Autor: Claudio Vieira Escudero
Orientador: Marcus Vinicius Soledade Poggi de Aragão
Data e Hora: 16/04/2021 às 15:00
Autor: Alexandre Malheiros Meslin
Orientador: Noemi de La Rocque Rodriguez
Data e Hora: 16/04/2021 às 14:00
Foto: Reprodução/YouTube
Maria Julia Dias de Lima conta a rotina do trabalho na área de sistemas distribuídos
É possível um profissional do mercado da ciência da computação conciliar o trabalho com os estudos que um mestrado e um doutorado exigem? Para a pesquisadora do Instituto Tecgraf Maria Julia Dias de Lima, a resposta é sim. Este foi um dos assuntos tratados pela professora, que fez essa opção pela dedicação dupla, na live “Desenvolvimento de sistemas nativos de nuvem pelo Tecgraf” na quinta-feira (8). O evento faz parte da série de seminários da graduação do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio, e foi transmitido para o YouTube e o Facebook.
Na apresentação, Maria Julia respondeu a perguntas da coordenadora de graduação, Noemi Rodriguez. A convidada falou sobre a sua escolha pela Ciência da Computação e o que a levou a trilhar o caminho acadêmico, paralelo à sua vida como profissional da área. “(A escolha) teve a ver com o meu gosto por estudar. Quando terminei a graduação, eu já estava trabalhando, mas pensei: ‘não posso parar de estudar’. Assim, resolvi fazer o mestrado como forma de dar continuidade”, contou.
Após a conclusão do mestrado, cerca de sete anos mais tarde, veio o desejo de fazer o doutorado. Na época, Maria Julia trabalhava na IBM. “Eu sempre tive muita vontade de trabalhar em projetos e aplicar o que eu estava aprendendo ao estudar, me aprofundando em temas que a academia e a pesquisa me proporcionaram”, disse.
A pesquisadora também discorreu sobre sua experiência em engenharia de software e sistemas distribuídos, e sobre o trabalho com sistemas nativos de nuvem. Para ela, estamos num momento muito interessante para a área de sistemas distribuídos. Isso porque as tecnologias atuais, como a nuvem e os ambientes de orquestração de containers, possibilitam o desenvolvimento dos sistemas, facilitando aspectos como escalabilidade (crescimento) e replicação de serviços.
Atuação no Tecgraf
Durante a conversa, Maria Julia expôs como se dá sua atuação no Tecgraf, do qual é coordenadora e consultora em projetos na área de computação distribuída, sistemas de alto-desempenho, computação em grade, computação em nuvem e integração de sistemas. Ela ingressou no instituto após concluir o doutorado. A pesquisadora comemorou a colaboração entre os projetos e a academia. “Trabalhar no Tecgraf me proporcionou isso”, definiu.
Outro ponto abordado na conversa foi a atuação de sua equipe, composta por mais 13 pessoas. Sob sua liderança, o grupo tem estudado a área de arquiteturas baseadas em microsserviços, explorando a ideia de construir soluções preparadas para escalabilidade.
Quando questionada por Noemi sobre os métodos de trabalho usados no dia a dia, Maria Julia disse ser adepta de ferramentas como a metodologia ágil Scrum, que ajuda a planejar a rotina. Durante a pandemia, ela contou, os pesquisadores têm feito reuniões técnicas semanais, nas quais discutem os seus aprendizados. Eles usam diferentes ferramentas de comunicação a fim de se manterem próximos, apesar da distância física.
Para quem tiver interesse em trabalhar na área, a pesquisadora mencionou os atributos que procura em um colaborador: “Saber trabalhar em equipe, gostar de aprender, ter curiosidade e ser interessado em se aprofundar no que está fazendo”.
Ao final da live, Maria Julia reforçou a importância da presença feminina na computação, e defendeu o incentivo à entrada de mais mulheres na área. Ela também elogiou o painel “Mulheres da Computação”, organizado pelo Centro Acadêmico de Informática da PUC-Rio (CAINF) e que teve as participações da professora emérita do DI Clarisse de Souza, da desenvolvedora front-end Laura Grassi e da aluna do DI Nina da Hora. A pesquisadora também respondeu às perguntas dos espectadores presentes, que enviaram os seus comentários via chat.
Você pode assistir à apresentação completa aqui. Fique ligado no nosso canal do YouTube, que traz uma série de seminários mensais da graduação, além de lives semanais da pós-graduação!
O diretor do Tecgraf/PUC-Rio, prof. Marcelo Gattass (segundo à esquerda), ao lado de colaboradores do Instituto, no estande do Tecgraf na Rio Oil & Gas 2018. Foto: Reprodução / Instituto Tecgraf/PUC-Rio
Laboratório, que tem a computação gráfica como área de pesquisa, colabora há mais de 30 anos com a Petrobras
Mais de três décadas de pesquisa e desenvolvimento na área de computação gráfica e uma sólida parceria com a indústria. Esses são alguns dos atributos do Instituto Tecgraf, vinculado ao Departamento de Informática da PUC-Rio. O laboratório é coordenado pelo professor do DI Marcelo Gattass e desenvolve sistemas computacionais, simulações numéricas, computação distribuída e visualização gráfica interativa tridimensional.
O instituto nasceu como um ponto de interseção da Informática com os departamentos de Engenharia Civil e Matemática da universidade. Foi criado em 1985, pelo professor Luís de Castro Martins, que era diretor do Rio Data Centro (RDC) da PUC-Rio. A ideia era desenvolver a área de computação gráfica no campus.
Abrigados em duas salas dentro do RDC, a missão da equipe inicial do Tecgraf era também ajudar no desenvolvimento da biblioteca GKS/PUC, uma implementação nacional do então padrão internacional Graphical Kernel System, usado para desenvolver programas gráficos interativos.
Gattass fez parte daquele primeiro núcleo, e logo passou a liderar os trabalhos desenvolvidos por lá, o que chamou a atenção da diretoria do DI. Após o convite do então diretor, José Lucas Rangel, Gattass ingressou no nosso departamento, assim como o Tecgraf, que foi totalmente abraçado pela Informática da PUC-Rio até 2013. Foi neste ano que o laboratório se tornou um instituto diretamente ligado à Vice-Reitoria de Desenvolvimento da universidade.
Segundo Gattass, o atual objetivo é manter o Tecgraf engajado tanto no ambiente acadêmico quanto na sociedade de uma forma geral. “Eu sempre procurei fazer algo que colocasse a PUC como uma universidade de produção de conhecimento, de formação de pessoas de excelência”, define.
Leia também: Perfil: Marcelo Gattass trouxe parcerias com empresas e indústria ao DI
Parceria com a indústria
Não há como falar do Tecgraf sem destacar sua longa colaboração com o setor industrial. A principal parceira do grupo é a Petrobras. A cooperação com a empresa vem desde a criação do Instituto.
De lá para cá, o Tecgraf desenvolve, implementa e mantém diversos sistemas em operação na Petrobras, nas áreas da exploração, produção e abastecimento, e também com foco na segurança e na proteção do meio ambiente. Um dos projetos de responsabilidade do instituto é justamente o do sistema que previne derramamento de petróleo dos navios e plataformas da Petrobras. “A gente ajudou muito o setor a se tornar mais seguro e a combater vazamentos”, conta Gattass.
Marcelo Gattass durante inauguração do Prédio Pe. Laércio em 17 de outubro de 2013. Foto: Arquivo pessoal
O Tecgraf também tem projetos em parceria com empresas como Transpetro, GE Brasil, Eneva, Shell Brasil e Marinha do Brasil. O Instituto também colabora com outros departamentos acadêmicos da PUC-Rio e instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais.
Além da indústria de óleo e gás, o instituto trabalha nos setores de segurança, entretenimento e medicina, atuando de forma ampla em diversas áreas de competência, como Modelagem e Simulação Computacional, Gestão de Dados e Ciência de Dados, Tecnologias de Interatividade Digital, Indústria 4.0 e Otimização e Logística. “Nosso intuito é buscar o envolvimento dos alunos em um trabalho que seja relevante, e gerar riqueza com isso”, explica o professor.
A longa e abrangente associação com o setor industrial rendeu diversos prêmios e conquistas ao Tecgraf, ao Gattass, aos seus colaboradores e à própria universidade. Recentemente, a Ciência da Computação da PUC-Rio conquistou o 1º lugar na lista de cursos de universidades brasileiras da área que mantêm projetos com a indústria no Emerging Economies University Rankings 2021, divulgado pela prestigiosa revista inglesa “Times Higher Education”. “Grande parte do nosso reconhecimento com a indústria vem do Tecgraf”, ressalta o diretor do DI, Markus Endler.
Equipe ampla e engajada
Em 1987, o Tecgraf começou com uma equipe de 12 pessoas. Hoje, são mais de 400 colaboradores, que trabalham em projetos dos mais diversos clientes. Tamanho crescimento exigiu preparo e suporte. Na coordenação das gerências que compõem o Tecgraf hoje, está o gerente geral técnico e ex-aluno do DI Carlos Cassino. É ele quem mapeia as novas demandas e busca estimular um trabalho colaborativo em prol dos bons resultados. “Meu papel é ter uma visão geral do que os grupos estão fazendo, tentar integrá-los e fazer prospecção com empresas para buscar novos projetos”, explica.
Equipe do Tecgraf responsável por desenvolver o Projeto CCPD – Centro de Controle de Proteção de Dutos para a Transpetro: Ricardo Terzian, Leonardo Barros, Douglas Carriço, Maria Julia Lima, Samir Azzam, Silvio Hamacher, Carlos Cassino, Carlos Coutinho Netto, Rodrigo Iaigner (em pé da esquerda para direita); Melissa Lemos, Daniel Gonçalves e Rodnei Silva Couto (sentados da esquerda para direita). Foto: Reprodução / Instituto Tecgraf/PUC-Rio
Por sua vez, a pesquisadora Melissa Lemos, ex-aluna do DI, é a gerente de projetos na área de big data, trabalhando com busca e integração de dados. Um dos que estão sendo tocados por sua equipe é o Danke, com um tecnologia de busca de dados que não exige que os usuários tenham habilidades técnicas específicas para pesquisar, recuperar, explorar e resumir informações em bancos de dados.
Esse modo de operar do Danke é usado em produtos pensados para vários clientes do Tecgraf, como a Petrobras. “Já aplicamos busca para diversos projetos da indústria de óleo e gás, como, por exemplo, na área de inspeção, manutenção e segurança de plataformas”, conta Melissa. Mais recentemente, o Danke foi utilizado em aplicações web para ajudar a extrair dados relacionados à Covid-19.
Para os pesquisadores, o crescimento do Tecgraf é fruto de um ambiente colaborativo e de valorização de pessoas. “Precisamos fazer com que o conhecimento reflita para todo o ambiente, gerando uma espiral positiva que atraia cada vez mais alunos e pessoas”, disse o professor.
Se você é aluno de graduação, mestrado ou doutorado e tem interesse em saber mais sobre o Tecgraf e em como ingressar no instituto, acesse a área de Trabalhe Conosco do site e acompanhe as suas redes sociais, no Facebook e no LinkedIn.
Autor: Pedro Henrique Lopes Torres
Orientador: Hélio Côrtes Vieira Lopes
Data e Hora: 14/04/2021 às 09:00
Autor: Fernando Benedito Veras Magalhães
Orientador: Markus Endler
Data e Hora: 14/04/2021 às 17:00
Coordenador do laboratório mostrará resultados de pesquisas recentes
Nesta sexta-feira (9), às 15h, o professor do Departamento de Informática (DI) Sérgio Colcher apresentará a live “”Pesquisa e desenvolvimento no Laboratório TeleMídia”. A palestra será transmitida ao vivo pelo canal do DI no YouTube e pela página do Facebook.
Colcher é coordenador do TeleMídia, um dos Núcleos de Inovação Tecnológica do DI. O laboratório se dedica à pesquisa e à inovação de sistemas hipermídia/multimídia, multimídia em rede e aprendizado de máquina.
Segundo o professor, a apresentação será focada no trabalho desenvolvido no laboratório e nos projetos em andamento. “Vou contar a história do laboratório e falarei sobre as nossas pesquisas atuais”, promete Colcher.
O foco do TeleMídia tem sido na análise de sentimentos em conteúdo multimídia, além da compressão e codificação de imagens e vídeo, novos cenários de TV e de mídia imersiva, e aplicação de técnicas de aprendizado de máquina aos domínios de TV Digital Interativa.
A live faz parte da série de seminários on-line da pós-graduação do DI. Você pode assistir à palestra no canal do DI no YouTube, com transmissão simultânea no Facebook. E pode, inclusive, participar do seminário, enviando perguntas pelo chat. Inscreva-se e ative o lembrete para não perdê-la!
Maria Julia Dias de Lima. Foto: Arquivo pessoal
Nesta quinta (8), série recebe a gerente de projetos do Tecgraf Maria Julia Dias de Lima
Para dar continuidade à série de lives da graduação, o YouTube e o Facebook do Departamento de Informática (DI) vão transmitir, nesta quinta-feira (8), às 18h, a palestra “Desenvolvimento de Sistemas Nativos de Nuvem pelo Tecgraf”, com a gerente de projetos do Instituto Tecgraf Maria Julia Dias de Lima. A apresentação será conduzida pela coordenadora de graduação do DI, Noemi Rodriguez.
Maria Julia vem liderando projetos na área há quase 20 anos. A professora falará da sua atuação em desenvolvimento de sistemas, do desafio de se manter uma equipe atualizada em relação à evolução tecnológica e dos projetos elaborados por seu grupo no Instituto Tecgraf. “Falaremos sobre os projetos que desenvolvemos com tecnologias de sistemas distribuídos e padrões arquiteturais, que se beneficiam de infraestruturas elásticas, como é o caso típico da nuvem”, ela antecipa.
Durante o bate-papo, Maria Julia vai explicar como se dá a colaboração com professores do DI, e contar das adaptações feitas no sistema de trabalho durante este período de pandemia da Covid-19. “O grupo liderado pela Julia tem um nível técnico muito alto, mantendo-se atualizado através de estudos e da sua interação com a pesquisa realizada no Departamento de Informática”, diz Noemi.
Os seminários da graduação ocorrem duas vezes por mês. A segunda quinta-feira do mês será dedicada a um profissional atuante no mercado de desenvolvimento de software – como é o caso de Maria Julia. Já a última quinta será a vez de receber um professor do DI, que compartilhará sua experiência profissional. No mês passado, o professor emérito Arndt von Staa participou do bate-papo.
Para não ficar de fora e acompanhar os seminários da graduação, inscreva-se no nosso canal no YouTube e ative o lembrete! E não se esqueça que todas as lives também são transmitidas ao vivo pela nossa página no Facebook!
Autor: Caio Barbosa Vieira da Silva
Orientador: Alessandro Fabricio Garcia
Data e Hora: 08/04/2021 às 17:00
Logotipo da lista World University Rankings, da revista Times Higher Education. Foto: Divulgação
Segundo o Emerging Economies University Rankings 2021, curso de Ciência da Computação da PUC-Rio é o que mais tem projetos com a indústria
A Ciência da Computação da PUC-Rio aparece em 1º lugar na lista de cursos de universidades brasileiras da área que mantêm projetos com a indústria, e na 3ª posição na categoria “pesquisa” do Emerging Economies University Rankings 2021, divulgado pela prestigiosa revista inglesa “Times Higher Education” em março.
Entre os fatores que contribuíram para estas conquistas estão as intensas parcerias dos laboratórios e núcleos de inovação tecnológica do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio com gigantes do setor industrial.
Só a Petrobras, por exemplo, tem ou já teve parcerias com diversos laboratórios do DI, como Instituto Tecgraf, LAC, ExACTa, Daslab e Telemídia. Os nossos núcleos de inovação tecnológica também já desenvolveram trabalhos com potências como a Transpetro, a GE Brasil, a Shell Brasil e a Eneva.
O ranking Emerging Economies University inclui diversos cursos de 606 universidades de países emergentes. Além do Brasil, países como Índia e China aparecem na lista. Quanto à qualificação dos cursos de Ciência da Computação nas universidades brasileiras, foram reunidas 51 instituições públicas e particulares.
O curso de Ciência da Computação da PUC-Rio já tinha conquistado igual destaque no World University Rankings 2021 (foto), outra lista da Times Higher Education, divulgada no ano passado.