosos, que são mais vulneráveis a caírem em fraudes do gênero. “Primeiro de tudo, é necessário conversar com eles, e depois prestar atenção em tudo o que eles acessam”, frisou.
Nina é aluna do penúltimo período do curso de Ciência da Computação da PUC-Rio, além de ser pesquisadora de diversas iniciativas e colunista da publicação MIT Technology Review Brasil. Também é uma das criadoras do “Computação sem Caô”, projeto apoiado pelo Instituto Serrapilheira, que busca democratizar o entendimento da ciência da computação no Brasil.
Saiba mais sobre os vazamentos
A origem dos vazamentos ainda não foi descoberta. O que se sabe até agora é que são três tipos diferentes de arquivos.
O primeiro arquivo possui dados básicos de 223 milhões de CPFs, como nome, sexo e data de nascimento. Essas informações estão disponíveis em um link ativo que circula pela internet.
O segundo arquivo está sendo vendido e possui informações mais específicas, como dados de escolaridade, foto de rosto e renda dos usuários dos CPFs. Já o terceiro arquivo à venda reúne informações de empresas e inclui os mesmos dados atrelados ao CPF.
Os vazamentos também incluem CPFs de pessoas falecidas, uma vez que o número de inserções supera a população brasileira, atualmente estimada em 212 milhões de pessoas.
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