DI reúne grandes nomes em evento de tecnologias digitais e ciências humanas

VP do Google Luiz André Barroso fala sobre papel do DI na carreira, sexta (30), em sessão online em parceria com o PUC Endowment

Inteligência Artificial e Internet das Coisas já revolucionam o mundo e vão gerar saltos gigantes nos próximos anos. Unir as áreas de exatas e humanas é uma das chaves para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias. Com esse olhar, o Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio e Associação de Antigos Alunos da PUC-Rio Gestora do Fundo Patrimonial Endowment promovem o evento online “Tecnologias Digitais e as Áreas do Conhecimento Humano” na sexta-feira (30), às 17h, no YouTube do DI

O evento pretende fortalecer o relacionamento da universidade com as empresas e o setor público, além de apresentar parcerias entre departamentos da PUC-Rio, Para isso, reuniu um time da academia e do mercado, que inclui o vice-presidente de engenharia do Google, Luiz André Barroso; Daniel Menasce, ex-diretor do DI e pesquisador da George Mason University, e a professora visitante do DI Valeria de Paiva, co-fundadora do Topos Institute. A sessão on-line tem o apoio do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio, da Innovation Norway, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Assespro RJ e da Nvidia, multinacional líder em computação de inteligência artificial.

A programação abordará o papel central da informática na pesquisa científica, no desenvolvimento e na inovação multidisciplinar. Entre os participantes, estarão decanos e vice-decanos da PUC, como Dr. Hilton Koch, Sidnei Paciornik e Mônica Herz; a diretora do Departamento de Artes e Design, Jackeline Farbiarz e João Candido Portinari, fundador e coordenador do Projeto Portinari e ex-diretor do Departamento de Matemática da PUC.

A apresentação terá depoimentos destes e de outros convidados e espaço para perguntas do público, respondidas e debatidas pelo diretor do DI, Markus Endler, o coordenador da pós-graduação do DI Marcos Kalinowski; Augusto Baffa, pesquisador na área de AI e games; e Fernando Jefferson, diretor de TI do PUC Endowment.

DI de portas abertas para as empresas

Associar ciências exatas e humanas para encontrar soluções inovadoras para empresas é um dos focos do evento. Foi aliando a filosofia à matemática que o professor Edward Hermann resolveu um problema de complexidade computacional em aberto há mais de 40 anos. É fundamental também para quem faz carreira na indústria. “A abrangência e a multidisciplinaridade da educação na PUC certamente me deram a confiança para, nos últimos 30 anos, trabalhar numa grande variedade de problemas, o que tem feito minha carreira ser constantemente renovada por problemas novos e diferentes”, disse Luiz André Barroso, vice-presidente de engenharia do Google.

Para fomentar essa integração, o DI está aberto para parcerias com a indústria e pesquisas em conjunto com outros departamentos da PUC. A iniciativa se fundamenta no modelo Triple Helix de inovação, conjunto de interações entre a academia, a indústria e o governo para promover o desenvolvimento econômico e social. “Para que nós, cientistas da computação, possamos contribuir para solução de problemas, temos de nos aliar a cientistas de outras áreas do conhecimento e juntos achar soluções para problemas que sejam de importância não só para nós, cientistas da Computação mas para a sociedade como um todo”, reitera Daniel Menasce, ex-diretor do DI.

Será uma oportunidade para alunos e a comunidade acadêmica, mas também para a sociedade como um todo se inteirar sobre o universo digital e tecnológico. Não perca!

 

Endler mostra como Internet das Coisas pode ajudar no combate à Covid-19

Em live, Diretor do DI apresentou kit de sensores e mobile hub para monitoramento de pacientes 

A Internet das Coisas tem múltiplas aplicações e uma delas pode ser a serviço da saúde. Pesquisador de IoMT (Internet of Mobile Things) Markus Endler, diretor do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio, mostrou na live do DI, na sexta-feira (16), projetos de software e hardware que podem ajudar no combate à Covid-19 monitorando os sinais vitais dos pacientes. “Cada vez mais temos dispositivos wearable (usáveis) muito bons, muito precisos, onde se pode medir, por exemplo, a insulina, o pulso, o oxímetro… o que é muito importante na pandemia”, disse. 

No seminário “Middleware para Internet das Coisas com Mobilidade”, transmitido pelo YouTube e pelo Facebook, Endler detalhou o que é IoT e suas aplicações. Apresentou exemplos de sistemas de IoT em larga escala e abordou a questão da mobilidade. O professor também descreveu em linhas gerais o ContextNet, o middleware desenvolvido integralmente no LAC (Laboratory of Advanced Colaboration) da PUC-Rio há oito anos. “Ele é escalável, tem um protocolo de comunicação confiável e leve, permite estar conectado com até 1000 IoT simultaneamente, e está disponível para uso em pesquisa ou de ensino também”, disse o professor, sobre as vantagens do ContextNet.

Dentre as suas áreas de aplicação, cidades inteligentes, IoT na indústria, healthcare (saúde) e monitoramento ambiental, a tecnologia pode se tornar uma ferramenta de combate ao novo coronavírus, se usada para monitorar os pacientes. Endler mostrou como funciona um componente de software para um sistema de monitoramento de pacientes com sintomas leves da Covid-19, desenvolvido no semestre passado. “Observamos que os profissionais da saúde, com tantos pacientes, têm dificuldade de perceber rapidamente a piora do estado de saúde de um paciente. E em algumas doenças infecciosas, como na Covid-19, essa piora pode ser muito rápida. Então a ideia é ter o hardware como um wearable, — que você coloca ou no dedo ou na orelha — e coleta a frequência cardíaca, a saturação de oxigênio e a temperatura. Em seguida, envia isso para o sistema de monitoramento e de alarme que vai então mandar os alarmes para os enfermeiros e médicos”, explicou o professor.  

 

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Endler apresentou a interface mobile do sistema, que mostra inclusive um gráfico com a evolução dos sintomas ao longo do tempo. “Ainda não está implantado, mas a parte de software está praticamente toda pronta”, afirmou. Além do  , também é necessário um kit de sensores. “É ergonômico, leve, pequeno. E o envio de dados é ajustável. Tem a vantagem da economia da bateria. E esse kit seria de baixo custo, entre R$ 100 e R$ 400, muito abaixo do valor dos equipamentos que se usa em uma UTI”, apontou. 

A live com o professor Endler está disponível no nosso canal do YouTube. Se inscreva e não perca os próximos seminários.