Lives da graduação retornam na quinta (25); Arndt von Staa abre temporada

Um dos fundadores do DI, professor falará de sua larga experiência com a construção de softwares

O Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio voltará com a sua série de lives da graduação nesta quinta-feira (25), às 18h. O primeiro convidado de 2021 será o professor emérito do DI Arndt von Staa, que é um dos fundadores do departamento. A apresentação terá como tema a “História da Computação – Uma visão personalista”, e será conduzida pela coordenadora de graduação do DI, Noemi Rodriguez. A transmissão vai ser feita pelo nosso canal no YouTube e também pela nossa página do Facebook

O professor tem muito a contar sobre os anos iniciais do DI, e também sobre sua larga vivência profissional, destaca Noemi. “A live será uma oportunidade de ouvi-lo falar sobre os primeiros computadores da PUC-Rio, os primórdios do DI e sua experiência de décadas com ferramentas para construção de software”, diz a coordenadora. 

Enquanto a universidade mantém o calendário de aulas remotas, o DI tem feito lives para se manter mais próximo dos alunos, professores, funcionários e ex-alunos. Neste mês, retomamos com duas séries que tiveram início em 2020: os seminários da pós-graduação, que vão ao ar às sextas-feiras, às 15h; e os seminários da graduação, que serão mensais, com um professor do DI e com um profissional atuante no mercado de desenvolvimento de software. A apresentação do professor Arndt von Staa será então a primeira live dessa série com um membro do nosso corpo docente.  

Segundo Noemi, a ideia dos seminários da graduação partiu de comentários feitos por alunos. Eles disseram conhecer pouco os professores do DI e suas áreas de atuação. “Enquanto nos seminários de pós-graduação os professores falam de seu trabalho acadêmico, muitas vezes com foco em um determinado trabalho em andamento, nos de graduação queremos explorar os caminhos que levaram o professor a se interessar por determinadas áreas de estudo, e como seus trabalhos e interesses interagem com problemas práticos da sociedade”, ela explica. 

Se você quiser acompanhar as lives, mas não for aluno (a) da graduação ou da pós-graduação, não há qualquer problema. Todas as transmissões do DI são abertas ao grande público.

Para não ficar de fora e acompanhar os seminários da graduação e da pós-graduação do DI, inscreva-se no nosso canal no YouTube e ative o lembrete! E não se esqueça que todas as lives também são transmitidas ao vivo pela nossa página no Facebook!

‘O aprendizado de máquinas se sobrepôs à computação visual’, diz Raposo em live

Foto: Reprodução/YouTube

Seminário abordou a área de computação visual inteligente a partir de resultados de pesquisas do DI e do Instituto Tecgraf

Visão computacional, realidade virtual e realidade aumentada são algumas das vertentes que compõem a computação visual. Mas atualmente, é difícil falar sobre o assunto sem interligá-lo à área de aprendizado de máquinas. “Nos últimos anos, a inteligência artificial, mais especificamente o aprendizado de máquinas, se sobrepôs à computação visual”, disse o professor do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio Alberto Raposo na live “Desafios e oportunidades em computação visual inteligente”, na sexta-feira (19) e disponível no canal do DI no YouTube.

De acordo com o professor, a inserção do machine learning na área de computação visual vem trazendo resultados “melhores e mais surpreendentes”. Nesse sentido, Raposo conduziu a sua apresentação mostrando pesquisas e soluções trabalhadas no DI e no Instituto Tecgraf de Desenvolvimento de Software Técnico-Científico da PUC-Rio, que desenvolve projetos para a indústria. Raposo é gerente de projetos do Tecgraf.

Na live, Raposo apresentou pesquisas voltadas à computação visual inteligente na área médica, como a tese de doutorado de Victor de Almeida Thomaz, defendida em abril de 2020, que retratou o aprimoramento de dados a partir da geração sintética de dados de treinamento para algoritmos de detecção de pólipos. “Com os métodos utilizados no trabalho, conseguimos melhorar as técnicas de detecção [de pólipos] que já existiam, mexendo só nos dados”, explicou.

Raposo trouxe outros exemplos em que a computação visual inteligente se relaciona com a área de imagens médicas, como os projetos realizados em parceria com a GE Healthcare e com o Hospital de Amor (antigo Hospital de Câncer de Barretos). Um desses projetos é a análise automática de ecocardiografia fetal, que pretende desenvolver softwares para ajudar os médicos na detecção precoce de possíveis cardiopatias existentes no feto. Outro projeto é a análise de imagens de mamografia, com o intuito de aprimorar as imagens obtidas por meio desse exame. 

Segundo o professor, todos os trabalhos relacionados às imagens médicas abordam o mesmo problema: a geração de dados dos exames, pois as bases de dados existentes são limitadas e têm pouca variedade. Logo, o aprendizado de máquina busca trabalhar com o aprimoramento desses dados.

Aprendizado de máquina interativo

Outra ramificação da computação visual inteligente é a área de aprendizado de máquina interativo, que também foi abordada na palestra. Segundo Raposo, esse campo conta com a participação do ser humano. “Ele vai ajudar a ensinar o algoritmo de aprendizado de máquina compensando a falta de dados”, explicou. 

Nesse viés, o professor discorreu sobre outra tese de doutorado, desta vez da doutoranda do Programa de Informática da PUC-Rio Jessica Pecho. O trabalho “Uma abordagem baseada no aprendizado de máquina interativo para customização de tecnologias adaptáveis para reabilitação física”, que será apresentado em abril deste ano, aborda o aprendizado de um sistema inteligente por meio de práticas humanas. 

Nesse caso, o sistema Open Pose consegue captar os movimentos de um fisioterapeuta, entendê-los como “corretos” e detectar anomalias (ou seja, movimentos “contrários”) vindas por parte de um paciente.  

Computação visual inteligente na indústria

Além do ramo médico, Raposo trouxe exemplos de projetos que envolvem computação visual inteligente dentro da indústria de petróleo, principalmente para a Petrobras, parceira do Instituto Tecgraf). 

Um dos trabalhos é o SMS 360, que cria ambientes 3D e fotos 360º das locações reais, como plataformas e navios, com o intuito de fazer avaliações mais objetivas da percepção de riscos dos funcionários. Raposo também falou sobre o projeto Segurança em Operações de Mergulho, cuja ideia é aumentar as atividades de mergulho na indústria de óleo e gás, essenciais na produção de petróleo em águas profundas. 

“Como essa é uma área arriscada, na qual ocorrem muitos acidentes, esse projeto quer aumentar a segurança operacional dessa atividade por meio do desenvolvimento de novas tecnologias”, disse o professor, que trouxe como exemplo o desenvolvimento de vestimentas (wearables) inteligentes que ajudam a monitorar os batimentos cardíacos dos mergulhadores. 

Outras teses, como “Automatic image annotation using deep reinforcement learning”, de Leonardo Cruz, e outros projetos do Instituto Tecgraf, como o trabalho que alia inteligência artificial e imagens 3D no combate à Covid-19 apoiado pelo Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), também foram apresentados na live. 

Assista ao seminário completo no nosso canal do YouTube, e se inscreva para ser informado das próximas lives!

Simone Barbosa abre série de lives da pós-graduação, nesta sexta (12)

Seminário ‘Design e/ou Engenharia: uma perspectiva de IHC’ será ao vivo, às 15h, no YouTube do DI

Com o início do ano letivo, os Seminários da Pós-graduação em Informática do DI estão de volta. A primeira live de 2021, “Design e/ou Engenharia: uma perspectiva de IHC”, será apresentada pela professora Simone Barbosa nesta sexta-feira (12), às 15h, em transmissão ao vivo pelo canal do DI no YouTube e na página do Facebook

Segundo Simone, a palestra vai tratar de semelhanças e diferenças de perspectivas pautadas em Engenharia e em Design na produção de software. “Além disso, será retratada a influência dos métodos e modelos que escolhemos sobre a nossa forma de atuar e fazer pesquisa em IHC”, disse.

Com a pandemia, os seminários da pós-graduação, que eram presenciais, foram transferidos para o mundo virtual, e todos os interessados podem acompanhar as palestras transmitidas ao vivo. Para o coordenador da pós-graduação do DI, Marcos Kalinowski, o objetivo das lives é aproximar a sociedade dos resultados de pesquisa e desenvolvimento de ponta realizados no Departamento, o que pode, eventualmente, atrair novas pessoas para a área de Informática.

“Claro que as pesquisas são comunicadas no meio científico por artigos, em conferências e em periódicos, mas os seminários permitem que o professor faça uma transmissão mais humana de seus resultados para a sociedade”, ponderou Kalinowski.

No segundo semestre de 2020, foram realizadas 10 apresentações sobre temas relacionados ao Departamento, como machine learning, internet das coisas (IoT), ciência de dados e transformação digital. A nova etapa de lives trará novos assuntos e abordagens diferentes. Então, anote na agenda: Lives da pós-graduação do DI, às sextas-feiras, às 15h, no YouTube e Facebook.