Ex-aluno do DI se destaca em consultoria global de software

Ex-aluno do DI Paulo Caroli palestrando do evento HSM Leadership Summit 2018. Foto: Reprodução

Paulo Caroli é um dos principais consultores da Thoughtworks, além de autor de livros

 

Um dos muitos objetivos do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio é incentivar os estudantes a explorarem novos horizontes. Foi isso que o ex-aluno Paulo Caroli fez, após concluir a graduação em Engenharia da Computação (1997) e o mestrado em Informática (1999). 

 

Hoje, Caroli mora na Espanha e atua em diversas frentes: ele é um dos principais nomes da consultoria global de software Thoughtworks, e fundou a iniciativa Caroli.org, portal de compartilhamento de conteúdo sobre inovação. É também autor de livros, como “Lean Inception: Como alinhar pessoas e construir o produto certo”, best-seller na categoria “empreendedorismo” da Amazon. Uma trajetória extensa, múltipla e que se desenhou na PUC-Rio. 

 

Durante a graduação, Caroli trabalhou como estagiário em um dos Núcleos de Inovação Tecnológica do DI, o Laboratório de Engenharia de Software (LES), coordenado pelo professor Carlos Lucena. Ali, ele teve sua primeira experiência com o mercado de trabalho, atuando em projetos com a Petrobras, parceira do laboratório.

 

Pouco antes de ingressar no mestrado, interessou-se pela área de orientação a objetos, e direcionou a sua tese neste sentido. Foi orientado pelos professores Sérgio Carvalho, que acabou falecendo quando ele estava no mestrado, e Lucena. Neste período, Caroli começou a viajar para o Vale do Silício, na Califórnia, como estudante voluntário em conferências. Em maio de 2000, recebeu uma proposta de trabalho, o que o levaria a permanecer na Califórnia por oito anos.

 

Neste meio-tempo, e com bastante influência de sua pesquisa em orientação a objetos, ele voltou sua atenção para a área de métodos ágeis (agile). Esse foi um dos motivos de sua ida para a consultoria Thoughtworks, em 2006, após passar por outras empresas. “A Thoughtworks foi uma das primeiras empresas de consultoria que seguiram essa área”, explica o ex-aluno do DI. 

Paulo é um dos principais consultores da Thoughtworks. Foto: Reprodução

A partir disso, Caroli passou a se desenvolver nesta área, da qual, hoje, é especialista. Mais especificamente, em práticas ágeis e lean, uma metodologia de gestão e padronização de processos. Na consultoria, atua com a facilitação de workshops complexos, mesclando business, tecnologia e experiência do usuário (UX).

Paralelamente, ele descobriu como paixão também a escrita, aprimorada durante o mestrado, no período de construção da tese. Ele começou a escrever um artigo por ano, para publicação em conferências. Em 2008, fundou um blog dentro do domínio caroli.org, criado desde os tempos de universidade. 

A partir de 2014, começou a escrever livros – entre eles, o “Lean Inception”. De lá para cá, publicou outros, e fundou uma editora independente, hoje ambientada também no portal caroli.org. 

 

Sua trajetória não parou por aí. “Comecei a receber muitos pedidos de treinamento das práticas escritas nos livros”, conta Caroli. Com isso, ele expandiu a caroli.org para uma empresa que também oferece treinamentos, aproximando quem busca e quem fornece conhecimento autoral. “O site vem de TI, mas está expandindo seus horizontes para outras áreas”, ele diz. 

 

Reconhecimento do DI

 

Paulo Caroli (ao centro) e colegas da PUC-Rio na inauguração do Laboratório de Engenharia de Software (LES/PUC-Rio). Foto: Arquivo Pessoal

Caroli fala com muito carinho do Brasil. Depois do período na Califórnia, ele retornou ao país em 2010, permanecendo até 2019. Foi quando desenvolveu projetos para diversas empresas nacionais, e ajudou a trazer o trabalho da Thoughtworks para cá – atualmente, a consultoria é acoplada à PUC-RS.

 

“Eu sempre quis, de alguma forma, ajudar o Brasil e a PUC. Quando retornei para cá, levei o manager director da Thoughtworks à PUC-Rio, mas optamos por estabelecê-la em Porto Alegre, na PUC-RS”, relata. 

 

Mas Caroli sempre esteve presente no entorno da universidade carioca e do DI, tanto que lançou seu primeiro livro nas dependências do departamento. Ele atribui suas conquistas à experiência e aos conhecimentos adquiridos com o corpo docente. “A formação no DI e na PUC-Rio oferece a mescla entre indústria e academia, teoria e aplicação, que me ajudou a buscar e desenvolver conhecimento prático”, resume. 

 

Caroli também relembra a importância do departamento no começo de sua vida profissional, quando ainda era estagiário do LES. “Tive acesso à excelência de conhecimento proporcionado pelos professores e colegas, além de ter tido uma ‘pitada’ da experiência com o mercado de trabalho”, finaliza.

DI reúne grandes nomes em evento de tecnologias digitais e ciências humanas

VP do Google Luiz André Barroso fala sobre papel do DI na carreira, sexta (30), em sessão online em parceria com o PUC Endowment

Inteligência Artificial e Internet das Coisas já revolucionam o mundo e vão gerar saltos gigantes nos próximos anos. Unir as áreas de exatas e humanas é uma das chaves para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias. Com esse olhar, o Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio e Associação de Antigos Alunos da PUC-Rio Gestora do Fundo Patrimonial Endowment promovem o evento online “Tecnologias Digitais e as Áreas do Conhecimento Humano” na sexta-feira (30), às 17h, no YouTube do DI

O evento pretende fortalecer o relacionamento da universidade com as empresas e o setor público, além de apresentar parcerias entre departamentos da PUC-Rio, Para isso, reuniu um time da academia e do mercado, que inclui o vice-presidente de engenharia do Google, Luiz André Barroso; Daniel Menasce, ex-diretor do DI e pesquisador da George Mason University, e a professora visitante do DI Valeria de Paiva, co-fundadora do Topos Institute. A sessão on-line tem o apoio do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio, da Innovation Norway, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Assespro RJ e da Nvidia, multinacional líder em computação de inteligência artificial.

A programação abordará o papel central da informática na pesquisa científica, no desenvolvimento e na inovação multidisciplinar. Entre os participantes, estarão decanos e vice-decanos da PUC, como Dr. Hilton Koch, Sidnei Paciornik e Mônica Herz; a diretora do Departamento de Artes e Design, Jackeline Farbiarz e João Candido Portinari, fundador e coordenador do Projeto Portinari e ex-diretor do Departamento de Matemática da PUC.

A apresentação terá depoimentos destes e de outros convidados e espaço para perguntas do público, respondidas e debatidas pelo diretor do DI, Markus Endler, o coordenador da pós-graduação do DI Marcos Kalinowski; Augusto Baffa, pesquisador na área de AI e games; e Fernando Jefferson, diretor de TI do PUC Endowment.

DI de portas abertas para as empresas

Associar ciências exatas e humanas para encontrar soluções inovadoras para empresas é um dos focos do evento. Foi aliando a filosofia à matemática que o professor Edward Hermann resolveu um problema de complexidade computacional em aberto há mais de 40 anos. É fundamental também para quem faz carreira na indústria. “A abrangência e a multidisciplinaridade da educação na PUC certamente me deram a confiança para, nos últimos 30 anos, trabalhar numa grande variedade de problemas, o que tem feito minha carreira ser constantemente renovada por problemas novos e diferentes”, disse Luiz André Barroso, vice-presidente de engenharia do Google.

Para fomentar essa integração, o DI está aberto para parcerias com a indústria e pesquisas em conjunto com outros departamentos da PUC. A iniciativa se fundamenta no modelo Triple Helix de inovação, conjunto de interações entre a academia, a indústria e o governo para promover o desenvolvimento econômico e social. “Para que nós, cientistas da computação, possamos contribuir para solução de problemas, temos de nos aliar a cientistas de outras áreas do conhecimento e juntos achar soluções para problemas que sejam de importância não só para nós, cientistas da Computação mas para a sociedade como um todo”, reitera Daniel Menasce, ex-diretor do DI.

Será uma oportunidade para alunos e a comunidade acadêmica, mas também para a sociedade como um todo se inteirar sobre o universo digital e tecnológico. Não perca!

 

Prêmio Luiz Fernando de Computação abre chamada de trabalhos

Competição reconhece projetos de inovação com impacto social e executabilidade

Está aberta a chamada de trabalho para o V Prêmio Luiz Fernando de Computação, um dos eventos paralelos ao WebMedia 2020 (XXVI Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Web). A premiação agracia projetos de inovação com impacto social, submetidos dentro do WFA – Workshop de Ferramentas e Aplicação do WebMedia 2020. A data-limite de submissão é 12 de outubro de 2020. O prêmio para o primeiro lugar é um notebook de até R$ 3 mil, e os três mais bem colocados receberão certificados chancelados pela CE-WebMedia.

O Prêmio Luiz Fernando de Computação se destina a professores e estudantes de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) envolvidos em projetos de inovação, completos ou em andamento, que promovam a melhoria da sociedade. A avaliação dos trabalhos considera impacto social e a executabilidade (potencial de uso, replicabilidade, parcerias e outros).

Luiz Fernando Gomes Soares foi professor do Departamento de Informática da PUC-Rio e focou na produção de pesquisas em TIC com rigor científico e impacto social. Além de ter formado professores e pesquisadores, notabilizou-se por criar o middleware de TV Ginga e sua linguagem NCL, hoje adotados como padrões nacionais e internacionais. Essas tecnologias fomentaram a criação da indústria nacional e impactaram em inclusão digital, como, por exemplo, o projeto Brasil 4D. Ele morreu em 2015. 

A primeira edição do prêmio em sua homenagem aconteceu em 2016, organizado pelo professor Mauro Oliveira (do IFCE- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará). Atualmente é promovido pela Comissão Especial da SBC para Sistemas Multimídia e Web (CE-WebMedia). “LF viveu intensa e alegremente, amou, produziu muito, formou pessoas, cativou amigos, deixou uma grande família e uma obra”, disse Oliveira, em seu livro “Escola pra valer”.

Como participar?

Os projetos devem ser submetidos em inglês ou português, no formato PDF seguindo o formato padrão da ACM do WebMedia. Também serão aceitos trabalhos que tenham participado de outros concursos e premiações. A via de submissão é eletrônica, pelo Sistema JEMS na trilha “WFA (Workshop de Ferramentas e Aplicações) e Prêmio LF”. É desejável incluir uma análise de impacto pela métrica Social  Return on Investment – SROL. Além de informações técnicas como arquitetura e funcionalidades, é preciso informar: 

1 – Instituições envolvidas e currículos resumidos do professor e estudantes com links Lattes (footnotes); 

2 – A relevância, impacto social e executabilidade do projeto; 

3 – Resultados já alcançados e esperados, potencial, recursos envolvidos e parceiros; 

4 – Cronograma para execução ou continuidade do projeto. 

Para mais informações, como os tópicos recomendados e o cronograma de datas, consulte o site do V Prêmio Luiz Fernando de Computação. Boa Sorte!