Professor que contribuiu para a consolidação do DI faleceu aos 76 anos
Referência na área de Teoria da Computação e Lógica, o ex-professor do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio Paulo Augusto Silva Veloso morreu, no sábado (14), aos 76 anos, em virtude de um câncer. O sepultamento aconteceu no domingo (15), no cemitério São Francisco Xavier. Haverá uma missa virtual nesta sexta-feira (20), às 18h, que pode ser acessada neste link.
Como professor do DI de 1977 até 1995, Veloso foi um dos pilares do Departamento e teve atuação de destaque internacional nas áreas de Lógica e Teoria da Computação. Ele contribuiu para a formação de numerosos mestres e doutores, entre os quais o atual diretor do DI, Markus Endler, cuja dissertação de mestrado orientou. O professor passou a atuar na UFRJ, mas nunca deixou de frequentar a PUC-Rio e de colaborar com antigos colegas do departamento.
“Tive o privilégio de ter sido o seu orientando de mestrado em 1986, fato que marcou a minha vida e carreira. Ele foi um mestre extremamente generoso com todos os seus alunos. Com sua competência científica ímpar e seu jeito sempre gentil, sereno e amigo, ajudou a formar uma imensa legião de amigos e colegas acadêmicos e profissionais”, lembra Endler.
Edward Hermann, docente do quadro principal do DI, trabalhou lado a lado com Veloso nos últimos anos, como na pesquisa sobre Fundamentação de Inteligência Artificial. “Foi meu professor e orientador de mestrado, me apresentou diversas áreas de Lógica, Matemática e Ciência da Computação, com que hoje eu trabalho. Além de mim, influenciou um monte de ex-alunos e muita gente fora do Brasil, que ele visitava”, afirma o pesquisador.
Hermann lembra que Veloso era conhecido por fazer apenas uma pergunta em defesas e apresentações de seminários e trabalhos em congresso. A pergunta geralmente causava grande impacto. “Estávamos editando um Festschrift [livro-homenagem] para ele pela College Publications (Imperial College London), intitulado ‘A Question is more Illuminating than an Answer’”, contou Hermann.
Veloso desenvolveu em 1984 a Teoria Geral dos Problemas, usada até hoje junto com a Teoria de Problemas do Kolmogorov, russo que é um dos fundamentadores da Teoria da Probabilidade. Outra contribuição importante foi o Teorema da Modularização, na década de 90, em que ele mostra como se fundamenta a teoria de desenvolvimento de software, de sistema.
Por sua valorosa contribuição, Veloso recebeu homenagens e premiações, como o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia: Área de Informática, do CNPq, em 1993; Prêmio Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ, em 2002; foi eleito membro do CLE: Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da UNICAMP, em 2003; e em 2014 foi homenageado em seu aniversário de 70 anos, no Encontro Brasileiro de Lógica.
Além deste importante legado para a área de Lógica e Teoria da Computação no Brasil, ele deixa a esposa, Sheila Veloso e as filhas, Paula e Flávia.
Em live, ex-diretor do DI apresentou três de seus projetos de pesquisa e relembrou sua história no Departamento
A série de lives do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio teve uma participação especial na última sexta-feira (16). Daniel Menascé, pesquisador renomado e integrante do quadro de professores da George Mason University, nos EUA, apresentou o seminário “Taming Complexity with Self-managed Systems”, e respondeu a perguntas enviadas pelo chat ao vivo. Antes de começar a palestra, Menascé contou um pouco de sua trajetória no DI da PUC-Rio.
“É uma história que remonta há 50 anos, quando entrei para a universidade, como estudante de graduação e depois fiz o mestrado no Departamento de Informática. Quando voltei do doutorado na UCLA, me tornei membro do corpo docente e também Diretor do Departamento por alguns anos. O DI é muito querido em meu coração, então é um prazer estar hoje com todos vocês”, disse.
Menascé começou a palestra com o conceito de complexidade e de suas implicações em sistemas de computador. E explicou que a infraestrutura dos centros de processamento de dados de grandes empresas — como Amazon, Facebook, Google, YouTube, CNN, LinkedIn, Twitter, New York Times, entre outras — e suas centenas de milhares de servidores interconectados por muitos tipos diferentes de redes em seus servidores, formam uma arquitetura de software muito complexa, e portanto, demanda sistemas que possam gerenciar a si próprios. “Precisamos de computadores para gerenciar os sistemas, porque é virtualmente impossível para os seres humanos fazerem isso”, afirmou o pesquisador. Menascé destacou a importância dessa autogestão feita pelos sistemas.
“Um único segundo de tempo de carregamento de página adicional custaria à Amazon 1,6 bilhão de dólares em vendas por ano. No caso do Walmart, para cada segundo de melhoria que eles conseguiram obter, experimentaram um aumento de conversão de 2% nas vendas reais. Outro exemplo é o Google, em que um tempo de latência de 400 milissegundos resulta em 440 milhões de sessões abandonadas por mês, e uma perda massiva na receita de anúncios. O que eu quero dizer é que esses objetivos de nível de serviço são extremamente importantes porque se traduzem em perdas financeiras, se não forem alcançados”, pontuou.
Segundo Menascé, os sistemas autogerenciados devem atender a quatro objetivos diferentes:
Menascé apresentou ainda gráficos de variação de carga de trabalho em várias escalas de tempo de um servidor web e de função de utilidade de tempo de execução, explicando e dando exemplos de cada um. Após um rápido intervalo para tirar dúvidas enviadas pelo chat ao vivo, ele iniciou a segunda parte do seminário, em que apresentou três exemplos de controladores autônomos que projetou com seus alunos de doutorado, para diferentes tipos de aplicações, e os respectivos resultados de cada um.
O primeiro controlador autônomo é uma solução para o problema do aumento nas variações das cargas de trabalho; o segundo tem a ver com as compensações entre consumo de energia e desempenho e o terceiro exemplo foi sobre como gerenciar compensações entre segurança e desempenho. “A segurança não é gratuita, se você deseja ter uma segurança melhor, você precisa pagar um preço pelo desempenho”, afirmou.
“A maioria dos sistemas complexos são dinâmicos e evoluem muito rápido ao longo do tempo, então, não é possível para os seres humanos otimizá-los constantemente, alterando os valores de todos os parâmetros de configuração. Sistemas autogerenciados mudam automaticamente esses parâmetros, com base em objetivos de alto nível fornecidos por seres humanos. Essas metas de alto nível podem ser objetivos de nível de serviço ou funções de utilidade”, concluiu Menascé.
Inscrições vão até 16 de dezembro; Ciência da computação está entre as áreas apoiadas;
Estão abertas as inscrições para a 4ª Chamada Pública de Apoio à Ciência do Instituto Serrapilheira (instituição de fomento à ciência e a divulgação científica). Até 12 jovens cientistas serão selecionados para receber apoios que variam de R$ 200 mil a R$ 700 mil e valem por 3 anos. Ciência da computação está entre as áreas contempladas no edital, além de matemática e ciência naturais – que reúne ciências da vida, física, química e geociências. As inscrições vão até 16 de dezembro. Clique aqui para se inscrever.
A nova chamada pública traz algumas mudanças em relação às anteriores. O período de apoio se estendeu, para que os cientistas possam desenvolver seus projetos em longo prazo e o valor da bolsa passou a ser variável e levará em consideração as necessidades de cada projeto – por exemplo, se são mais ou menos experimentais.
Os cientistas selecionados também poderão concorrer, de forma voluntária, a recursos extras para serem investidos exclusivamente na integração e formação de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes. A depender da ação a ser desenvolvida, o valor do bônus pode variar de 10% a 100% do apoio recebido. A maneira de implementar as ações de inclusão será discutida com cada pesquisador selecionado.
Para se inscrever, os candidatos devem ter vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2018. No caso de mulheres com filhos esse prazo é estendido em até dois anos.
Além disso, os candidatos deverão indicar ao menos dois artigos de impacto em que foram autores principais. Mas atenção: o impacto será medido pelo efeito que o artigo teve em questionar, avançar ou aprofundar o conhecimento no campo, justificado pelo próprio candidato. Ou seja, o proponente precisa explicar por que considera seus artigos de impacto com base em seu conteúdo e contribuição intelectual.
O processo de seleção terá duas fases. Na primeira, os candidatos enviam uma pré-proposta, que será avaliada pelos revisores. A partir daí, alguns serão chamados para submeterem a proposta completa. A etapa final inclui uma entrevista.
Desde sua criação, em 2017, o Serrapilheira investiu R$ 30 milhões em ciência, apoiando mais de 120 projetos de pesquisa. “Apesar das condições de financiamento à pesquisa pouco favoráveis, temos testemunhado no Serrapilheira, nos últimos três anos, o desenvolvimento da carreira de jovens excelentes, inseridos em redes internacionais de conhecimento e abrindo novas perspectivas de avanço de áreas científicas. Isso não pode parar”, afirmou Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira.
Hélio Lopes foi keynote speaker no SIBGRAPI; Pesquisadores e alunos tiveram artigos premiados no SB Games e SVR 2020
O Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio comemora as conquistas em três eventos que aconteceram entre os dias 7 e 10 de novembro, em conferência online. O professor Hélio Lopes foi keynote speaker (orador principal) no SIBGRAPI – Conferência de Gráficos, Padrões e Imagens. O artigo do aluno André Mello Alves e Alberto Raposo, seu orientador, foi premiado como Best Paper (melhor artigo) no Simpósio de Realidade Virtual e Aumentada (SVR 2020). E no SBGames — Simpósio Brasileiro de Jogos de Computador e Entretenimento Digital — foram dois prêmios: o trabalho do aluno Felipe Holanda ganhou na categoria melhor trilha sonora e um artigo dos pesquisadores Bruno Feijó e Augusto Baffa levou o terceiro lugar em Best Paper.
Promovido anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o SIBGRAPI é um congresso internacional que em 2020 foi realizado em conferência virtual devido à pandemia. Como keynote speaker, Hélio Lopes apresentou a palestra “From data to solutions in industrial applications”, falando sobre como construir pontes entre Computação Visual, Engenharia de Software e Ciência de Dados para criar de forma bem sucedida soluções para transformações digitais nas indústrias. Ele mostrou casos concretos das experiências feitas na iniciativa ExACTa, que coordena juntamente com os colegas do quadro principal: Marcos Kalinowski, Marcus Poggi e Simone Barbosa.
“No processo de Transformação Digital a empresa investiga o uso de tecnologias digitais para inovar sua forma de trabalhar, visando atingir o objetivo estratégico. Essa transformação digital tem que fazer uma mudança na cultura da empresa, principalmente quando as soluções são baseadas em dados. Para isso, a área de Data Science ganhou muita atenção nos últimos anos. Ela tem objetivo de transformar dados em informações e com todo o expertise que se tem na empresa, transformar essas informações em conhecimento”, destacou Lopes.
‘DI foi determinante’, diz André Mello Alves, Best Paper no SVR 2020
O Simpósio de Realidade Virtual e Aumentada (SVR) é a principal conferência sobre o assunto no país e atua como um instrumento de divulgação dos avanços em Realidade Virtual e Aumentada no Brasil e no mundo. O artigo de André Mello Alves, em co-autoria com Alberto Raposo foi premiado como Best Paper na categoria WUW (Workshop of Undergraduate Works). Chamado “Memorabilia”, o projeto, baseado em seu trabalho final de graduação em Engenharia da Computação no DI da PUC-Rio, é um aplicativo iOS de realidade aumentada para suporte no dia a dia de pessoas com transtornos neurocognitivos na realização de tarefas e recordação de boas lembranças.
Inspirado pela condição das duas avós, que têm Alzheimer, Alves explica que o app funciona como uma biblioteca de memórias virtuais que podem integrar textos, fotos, vídeos, músicas e o próprio ambiente para personalizar um cômodo real, com conteúdo a ser explorado posteriormente. “É muito gratificante ser reconhecido por um projeto especial para mim, tal como é um estímulo para continuar tentando impactar positivamente as pessoas com a tecnologia”, disse o aluno. “O DI foi determinante não só nessa conquista, mas na minha formação como profissional e na minha carreira, que está apenas começando. Eu sou muito grato aos meus professores e, em especial, meus orientadores Alberto Raposo e Greis Silva, que me acompanharam nessa jornada”, completou.
Prêmio em dose dupla no SBGames
No maior e mais importante evento de games e entretenimento digital da América Latina, o SBGames (Simpósio Brasileiro de Jogos de Computador e Entretenimento Digital), Bruno Feijó e Augusto Baffa conquistaram o terceiro lugar na categoria Best Paper da Trilha Indústria, e o aluno Felipe Holanda, orientado por Feijó, ganhou como melhor trilha sonora no Festival de Artes. A categoria esteve fora do SBGames nos últimos dois anos e voltou agora em 2020.
“Felipe Holanda apresentou uma visão global do seu jogo (Rythenia) e de sua trajetória única como especialista em jogos, um raríssimo caso de profissional totalmente híbrido, dominando programação, artes e música! E a programação é profunda, incluindo técnicas de storytelling e de game analytics. Não é para qualquer um! O Felipe é um dos orgulhos da equipe de P&D em jogos do ICAD/VisionLab, PUC-Rio”, elogiou Feijó.
Para Holanda, apesar da confiança em seu trabalho, foi uma surpresa ter levado o prêmio, pois sua música é totalmente virtual, feita no computador, e na competição havia músicos que têm estúdio e outros recursos. “Quando veio a notícia, passou um filme na minha cabeça, não sabia nem o que falar… Você está com confiança, mas não espera. Foi uma honra muito grande”. Ele contou que desde a infância, quando teve os primeiros contatos com jogos, sentiu vontade de estudar tecnologia e programação. E quando chegou ao DI se encontrou. “Confesso que no início eu nem sabia o que queria fazer, mas o departamento tinha muitas possibilidades, várias áreas na computação. E quando eu encontrei o ICAD/VisionLab foi um encontro de almas”.
Na Trilha de Indústria, o artigo “Publicidade e tributação em jogos online”, escrito por Bruno Feijó e Augusto Baffa foi escolhido o terceiro melhor da competição. “O foco é sobre o código tributário brasileiro. Entendemos que a informação contida no artigo é importante para a indústria, pois norteia todas as questões tributárias e etapas da venda de espaços publicitários dentro de jogos”, afirmou Baffa.
Feijó ressaltou a importância do artigo, por ser totalmente inédito ao analisar publicidade e tributação em jogos online no Brasil, integrando as áreas de computação, modelagem de publicidade online e tributação brasileira. “Nem mesmos os estudos avançados na União Europeia sobre este tema analisam alguns dos pontos levantados neste artigo. O estudo revela o pouco que o país avançou neste tema, mesmo com as propostas atuais de PECs tramitando no Senado e na Câmara (mas que infelizmente não tratam adequadamente a economia digital)”.
Foto: Evan Cantwell/Creative Services/George Mason University
Professor da George Mason University e ex-diretor do DI é o palestrante convidado da semana na série de lives da pós-graduação
Como todo bom filho que à casa torna, o professor Daniel Menascé vai participar do ciclo de lives da pós-graduação do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio apresentando o seminário “Taming Complexity with Self-managed Systems”, nesta sexta-feira (13) às 15h, ao vivo pelo YouTube. Apesar de atualmente integrar o quadro de professores da George Mason University, Menasce é um autêntico “filho da PUC”, com graduação em Engenharia Elétrica na PUC-Rio e Mestrado no DI. Após o doutorado na UCLA, foi professor do quadro principal do DI por 14 anos e também foi Diretor do Departamento de 1981 a 1983.
“Nesses mais de 35 anos de sua vida como professor e pesquisador no exterior, ele sempre manteve uma forte conexão (e saudades) com o DI e velhos colegas. Por isso atrevo-me a dizer que o Daniel nunca deixou de vestir a camisa do DI. É uma honra ter esse grande expoente da Computação e ‘filho da casa’ compartilhando conosco as suas mais recentes pesquisas. E há ‘rumores’ de que essa interação seja só o começo de uma duradoura aproximação entre o DI e sua atual universidade, a George Mason University”, adiantou Markus Endler, atual Diretor do DI.
Em sua palestra, Menascé falará sobre sistemas de computação que se autogerenciam, ou seja, se autoconfiguram, auto-otimizam, autorrecuperam de falhas e de ataques de segurança. “O seminário chama a atenção para o fato que grandes sistemas de computação atuais tendem a ser extremamente complexos, compostos por um número grande de servidores de tipos diferentes interligados através de vários tipos de redes. Estes sistemas têm um número muito grande de configurações possíveis. Assim sendo, não é viável que seres humanos determinem a cada instante a configuração ótima. Os computadores têm que determinar sua configuração ótima em tempo real”, explica o professor.
Infraestruturas como as usadas pelo Google, Amazon, Facebook e outras empresas do tipo são exemplos de áreas de aplicação da pesquisa. Menascé destaca a discussão de vários exemplos práticos de sistemas que se autogerenciam como o ponto-chave seminário, que tem relevância sobretudo para os interessados na área de Sistemas.
Menascé foi pesquisador principal do RedePUC, projeto pioneiro de protocolos para redes locais, que à época era uma novidade em todo o mundo. Durante a sua carreira recebeu numerosos prêmios e distinções, incluindo o Fellow do IEEE e Fellow do ACM em 1997, e o Prêmio A. A. Michelson (Computer Measurement Group – CMG), em 2000.
Se inscreva no canal do DI no YouTube e ative o lembrete para não perder a live!
Foto: Fernanda Maia / Divulgação
Inovação, excelência e tradição são os pilares do Programa de Pós-Graduação do DI da PUC-Rio
Termina nesta segunda-feira (16) o prazo de inscrições para a seleção de mestrado e doutorado no Departamento de Informática da PUC-Rio (DI), para o primeiro semestre de 2021. De excelência reconhecida por pesquisadores e instituições nacionais e internacionais, o Programa de Pós-Graduação do DI foi o primeiro no país a receber nota máxima (7) da CAPES, em 2003, e desde então se mantém assim.
A busca por inovação está no DNA do Departamento, responsável por marcos da inovação tecnológica como a linguagem de programação Lua e o middleware Ginga para as TVs digitais. No quadro principal o DI tem vários pesquisadores renomados e premiados, muitos dos quais lideram laboratórios e parcerias com empresas. “Vários de nossos alunos fizeram uma brilhante carreira em empresas de grande sucesso, incluindo as big five, e sempre repetem o quanto a pós-graduação no DI fez ‘a grande diferença’ em sua formação”, afirma Markus Endler, diretor do Departamento.
As inscrições devem ser feitas através desse link. Para se inscrever no doutorado é necessário ter um plano de pesquisa pré-aprovado pelo orientador pretendido — um dos professores do quadro de docentes permanentes do Programa de Pós-Graduação do DI. São dez áreas de pesquisa dentro do Departamento:
Clique aqui para acessar o edital.
Alunos do Departamento de Informática se destacam
Assim como Ana Carla Bibiano, aluna de mestrado cuja dissertação foi premiada no SBES 2020 como a segunda melhor do país, a maioria dos alunos aceitos em regime de tempo integral no DI recebe bolsa de fomento e quase a totalidade recebe bolsa de isenção das taxas escolares, e portanto não paga mensalidades. E o que não faltam são histórias de sucesso entre os que participam dos projetos de pesquisa e laboratórios do Departamento.
O doutorando Felipe Ferreira criou um algoritmo de recomendação que foi destaque na RecSys e está em uso no Globoplay; Alexandre Novello, aluno de mestrado, ganhou menção honrosa no SBBD 2020 com um artigo curto e o também doutorando Diogo Munaro foi indicado ao prêmio Brasil Referência em Dados 2020.
“Se você realmente quer ‘voar alto’ em sua carreira, faça como alguns de nossos egressos, que são líderes no Google (VP de Engenharia), Microsoft (Diretor de Engenharia), Amazon, VTEX, CUJO, Intellie, entre outras, e se inscreva no Mestrado ou Doutorado no Departamento de Informática da PUC-Rio. No Programa de Pós-Graduação que é pioneiro no Brasil e de reconhecida excelência, você encontrará um ambiente estimulante e do mais alto padrão de qualidade em ensino, pesquisa e inovação”, convida Endler.
Venha fazer parte desse time de sucesso, venha para o DI!
Professor apresentou no seminário online sua pesquisa e duas ferramentas para ajustes finos em sistemas de bancos de dados
O professor Sérgio Lifschitz apresentou o seminário “(Self)tuning para Sistemas de Bancos de Dados” na última sexta-feira (06), ao vivo pelo canal do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio no YouTube. Partindo do conceito de ajuste fino ou sintonia fina em busca de um bom desempenho em um sistema de banco de dados existentes, o pesquisador abordou questões relacionadas ao tema, relembrou os primeiros passos na pesquisa e falou também as quatro etapas das atividades de self-tuning.
“Tuning é um processo mais artístico, tem muito a ver com a experiência do usuário, do especialista, e isso é muito pessoal. Será que dá para formalizar esse tipo de conhecimento, colocá-lo numa ferramenta como uma ontologia? Aí começa a nossa última fase, no que estamos trabalhando, com vários colaboradores, colegas professores (não só da PUC) que têm colaborado para desenvolvermos um trabalho muito legal, explorando novos caminhos no tuning”, explicou Lifschitz.
O professor também apresentou as duas ferramentas criadas em seu grupo de pesquisadores. “A primeira ferramenta naturalmente pensada foi criar uma ontologia, que a gente chamou de Ontuning. E a outra é Outer-Tuning, que evoluiu da DBX — ferramentas que nos garantiu prêmios no SBBD em 2018 e 2015, respectivamente — e que evoluímos o software para poder lidar com essa ontologia e para que pudéssemos, então, fazer coisas que vão além do conhecimento básico de um especialista”, disse.
Após a palestra, o pesquisador respondeu perguntas enviadas pelo chat ao vivo, como a do professor Markus Endler, diretor do DI, se o self e outer-tuning também se aplica a bancos de dados do tipo NoSQL, e, em caso positivo, quais são os principais desafios a esses bancos de dados. “A ideia de ser um sistema autonômico, automático ou self-management se aplica a qualquer sistema. Começamos trabalhando na área do banco relacional, porque continua sendo bastante presente no mercado e ainda tem muita gente fazendo pesquisa nisso, então, no momento estamos dando continuidade. Agora, os outros sistemas não relacionais são outros problemas que teríamos que lidar. Nós ainda no nosso grupo ainda não atuamos em sistema chamados NoSQL, os sistemas não relacionais. Mas estamos trabalhando nisso e pode ser que em breve a gente consiga chegar lá”, respondeu Lifschitz.
Já o professor Bruno Feijó, também o DI, perguntou sobre a área de visualização de Banco de Dados ganhar nova dimensão a partir da visão de tuning ser um processo de design. Lifschitz lamentou que esse ainda não seja um caminho explorado em seu grupo de pesquisas, mas reiterou que seguir nesse sentido traria bons resultados. “Uma imagem vale mais que mil palavras, não é? Não tenho dúvidas de que, se pudéssemos exibir o que está acontecendo por simulações, contando histórias direito, mostrando os resultados, podendo comparar e colocar imagens simultâneas com uso de cores e de formas nos momentos corretos, isso certamente daria um ganho fenomenal para nossa pesquisa e nosso grupo”.
Em resposta à pergunta feita por Otávio Freitas, sobre o uso de ferramentas automáticas de banco de dados aplicadas nas análises de big data, que exigem rapidez, o pesquisador explicou que a atividade de tuning pode ser desenvolvida offline. “O tuning pode ser uma ferramenta que a gente vai aprendendo aos poucos, então tem a possibilidade de fazer o tuning e de pensar o tuning de maneira offline. As decisões não são ‘mission-critical’ sempre. É verdade que algumas decisões precisam ser tomadas com rapidez, mas a maioria dos ajustes finos são pensados no longo prazo e num sistema estável pode ser feito offline. Acho que esse caminho continua funcionando e a gente vai conseguir conseguir contribuir para a área de Big Data dessa maneira também. É o caminho em que eu continuo acreditando e acho que temos muito resultado para mostrar ainda”, finalizou.
Da esquerda para a direita, os alunos Roberto Oliveira, Diego Cedrim, Leonardo Sousa e o professor Alessandro Garcia
Escolhido como um dos ‘best reviewers’, professor orientou artigo premiado como ‘best paper’ e dissertação que levou o segundo lugar na competição nacional
O Departamento de Informática da PUC-Rio foi premiado nas três categorias do 34º Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software, o SBES 2020, que aconteceu de 21 a 23 de outubro, em versão online devido à pandemia. O artigo dos alunos Diego Cedrim, Willian Oizumi, Anderson Oliveira, Leonardo da Silva Sousa e Daniel Oliveira foi um dos cinco best papers do simpósio; Ana Carla Bibiano foi premiada como a 2ª melhor dissertação de mestrado do país; e o professor Alessandro Garcia, orientador desses dois trabalhos, foi escolhido como um dos best reviewers da premiação.
Considerado um extrato dos melhores trabalhos produzidos pela comunidade brasileira de Engenharia de Software, o SBES teve recorde de submissões de trabalhos em 2020, uma vez que a edição online facilitou a participação na conferência. Dos 116 artigos submetidos, 43 foram aceitos como artigos completos e cinco receberam a premiação de melhores artigos. Um deles foi o “Recommendation of Batch Refactorings for Removing Code Smells: Heuristics and Evaluation”, cujo mote saiu de um estudo anterior conduzido por Diego Cedrim, quando era doutorando orientado por Garcia.
O doutorando Willian Oizumi é um dos autores do artigo premiado no SBES
“Nas fases finais da minha pesquisa de doutorado conseguimos elaborar heurísticas que foram inicialmente reportadas na minha tese e sumarizadas por Willian Oizumi e colegas no formato de artigo científico. Agradeço imensamente a ajuda de todos os envolvidos na adaptação e publicação do estudo. O artigo ficou excelente”, elogiou Cedrim, que atualmente trabalha como engenheiro de software na Amazon.
Ex-aluno de mestrado e doutorado, ele afirma que o DI foi fundamental em sua formação acadêmica e profissional. “A competência e relevância em nível internacional dos docentes é realmente impressionante e empolgante. Foi no DI que tive meus melhores mestres, fiz grandes amigos, e moldei meu perfil profissional. Sem o DI, eu jamais teria conseguido dar os passos que dei na minha vida profissional”, afirmou.
Responsável pelas análises qualitativas e quantitativas do artigo, Willian Oizumi está no último ano de doutorado e fez também o mestrado no DI. Assim como aos colegas co-autores, o resultado da premiação o surpreendeu. “Sabíamos que nesse ano a concorrência seria muito maior, não tínhamos nem tanta certeza se o artigo seria aceito ou não. Já foi uma surpresa para nós a aceitação no evento, ainda mais ter recebido uma boa avaliação e ter sido premiado”, disse.
‘Esse segundo lugar para mim é como se fosse o primeiro’, diz Ana Carla Bibiano
Alagoana da cidade de União dos Palmares, conhecida como “O Berço da Liberdade”, por ser o local em que surgiu o quilombo liderado por Zumbi dos Palmares, Ana Carla Bibiano conquistou o segundo lugar no concurso nacional de dissertações do SBES. Para ela o prêmio é a realização de um sonho que tinha desde a graduação.
“Eu não estava tão confiante, por ser um concurso nacional, mas sabia que o trabalho tinha potencial pelo tópico ser novo e não muito investigado mundialmente. Quando saiu o resultado, foi uma felicidade muito grande, porque é a valorização de dois anos de trabalho com várias noites sem dormir. Foi muito emocionante! Ter ganhado o segundo lugar para mim foi como se fosse o primeiro, porque sei todas as dificuldades que passei e todos as contribuições que o trabalho traz. Foi muito importante”, disse Ana Carla.
Ana Carla Bibiano teve sua dissertação premiada como a segunda mehor do país no SBES 2020
Sob o título de “On the Characteristics and Types of Effect of Batch Refactoring on Software Maintenance“, a dissertação de Ana Carla propõe uma revisão da literatura e estudo quantitativo sobre o tema — o primeiro estudo quantitativo empírico sobre refatoração em lote do mundo, publicado em formato de artigo no Simpósio Internacional de Engenharia e Medição de Software Empírico, o ESEM. Além destas, o trabalho ainda tem como contribuições uma heurística e um framework conceitual, ou seja, um mapa de características desse fenômeno até então desconhecido que é a refatoração em lote.
“A grande inovação do nosso estudo é investigar um fenômeno que é real, que é aplicado na prática frequentemente, mas que na literatura ainda estava muito pobre, muito limitado sobre observar como isso era aplicado na prática. E a partir disso trouxemos vários alertas, tanto para pesquisadores quanto para desenvolvedores melhorarem as ferramentas existentes. Acredito que nossos resultados podem melhorar a prática na indústria e a pesquisa nesse sentido”, afirmou Ana Carla.
Pioneiro nesta área de pesquisa no Brasil, Lifschitz apresentará os resultados de pesquisas no DI com ex-alunos e professores
A automação de ajustes finos para sistemas de banco de dados é tema de pesquisa do professor Sérgio Lifschitz há quase 20 anos, e o assunto do seminário “(Self)tuning em Sistemas de Banco de Dados”, que acontece nesta sexta-feira (6), às 15h, ao vivo pelo canal do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio no YouTube e na página no Facebook.
“À medida que os bancos de dados vão crescendo, o desempenho vai piorando e é preciso agir de alguma forma. Porém, nem todo mundo tem recursos para comprar melhores máquinas. E a solução de colocar na nuvem nem sempre resolve. Comprar mais hardware não necessariamente melhora, às vezes até agrava o problema”, alertou Lifschitz.
Pioneiro nessa área de pesquisa no Brasil, o professor explica que diferentemente do processo de otimização, o tuning tem a ver ajuste das estruturas e configurações para que o sistema de bancos de dados fique mais rápido, atenda melhor às consultas e quantidade de transações que são executadas. “É fazer com que o sistema fique melhor nas condições existentes”, explicou.
Segundo o pesquisador, os profissionais da área de computação que trabalham com sintonia fina na área de banco de dados costumam ser muito bem remunerados. “Empresas contratam a peso de ouro esses especialistas em tuning porque estão com problemas de desempenho mas não entendem exatamente, não podem mexer em tudo, até porque o banco de dados está em produção. A tarefa é delicada justamente porque normalmente é preciso melhorar o desempenho sem parar o sistema. É uma atividade muito técnica e muito artística também. Depende muito da experiência da pessoa”, afirmou.
A pesquisa de Lifschitz tem o objetivo de transformar essa experiência do profissional de tuning em heurísticas — algoritmos aproximados — de maneira que o sistema de banco de dados possa refletir essa experiência, conhecimento e inteligência e para tomar decisões e fazer ajustes finos de maneira automática, sem depender de um especialista em muitos casos. Para tal, nos últimos anos foram criadas ferramentas como a “DBX” e “Outertuning” (premiadas no Simpósio Brasileiro de Bancos de Dados de 2015 e 2018), e também a “Ontuning”, uma ontologia de sintonia fina, em seu grupo de pesquisas, com participação de alunos, ex-alunos, outros professores do DI e de outras instituições.
“Estamos tentando emplacar esse modelo de ter uma ontologia que permita a uma máquina fazer esse ajuste automático com a semântica implícita de um especialista que conhece o assunto. A partir dela, a máquina vai conseguir transformar aquelas informações em sistemas que permitem fazer as tarefas funcionarem de maneira automática ou semiautomática”, disse o professor. “É uma área que lida com sistemas de bancos de dados relacionais ainda bastante presentes no mercado e na academia e que temos muitas histórias de sucesso para contar”, finalizou.
Se inscreva no canal do DI no YouTube e ative o lembre para não perder esse e outros seminários da série de lives da pós-graduação.
Diretor do DI fala de conquistas do departamento e planos para o futuro no evento ‘Tecnologias Digitais e as Áreas do Conhecimento Humano’
O evento online “Tecnologias Digitais e as Áreas do Conhecimento Humano” promoveu o debate sobre interdisciplinaridade e integração entre a universidade e empresas na sexta-feira (30), no YouTube. Realizada pelo Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio em conjunto com a PUC Endowment, a transmissão contou com a participação de renomados pesquisadores, representantes de empresas de tecnologias e das instituições organizadoras.
O diretor do DI, Markus Endler, fez uma apresentação do departamento e seus laboratórios de pesquisa, com destaque para os produtos neles desenvolvidos, como a linguagem de programação Lua e o middleware Ginga. Em busca de ainda mais visibilidade no mercado internacional, Endler afirmou que o DI está negociando parcerias com duas universidades da América do Norte e com a NVIDIA, a IBM e a VTEX. “Estamos investindo fortemente em parcerias com duas universidades da América do Norte, eu não vou mencionar agora o nome, mas são universidades de alto renome nas suas áreas. Uma delas inclusive tem um ecossistema de muitas empresas e de start-ups no seu entorno. Então nós acreditamos que tendo uma parceria com essa universidade nós automaticamente abrimos portas para atuação de nossos alunos da nossa pesquisa também junto a essas start-ups lá fora”, disse.
Endler destacou que o departamento está aberto a pesquisas institucionais e parcerias com dentro e fora da PUC-Rio. “Queremos ter uma informática mais aplicada, sem deixar de produzir resultados. O DI pode servir de parceiro para outros departamentos e áreas. A multidisciplinaridade, combinando a informática com outras áreas, é também uma oportunidade”, completou o diretor.
Ele também relembrou um marco na história do DI, a criação da Rede PUC, ao introduzir o depoimento do professor Daniel Menasce, ex-diretor do departamento e professor da George Mason University. “No início da década de 1980 ainda não havia boas soluções para que computadores pessoais de uma organização pudessem se interligar e para que cada um deles tivesse acesso à internet. Então, nós conseguimos um financiamento da Telebrás, de 670 mil dólares em montante de hoje, e começamos o projeto da rede PUC, cuja ideia era interligar todos os computadores de uma organização em um anel de comunicação. Nosso projeto demonstrou a viabilidade técnica da rede PUC um ano antes da IBM lançar o seu token ring, que seria o equivalente à nossa rede em anel”, contou Menasce.
‘Podemos criar um Vale da Gávea’, diz presidente da AaA PUC-Rio
Ricardo Lagares, presidente da Associação dos Antigos Alunos (AaA PUC-Rio) e também da gestora do fundo patrimonial Endowment da PUC-Rio, falou sobre a história da PUC-Rio e da Associação. “Vejo a Gávea como uma região bem interessante, também como a região do Vale do Silício, uma região bonita que estimula a criatividade e a inovação. Então, quem sabe, também não podemos criar um Vale da Gávea, estimulando start-ups, empresas de inovação a aceleradoras a se instalarem em volta da Universidade e criar um distrito de inovação relevante no Rio de Janeiro e no Brasil?”.
A professora visitante do DI Valeria de Paiva, co-fundadora do Topos Institute, conversou com o professor Daniel Schwabe sobre sua pesquisa em linguagem natural. “Precisamos lidar com os nossos sistemas como se fossem pessoas. Precisamos entender o que eles dizem e eles precisam entender o que a gente diz no contexto que estamos falando”, afirmou a pesquisadora. “O nosso projeto pensa que a gente precisa construir, principalmente para o português, recursos léxicos e semânticos e fatos sobre a sociedade do Brasil que façam esses sistemas entenderem o que esperamos deles”, completou.
Renato Cerqueira, gerente sênior de pesquisa da IBM Brasil, enalteceu a importância das parcerias entre universidade e empresas. “Estamos precisando de pensamento científico para enfrentar os desafios que enfrenta a nossa sociedade”, declarou. A professora Monica Hertz, vice-decana do Centro de Ciências Sociais (CCS), conversou com Valeria sobre o processo de socialização dos professores de outras áreas, como das Ciências Sociais, no universo digital. “Vamos começar o próximo semestre com uma série de oficinas para promover essa socialização e aprendizado”, adiantou Monica.
Vice-presidente de engenharia do Google e João Portinari dão seu depoimento
Ex-aluno do DI e vice-presidente de engenharia do Google, Luiz André Barroso contou sua história na PUC, desde a graduação em engenharia elétrica, em 1983, passando pelo doutorado na informática sob a orientação do professor Daniel Menasce, até o desenrolar de sua carreira profissional que ele chamou de uma carreira repleta de aventuras. “Saí da PUC e trabalhei como pesquisador, como engenheiro de software, como engenheiro de hardware, já trabalhei como gerente de times pequenos, com dez pessoas, ou de times enormes, de 10 mil pessoas aqui na Google. Tenho tido até o momento e pretendo continuar a ter uma carreira com mais aventuras e com mais oportunidades de entrar em áreas completamente diferentes. Certamente a educação, meus colegas e os meus professores na PUC foram um fator muito importante em me permitir essa ousadia de trabalhar em tantas áreas diferentes, tem enriquecido minha carreira de várias formas”, afirmou Barroso.
Fundador e coordenador do Projeto Portinari, João Candido Portinari falou sobre a relação do trabalho desenvolvido no projeto com as áreas de ciência e tecnologia. “Colegas da informática foram fundamentais num problema que nós enfrentamos desde o início, o enfrentamento com os falsários. Procuramos soluções inovadoras, diferentes das técnicas tradicionais de atribuição de autoria, que apresentavam falhas históricas. Utilizamos a área de inteligência artificial e machine learning, chegamos a fazer uma parceria com o laboratório de Inteligência Artificial da Nasa na Califórnia, o que deu início ao projeto Pincelada, que contou com a colaboração de colegas de vários departamentos da área de ciência e tecnologia da PUC. Estamos vendo a possibilidade de uma renovação da parceria com o Departamento de Informática da PUC-Rio para prosseguirmos com esse projeto e chegarmos a resultados que possam ser aplicados na prática”, afirmou Portinari, ex-diretor do Departamento de Matemática da universidade.
Maria Luiza Reis, Presidente da Assespro RJ — associação de empresas de Tecnologia da Informação que é a associação mais antiga do Brasil — falou sobre a importância da federação, por ser ouvida por ministros e governadores a respeito da política de tecnologia da informação e por sua grande força ser o futuro da tecnologia do Brasil. ”O Rio de Janeiro tem um parque de universidades de prestígio mundial, poderia chamar até de ‘a Boston do Brasil’, com tantas empresas, universidades e centros de pesquisa importantes aqui. Hoje ainda não temos uma união, uma interligação muito forte entre a universidade e as empresas de tecnologia, e isso seria muito importante. É o passo para conseguirmos a primazia, conseguirmos ser líderes na tecnologia e vendermos para o mundo inteiro”, afirmou.
ANP, Innovation Norway e NVIDIA incentivam a pesquisa científica
Alfredo Renault, superintendente da ANP, lembrou que no Brasil a indústria de petróleo é obrigada a investir 1% de receita bruta nas universidades e centros de pesquisa do país, o que gera um conjunto de projetos de extrema relevância, suporte de infraestrutura fundamental para diversas universidades brasileiras. “Pela sua tradição de pesquisa em diferentes áreas de interesse do setor petróleo, parte significativa desses recursos são aportados na PUC-Rio. Além disso, nós temos também o programa de formação de Recursos Humanos, com 55 programas de pós-graduação contemplados no país, que fornece bolsa para alunos de graduação, mestrado e doutorado em diferentes áreas de interesse no setor petróleo e resulta numa grande aproximação entre esses diferentes programas e o setor produtivo da área de petróleo”, informou.
A representante da Innovation Norway, Marianne Jensen, lembrou que a parceria entre a empresa norueguesa e o Brasil está muito além do comércio de bacalhau e café. Após mencionar acordos firmados pelos dois países, ela falou sobre o seu trabalho aqui no Brasil, que está calcado na Tríplice Hélice. “A posição é co-financiada pelas agências públicas norueguesas responsáveis pela pesquisa e inovação no setor empresarial. Portanto, há vínculos fortes entre nossos dois países em relação à pesquisa e ensino superior em universidades como o que estamos fazendo no departamento de informática da PUC, criando mais inovação e negócios a partir da pesquisa. Facilitar o ensino superior corporativo com relevância para a pesquisa e as empresas está no centro do que faço no Brasil”, explicou.
Fernando Pereira, Senior Manager da NVIDIA e responsável pela vertical de energia e educação superior e pesquisa elogiou a escolha do tema para o evento, agradecendo também a parceria com a PUC-Rio em vários projetos. “O tema atual é de extrema relevância, é um tema em que a NVIDIA é protagonista. Hoje muito mais do que uma empresa de hardware, nós somos uma empresa de software que provê uma série de soluções em várias áreas do conhecimento humano”, disse.
Além deles, também deram seu depoimento: o Dr. Hilton Koch, decano do centro de Ciências médicas; professora Jaqueline Farbiarz, diretora do Departamento de Artes e Design; Adriana Vidal, Coordenadora Central de Educação; Professora Noemi Rodriguez, coordenadora de graduação no DI; professor Marcos Kalinowski, coordenador de pós-graduação no DI e Carlos Augusto Junqueira, presidente do Conselho do Endowment, que fez as considerações finais juntamente com Markus Endler e o mediador da sessão, Fernando Jefferson, diretor de TI da PUC Endowment.