Seminário destacou projetos atuais do laboratório do DI TeleMídia
Os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio são reconhecidos pela excelência em inovação, pesquisa e parcerias com a indústria. Dentro da universidade, já foram publicados diversos trabalhos que mostram o alcance nacional e internacional dos projetos – entre eles, os desenvolvidos no TeleMídia, laboratório coordenado pelo professor Sérgio Colcher. Essa trajetória de sucesso foi apresentada por Colcher na live “Pesquisa e Desenvolvimento no Laboratório TeleMídia”, realizada na última sexta-feira (9).
A primeira parte da apresentação foi dedicada à história do laboratório do DI, fundado pelo professor Luiz Fernando Gomes Soares na década de 1990. O “embrião” do TeleMídia surgiu ainda em 1979, quando a Embratel e o CPqD da Telebrás iniciaram um projeto para a construção de uma rede comutada por pacotes, conhecida como REXPAC (Rede Experimental de Pacotes). Um dos objetivos desse trabalho era desenvolver uma central para essa rede, e duas universidades brasileiras foram escolhidas para a missão: a PUC-Rio e a USP.
A partir daí, nasceu a Redpuc, que dava suporte à concepção distribuída das centrais, e que tinha os professores Daniel Menasce e Luiz Fernando Gomes Soares à frente. Na live, Colcher explicou o caminho da Redpuc até o início das atividades do TeleMídia.
“O TeleMídia começou voltado para pesquisas na área de redes de computadores. Com o passar do tempo, passamos a pesquisar as áreas de sistemas multimídia, hipermídia e, mais recentemente, de aprendizado de máquina”, disse Colcher.
O professor também destacou um dos principais trabalhos do laboratório, em conjunto com outros grupos de pesquisa: o desenvolvimento do middleware Ginga-NCL, que é uma camada de software que funciona entre os aplicativos e o sistema operacional das TVs. O Ginga foi ganhando visibilidade nos órgãos de padronização, a ponto de se tornar o ambiente declarativo do middleware do padrão brasileiro de TV digital terrestre, em 2007, e de obter a Recomendação ITU-T H.761 para serviços IPTV, em 2009. Foi o que fez dele um padrão totalmente brasileiro aceito mundo afora.
Na live, Colcher também discorreu sobre o desenvolvimento da linguagem NCL (Nested Context Language), criada no laboratório, e que serviu de base para a criação do Ginga, também sobre a interatividade no sistema brasileiro de TV digital até se chegar aos modelos atuais.
Pesquisas e projetos atuais
Colcher jogou luz aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos atualmente no TeleMídia. Caso da área de atuação mais recente do laboratório, que é o machine learning. “A gente tem começado a colocar novas formas de entender o vídeo em nossos sistemas”, explicou.
Dentre os projetos baseados em machine learning, o professor sublinhou três diferentes aplicações de datasets: um que ajuda a detectar cenas impróprias em vídeos educacionais, outro que atua na melhoria da qualidade de imagens de vídeos, e um terceiro que detecta placas de veículos nacionais. Outro ponto ressaltado foi a atuação dos chatbots, dos mecanismos de reconhecimento facial e de vídeo 360.
A longeva parceria com empresas e institutos também foi citada, como as cooperações com o banco BTG Pactual, a Fiocruz e o INCA. Ao final da live, o professor respondeu perguntas dos espectadores.
Ele falou sobre o futuro do TeleMídia, e da meta de trazer avanços tecnológicos para as novas gerações de televisores. Colcher encerrou com uma bela homenagem ao professor Luiz Fernando Gomes Soares, fundador do laboratório, que morreu em 2015.
A live “Pesquisa e Desenvolvimento no Laboratório TeleMídia” integra o ciclo de seminários da pós-graduação, que ocorrem todas as sextas-feiras, às 15h, no canal do YouTube do DI, com transmissão simultânea ao Facebook. Inscreva-se no canal e fique por dentro das próximas apresentações!
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