Professor do DI destacou que é possível aliar pesquisas acadêmicas com trajetória profissional
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Do banco universitário às grandes empresas, não faltam opções para o profissional da computação. Esse foi o recado que o professor do Departamento de Informática (DI) Luiz Fernando Bessa Seibel deixou durante a live do DI desta quinta-feira (26). Na sessão, Seibel conversou com a coordenadora da graduação, a professora Noemi Rodriguez, sobre ensino, carreira e as possibilidades no campo da tecnologia.
Seibel, que tem uma experiência extensa tanto na academia quanto no mercado de trabalho, deu um valioso conselho aos estudantes durante o bate-papo: estudar, estagiar e continuar estudando mesmo após ter um posto no mercado de trabalho.
“Hoje em dia não dá para parar de estudar, ainda mais em uma área como a nossa, em que a tecnologia muda o tempo todo. Então, ficarmos parados, ficaremos totalmente desatualizados”, afirmou Seibel, que aconselhou ainda aos alunos fazerem algum tipo de intercâmbio acadêmico, como os que a PUC-Rio oferece em convênio com universidades fora do Brasil.
Ainda na sua formação em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Seibel resolveu seguir um rumo diferente. “Já na Elétrica eu me interessei por sistemas. A informática sempre fez sentido pra mim. Isso me levou a querer estudar um pouco mais. À época, a PUC tinha um curso de extensão noturno em análise de sistemas e então fui aprendendo a linguagem Fortran. Foi bem pesado”, contou.
Durante seus estudos na universidade, não faltaram opções de trabalho para Seibel. Após ser aprovado em um concurso de estágio para a Comissão Nacional de Energia Nuclear, o professor deu seu primeiro passo profissional na área da informática. Então, optou por direcionar sua formação para a área de sistemas, passando por um estágio no Rio Datacentro (RDC) e depois no próprio Departamento de Estatística.
O contato com profissionais proporcionado pela universidade encaminhou o professor para o mercado. Já com mestrado e trabalhando na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Seibel foi convidado a lecionar na PUC e depois a fazer parte da empresa Computadores e Sistemas Brasileiros (Cobra), um dos maiores marcos da computação nacional. Lá, junto a uma equipe da PUC, Seibel ajudou no desenvolvimento de um software totalmente nacional, usando o sistema operacional UNIX e a linguagem de programação C.
Foi no doutorado no DI, convidado pelo também professor Sérgio Lifschitz, que o professor mais uma vez ampliou seu campo de atuação, aliando a computação à bioinformática. “Minha mãe é farmacêutica, e sempre discutíamos assuntos relacionados à imunologia, saúde. Nosso grupo no DI desenvolveu uma série de sistemas, todos em parceria com a Fiocruz. Eles ensinavam biologia pra gente”.
Dentre todas as atividades profissionais proporcionadas ao professor por conta da informática, Seibel destacou que lecionar é seu maior interesse e, por isso, incentiva seus alunos a investirem nas suas formações. “Minha experiência no mercado mostra alguns caminhos. Minhas recomendações são sempre estudar, estagiar e continuar estudando. A computação tem muita opção e muito mercado. A pessoa deve fazer aquilo que realmente gosta”, aconselhou.
Você pode conferir outras lives da graduação no nosso canal do YouTube (youtube.com/dipucrio)
Vagas no DI são para cursos de Engenharia da Computação e Ciência da Computação
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Chegou a hora para quem quer fazer parte da graduação do Departamento de Informática (DI). Já estão abertas as inscrições para o vestibular 2022 da PUC-Rio. O DI oferece aos vestibulandos duas opções de graduação: Ciência da Computação e Engenharia da Computação.
Por conta da pandemia da Covid-19, as provas desta edição serão realizadas on-line. A avaliação será fiscalizada remotamente e requer que o candidato use um desktop ou um notebook.
E há também outras portas de entrada para a PUC-Rio. Os aspirantes a calouro podem aproveitar os resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre os anos de 2017 e 2021. Os exames internacionais Abitur, Bac (Baccalauréat Général) e IB (International Baccalaureate Diploma Programme) também são aceitos.
A graduação em Ciência da Computação é voltada para a formação de profissionais em Tecnologia da Informação e Comunicação. O curso tem currículo flexível, e o aluno pode se especializar nos mais diferentes assuntos da informática, como computação móvel, Web, sistemas de apoio à decisão, entre outros. Já o curso de Engenharia da Computação prepara profissionais para o desenvolvimento de tecnologias de ponta através do estudo de soluções que integrem software e hardware.
Bolsas de ingresso na graduação são disponibilizadas pela PUC-Rio através de três alternativas: pela classificação no vestibular, pela média no ENEM ou através do Prouni. Quando já estiverem cursando a universidade, os alunos podem ainda receber bolsas de reconhecimento de mérito equivalentes a 50% da mensalidade.
Em termos de desenvolvimento científico, o DI conta com Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para financiamento de novos talentos entre estudantes de graduação, através de sua participação em projetos de pesquisa. Além disso, o DI tem 14 laboratórios que abrangem os mais diferentes campos da informática. Neles, os alunos podem interagir com professores e estudantes de pós-graduações, ou ainda acompanhar seminários e aprofundar seus estudos científicos.
A disputa pelas graduações do DI é acirrada. O vestibulando de Engenharia da Computação concorre a uma vaga no Ciclo Básico do Centro Técnico Científico (CTC) junto com as demais Engenharias, além dos cursos de Física, Matemática e Química. A opção pela Computação deve ser feita a partir do terceiro semestre. São 190 vagas pelo Vestibular interno da PUC e 65 pelo ENEM. Já os futuros alunos de Ciência da Computação concorrem a 27 vagas no Vestibular e 10 no ENEM.
A qualidade dos cursos em Ciências da Computação e Engenharia da Computação se reflete em suas avaliações no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). As graduações receberam nota 4 e 5, respectivamente.
Para se preparar para as provas e revisar conteúdos, o site da PUC-Rio disponibiliza um repositório de exames anteriores, assim como os critérios de correção das avaliações.
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Grandes empresas têm sofrido com roubo de dados e paralisação de sistemas
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Na última semana passada, a gigante do varejo brasileiro Renner sofreu um dos maiores ataques de ransomware já vistos no país. A ação conduzida por criminosos derrubou todo o sistema de e-commerce da loja por três dias, além de causar sérias implicações comerciais para a empresa.
O ataque trouxe à tona para o público em geral como os ransomwares têm se tornado um grande risco para os desavisados em cibersegurança. Esse tipo de malware visa roubar os dados de vítimas e cobrar um resgate para reaver suas informações.
O principal método de atuação do ataque envolve criptografar dados no próprio sistema infectado e cobrar uma quantia monetária pelo envio da chave criptográfica e programa de decriptação. Mas existem formas de ransomware que ainda mais elaboradas. Alguns grupos de criminosos são capazes de copiar dados de um sistema para outro e, depois, destruir as informações no computador de origem.
A pessoa atacada se torna alvo de ameaças, e, para evitar que seus dados pessoais venham a público, é pressionada a efetuar um pagamento via criptomoedas, que não podem ser rastreadas como simples transações bancárias.
O caso da Renner não foi o primeiro episódio de ataques em grande escala em território brasileiro. Em maio deste ano, a também brasileira JBS foi obrigada a pagar US$ 11 milhões para recuperar o acesso aos sistemas da multinacional de alimentos.
O professor do DI Anderson Oliveira destaca que empresas costumam ser as vítimas mais visadas pelos criminosos. “Várias publicações especializadas apontam que a disseminação de ransomware tende a aumentar, e o foco será o ambiente corporativo. Cada caso é único e requer uma investigação particular para determinarm onde ocorreu a falha no sistema de segurança. Não podemos generalizar, mas, de fato, as empresas devem elevar o nível de segurança e rever a política de segurança que não está sendo eficaz”, alertou.
De acordo com Anderson, algumas precauções simples podem ser tomadas para se proteger de um possível ataque. “Para minimizar os riscos, uma primeira medida de segurança é baixar aplicativos apenas de locais confiáveis, além de manter os sistemas sempre atualizados com as correções de segurança mais recentes. A orientação básica é sempre desconfiar de facilidades, como, por exemplo, versões gratuitas de aplicativos que requerem pagamento, ou executar aplicativos disseminados através de anexos de e-mail”, aconselhou.
Joaquim Jorge apresentou visões para os próximos passos da informática em interfaces de mídia
Professor João Jorge (esq.) e professor Marcos Kalinowski
Promessa para o futuro da informática, as interfaces de mídia representam mais uma fronteira com grande potencial para desenvolvimento. Na live da pós-graduação do DI realizada na terça-feira (24), o professor visitante honorário Joaquim Jorge, da Universidade de Lisboa, apresentou ideias e exemplos de quais podem ser os próximos passos no desenvolvimento de tecnologias de interação humano-computador.
A discussão, que marcou a volta das lives do DI, foi conduzida pelo coordenador da pós-graduação, Marcos Kalinowski, e transmitida ao vivo pelo canal do YouTube (youtube.com/dipucrio) e pelo Facebook.
Partindo de filmes como “Planeta Proibido” (1956), “2001: Uma Odisséia no Espaço” (1968) até “Homem de Ferro” (2008) e “Avatar (2009)”, o professor expôs como o cinema é capaz de fazer previsões, por vezes bem precisas, de tecnologias que ainda estão por vir.
“Filmes são formas de fazer cenários de uma maneira mais ou menos elaborada e de falar com a nossa imaginação e com a tecnologia”, disse Joaquim.
O professor também destacou a evolução das tecnologias de interface em um curto espaço de tempo, além da sua imensa popularização através do uso de smartphones. Em tempos de pandemia, o potencial de interfaces que possibilitem o turismo virtual, assim como as limitações impostas a displays de toque em locais públicos, foram alguns dos assuntos de destaque na live.
Buscando um olhar para o futuro, Joaquim afirmou que ainda existe muito espaço para o desenvolvimento de vocabulário de superfícies táteis, modelagem 3D e design colaborativo e tecnologias que garantam a imersão do usuário. “O futuro é mais do que displays. As telas do futuro têm muito mais do que superfícies. Elas têm mais a ver com a sensação de estar presente em ambientes externos. O cérebro pode ser a última fronteira das interfaces”, concluiu o professor.
A apresentação faz parte de uma série de seminários da pós-graduação do DI. Para não ficar de fora das lives, inscreva-se no nosso canal no YouTube (youtube.com/dipucrio) e curta nossa página no Facebook.
Competição busca contemplar professores e estudantes de Tecnologia da Informação e Comunicação
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Terminam nesta segunda-feira (23) as inscrições para o Prêmio Luiz Fernando de Computação. O concurso reconhece projetos de inovação de professores e estudantes da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que tenham impacto social e promovam a melhoria da sociedade como um todo.
Os três primeiros colocados no prêmio receberão certificados chancelados pelo Comitê Especial do WebMedia. Devido à pandemia da Covid-19, as apresentações serão realizadas virtualmente. O melhor trabalho receberá um notebook no valor de até R$3.000,00.
A premiação é promovida pelo XXVII Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Web (WebMedia) e existe desde 2016. Luiz Fernando Gomes Soares, um dos co-fundadores do WebMedia, foi professor do Departamento de Informática (DI) e se destacou em pesquisas na área de TIC. Além do impacto social promovido pelos estudos acadêmicos, Luiz Fernando foi o responsável pela criação do middleware de TV Ginga e sua linguagem NCL. Ele faleceu em 2015.
O Ginga é uma tecnologia que possibilita, além de outras funções, compras em tempo real através da televisão a partir do controle remoto. Essas inovações possibilitadas pelo trabalho de Luiz Fernando tiveram grandes impactos na indústria nacional e levaram o professor a ser considerado a maior autoridade em TV digital no país.
Os projetos serão avaliados pelos seus possíveis impactos sociais e viabilidade (levando em conta aspectos como potencial de uso, replicabilidade e possíveis parcerias).
Como participar?
O artigo escolhido deve estar em português, inglês ou espanhol e em PDF obedecendo os padrões da ACM do WebMedia. Trabalhos que concorreram em outros concursos e premiações também podem participar.
Todos os projetos precisam ser submetidos eletronicamente pelo sistema JEMS na categoria “Prêmio LF”
O artigo deve conter informações técnicas como arquitetura e funcionalidades, além das instituições envolvidas e currículos do professor e do estudante com links para o Lattes. A relevância, impacto social e executabilidade também devem estar contidas no texto, assim como os resultados já alcançados e esperados, o potencial futuro, recursos envolvidos e parceiros. Por último, o projeto precisa apresentar um cronograma para sua execução e continuidade. Também é desejável incluir uma análise de impacto pela métrica Social Return on Investment (SROL)
A competição recomenda os seguintes tópicos
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Laboratório aposta em parcerias dentro e fora do Departamento para projetos científicos
Da aplicação de tecnologia formal para o desenvolvimento de softwares ao diálogo com professores de filosofia, passando por projetos industriais nas áreas de energia, óleo e gás. O perfil versátil faz parte do leque de atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Métodos Formais (TecMF) do Departamento de Informática. Um dos 14 laboratórios do DI, o TecMF se dedica a pesquisar a aplicação da Teoria da Prova, Teoria das Categorias, Sistemas Lógicos, Prova Assistida de Teoremas em Ciência da Computação em geral, e, principalmente, validação de sistemas, modelos de computação e complexidade computacional.
Embora os campos de pesquisa sejam inovadores, o TecMF tem uma longa história. Fruto da remodelação de um antigo laboratório criado no início dos anos 1990, ele ganhou identidade própria ainda na virada do milênio, a partir de uma demanda acadêmica e unindo professores e estudantes da pós-graduação na criação de novos projetos científicos.
Das principais áreas do laboratório, a que mais se destaca no TecMF está relacionada aos estudos em desenvolvimento e aplicação de tecnologia formal. A formalização, nas palavras do coordenador do laboratório, o professor Edward Hermann, é um processo diligente. “É resolver problemas e desafios de forma que seja muito mais do que simplesmente solucioná-los. Não estamos interessados em só resolver, mas explicar por que e como o processo foi resolvido. É explicar, formalmente, e de maneira precisa”.
Para resolver esses quebra-cabeças, o TecMF conta com um apoio que pode ser um pouco inusitado para os não-familiarizados com o laboratório: o do Departamento de Filosofia. Em um campo onde as ciências exatas e as humanas se encontram, a colaboração se torna essencial.
Grupo do TecMF em encontro em centro de pesquisa da Uerj, em Ilha Grande
“Certos conceitos em computação têm paralelos muito grandes com ideias da filosofia analítica, da filosofia da linguagem e da filosofia da matemática. Usamos muitos conceitos traçados por filósofos como, por exemplo, o conceito de prova. O que você pode usar como prova? Isso é muito importante para comprovação de que uma prova está sendo bem aplicada. Precisamos dessas ideias da filosofia para não derrapar”, disse o professor.
Esse trabalho em comum não se limita às salas de aula. Aliando os estudos acadêmicos à prática, o laboratório conduz projetos industriais nas áreas de energia, óleo e gás, campos que tradicionalmente dependem de pesquisas científicas. Além desses, o TecMF já atuou em estudos relacionados à formalização de argumentação legal. Edward completa que, neste último, a cooperação foi decisiva. “Formalização é um processo empírico, mas é feito por seres humanos. Nós podemos ser auxiliados por robôs, mas é um processo humano. A interação indireta com a filosofia foi essencial para o projeto. Não teria ido para a frente sem esse aprendizado”, completou.
Além da parceria entre Departamentos, o TecMF também olha para dentro na hora de escolher quais os próximos passos a serem dados em suas pesquisas. Integrantes do laboratório vindos de outros países costumam trazer desafios ou questões abordadas no exterior com potencial para serem pesquisadas pelo TecMF. A partir dessas ideias, é iniciada a fase de pré-projeto, e os alunos podem escolher participar da pesquisa.
Grupo do TecMF apresenta trabalho em conferência em Lyon, na França
O laboratório mantém uma forte parceria com o Laboratório de Bioinformática e Banco de Dados (BioBD), coordenado pelo professor Sérgio Lifschitz. Juntos, os dois grupos mantêm trabalhos relacionados à modelagem. O TecMF também conta com uma parceria de longa data com o Telemídia, laboratório que trabalha com sistemas multimídia e hipermídia.
Hoje, participam do TecMF alunos em diferentes níveis de estudo da computação, desde a graduação até o pós-doutorado. Os estudantes de iniciação científica, que conduzem projetos próprios, são estimulados a participar dos seminários do laboratório, interagindo com aqueles que já têm uma carreira mais consolidada no mundo da informática.
Abraçando os mais diferentes projetos, fica evidente que a colaboração é a base dos trabalhos do TecMF. “Nós temos como princípio evitar de recusar desafios. Os desafios estão aí para a gente aprender com eles”, finalizou.
Lives e apresentações acadêmicas com alunos e professores prometem divulgar ainda mais a produção científica do departamento
Com mais de 1.500 inscritos e 32 mil visualizações, o YouTube do Departamento de Informática (DI) coloca no ar esta semana novas apresentações de dois importantes trabalhos acadêmicos. O canal, que abriga parte da produção científica do departamento, oferece aos inscritos lives de pesquisadores do DI, apresentações de trabalhos acadêmicos e até tutoriais feitos por alunos.
No novo vídeo que já entrou no canal nesta terça-feira (17), o ex-aluno de mestrado do DI Raphael de Souza e Almeida apresenta sua pesquisa, um simulador em realidade virtual para auxiliar a Marinha do Brasil a analisar aspectos topotáticos de um terreno, que são as variáveis que as Forças Armadas consideram em uma região específica onde fará uma operação, como a vegetação e clima locais, relevo e até potenciais inimigos.
Intitulada “Topological and tactical study of terrains modeled into a synthetic training environment as a military educational resource”, a pesquisa sugere o uso da tecnologia sem que oficiais da Marinha tenham que estar fisicamente no local. O abstract do trabalho, assim como o Digital Object Identifier (DOI), se encontram na descrição.
Na quinta-feira (19), entrará ao ar vídeo com apresentação do artigo “Integrando tecnologias de Sistemas de Bancos de Dados e Processamento de Eventos Complexos”, redigido a partir do TCC do estudante do DI Lucas Chaves Duarte, sob orientação do professor Sérgio Lifschitz. O artigo discute a utilização de Processamento de Eventos Complexos (Complex Event Processing – CEP) em conjunto com sistemas de bancos de dados relacionais, para a coleta, processamento e análise de fluxos de dados em grandes volumes.
A partir da próxima terça-feira (24), com a volta às aulas, o canal passa a transmitir novamente as lives do Departamento de Informática. Também estão previstos novos envios com vídeos de trabalhos de autores como Mariana Salgueiro, ex-aluna de graduação, e de Alexandre Novello e Paulo Mendes, ex-alunos do mestrado.
A dissertação de Mariana, que também contou com a orientação do professor Sérgio Lifschitz, propõe um Sistema de Recuperação de Informação que funcione como um mecanismo de busca tradicional na Web, permitindo a identificação de projetos de pesquisa relacionados à área de meio ambiente natural realizados na PUC-Rio.
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Pesquisa aponta que grande parte dos programadores se iniciam na computação na faixa dos 16 anos
Para muitos estudantes de graduação, o interesse por códigos teve início ainda na adolescência. Seja por curiosidade, aspirações acadêmicas ou até mesmo por acidente, cada vez mais jovens são atraídos para o mundo da informática. É o que mostra uma pesquisa da plataforma de recrutamento de desenvolvedores HackerRank. Segundo o levantamento, a maioria dos programadores começou as atividades na faixa etária entre os 16 e 20 anos, na esteira da popularização de jogos virtuais.
Esse foi o caso da estudante de Ciência da Computação do DI Raquel Olhovetchi, para quem o interesse pelos códigos surgiu ainda na infância. “Desde pequena sempre quis fazer jogos, e percebi que o melhor jeito de ser independente seria dominando o maior número de etapas possível. Eu sempre gostei de desenhar e sabia alguma coisa de game design, então decidi que se eu soubesse programar eu já teria alguma base pra fazer jogos sozinha”, contou.
A última edição do Por Dentro do DI falava justamente da importância da computação no processo de desenvolvimento de jogos. Nela, o professor Roberto Ierusalimschy contou a história da linguagem de programação Lua, desenvolvida inteiramente no DI, e falou sobre a importância da Lua nos games.
O primeiro contato de Raquel com a informática da PUC-Rio foi ainda no ensino médio. A estudante participou do Programa de Integração Universidade, Escola e Sociedade (PIUES) da PUC-Rio, um programa de imersão da universidade que permite a estudantes ainda em idade escolar participarem de atividades acadêmicas por um semestre. A aluna optou por um curso de programação, o que abriu novas possibilidades para a escolha da sua graduação.
A estudante de graduação do DI Raquel Olhovetchi
“Foi ali que eu aprendi mais a fundo a programação. Atualmente eu faço estágio fazendo jogos e sinceramente não poderia pedir por outra carreira, é minha paixão de verdade”, contou Raquel, que destacou ainda como as aulas também estimulam soluções não óbvias para problemas técnicos.
“Eu gosto muito da parte criativa. Muita gente pode achar que é só escrever códigos e colocar números, mas na verdade cada código diz muito sobre quem escreve ele, desde a etapa de formulação até realmente a hora de codar. Existem mil jeitos de resolver o mesmo problema, e cada um programa como acha melhor, é uma variedade incrível de métodos e é muito divertido explorar os diferentes jeitos que a gente tem pra fazer as coisas”, disse.
O professor do Departamento e coordenador da pós-graduação, Marcos Kalinowski, destaca a importância dos jovens no campo da informática. “A área de TI é bem ampla, principalmente em atividades relacionadas com desenvolvimento de software. Hoje, soluções baseadas em software permeiam nossas vidas em todos os aspectos. O jovem que ingressa nessa área entra em um campo de possibilidades diversas. Com uma boa graduação e uma qualificação séria, não há possibilidade de ficar desempregado”, afirmou.
Marcos também reforça que nunca é tarde para se iniciar no campo da programação. O DI abraça aqueles que não tiveram contato com códigos, garantindo o aprendizado durante a graduação.
Raquel deixa um conselho aos interessados em se iniciar no campo da computação. “Não tenham medo de aprender sozinhos e praticar seu código. 90% da programação é tentativa e erro. Pode ser muito frustrante ficar preso numa mesma etapa, e você pode se sentir o pior programador do mundo, mas quando você consegue resolver o problema pode ter certeza que você vai se sentir a pessoa mais esperta da vida”, ensinou.
Autor: Paulo Renato Conceição Mendes
Orientador: Sergio Colcher
Data e Hora: 16/08/2021 às 13:30
Projeto liderado por Endler desenvolve algoritmos para controlar drones que coletam dados de sensores em áreas de difícil acesso
A agência de fomento de pesquisa da Força Aérea Americana (Air Force Office for Scientific Research) acaba de renovar por mais um ano o financiamento para um projeto de pesquisa em Internet das Coisas Móveis desenvolvido no Laboratory for Advanced Collaboration (LAC), liderado pelo diretor do Departamento de Informática (DI), Markus Endler. Com o novo aporte, esse projeto de pesquisa receberá ao todo US$ 100 mil, algo em torno de R$ 525 mil.
O projeto visa criar algoritmos e protocolos de roteamento para controlar uma frota de drones (quad-cópteros de baixo custo) com a tarefa de coletar continuamente dados de sensores de uma rede sem fio implantada em uma região isolada ou de difícil acesso e sem infraestrutura de comunicação. Esses drones se comunicam mutuamente através de rádios para a troca de dados e a coordenação das rotas de voo, trabalhando de maneira coordenada e flexível para captar o máximo de dados e transportar para uma estação conectada à internet.
“Além do recurso financeiro, esse apoio abre portas para colaborações científicas. Estamos em contato com pesquisadores da Universidade da Flórida, que trabalham num projeto semelhante. O potencial dessa parceria é enorme”, conta Endler.
O projeto utiliza os resultados de uma tese de doutorado recente em que foi desenvolvido o protocolo DADCA. Esse protocolo realiza a movimentação coordenada de drones para otimizar a troca mútua de dados coletados por cada drone, de forma a aumentar o volume de informações transferidas para uma “estação base” conectada à Internet. O protocolo DADCA é dinâmico e adaptativo, e permite tanto a adição como a remoção de drones da frota a qualquer momento, sem necessidade de ajuste.
No primeiro ano do projeto foi desenvolvido, no escopo de um trabalho de mestrado, um protocolo para redes de sensores sem fio (RSSF) em solo com baixo consumo de energia. Esse protocolo se baseia na tecnologia sem fio Bluetooth Mesh e foi denominado Mobility Aware Mesh (MAM). Ele tem a funcionalidade de transmitir os dados (de sensores) coletados em solo para qualquer nó da RSSF que vier a ser visitado, por sobrevoo por um drone.
Simulação feita em um simulador GrADys
Os protocolos já foram implementados e demonstrados com sucesso em um ambiente simulado (veja o vídeo). Agora, o projeto parte para a etapa da implantação e testes do MAM e DADCA no “mundo real”, onde diversos fatores, como a altura de sobrevoo dos drones, o efeito de vento, garoa, obstáculos, etc. podem ter impacto na execução do monitoramento cooperativo Solo-Ar, e devem gerar certos erros de aproximação e comunicação que precisam ser considerados.
“Com essa renovação por mais um ano, poderemos ganhar mais experiência com a construção e utilização dos drones e da rede se sensores no mundo real, e esperamos realizar testes práticos de demonstração em campo, até meados do ano que vem”, revela.
A expectativa é que os resultados desta pesquisa sejam aplicados em vários campos, como segurança/vigilância, monitoramento ambiental, cidades inteligentes, agricultura de precisão e indústria 4.0. Apesar do financiamento ser da agência de fomento da Força Aérea Americana, o projeto não terá qualquer aplicação militar.
“Uma das possibilidades futuras é o monitoramento de encostas com risco de desabamento. Sensores no solo podem medir o grau de encharcamento do terreno, os drones captam essas informações e levam para a estação base. Com esses dados, é possível detectar se há risco de deslizamento”, explica Endler.
O projeto, chamado “GrADyS: Exploring movement awareness for efficient routing in Ground-and-Air Dynamic Sensor Networks”, é desenvolvido no LAC e conta com oito colaboradores, entre professores, pesquisadores pós-docs, e alunos de pós-graduação e graduação.
“Um fato interessante deste projeto é que ele tem um apelo científico e aplicado tão grande que está atraindo pesquisadores e colaboradores voluntários de diversas áreas e de outros institutos e universidades”, comemora Endler.
Para saber mais visite o site do projeto: http://www.lac.inf.puc-rio.br/index.php/gradys/