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Live discute novidades em narratologia para jogos
quarta-feira, 26 de maio de 2021 às 13:22

Professores Antonio L. Furtado e Bruno Feijó falam sobre a área que promete trazer muitas novidades para o mundo do entretenimento digital

Como é o seu jogo preferido e que história ele conta? Depois de avanços impressionantes em computação gráfica e inteligência artificial, o novo desafio do entretenimento digital se concentra em desenvolver narrativas envolventes e criativas. 

Este é o tema da live “Narratologia Computacional e Jogos”, que acontece nesta sexta-feira (28), às 15h. A apresentação será transmitida pelo Youtube e Facebook do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio. Participam do evento o professor emérito Antonio L. Furtado, um dos criadores do DI, e o professor Bruno Feijó, pioneiro no Brasil em CAD, animação e efeitos especiais.

“O jogo está internalizado dentro do ser humano, porque somos lúdicos por natureza. Também somos mergulhados na questão da narrativa. Contamos histórias como forma de nos comunicarmos e transmitirmos conhecimentos. Então, é natural que tenhamos tamanha atração por jogos com boas tramas”, compartilha Feijó. 

A narratologia computacional busca criar, interpretar e estruturar histórias do ponto de vista da computação. Tradicionalmente, os enredos dos jogos costumam ser lineares e aparecem apenas como um pano de fundo. No entanto, há uma demanda atual por roteiros que sejam vivenciados e alterados pelo usuário, proporcionando uma experiência mais intensa e interativa. 

O desafio não é simples. No jogo, assim como na vida real, o player é protagonista, co-autor e disseminador de uma narrativa em tempo real. 

“É preciso pensar no clímax, nos personagens, nos conflitos. Tudo tem que ser bem estruturado, assim como um escritor constrói um romance. Os jogos são uma área profundamente interdisciplinar. Eles criam os maiores desafios de simulação que a computação pode imaginar, levando a tecnologia ao seu extremo. E a computação não pode fazer isto sozinha. Ela precisa da contribuição de várias outras áreas, como psicologia, neurociência, artes e design”, afirma Feijó, que brinca que os games são a “Fórmula 1” da computação.

O professor é coordenador do ICAD/VisionLab, laboratório de destaque na América Latina em pesquisa em storytelling interativo, data storytelling e narratologia computacional. O núcleo também cria jogos independentes para testar novos modelos de montagem de equipes e processos para a indústria.

A apresentação integra a série de seminários de pós-graduação do DI, que acontece toda sexta-feira, às 15h. Ative o lembrete do YouTube e venha participar!

 

LEIA TAMBÉM 

Por Dentro do DI: ICAD/VisionLab atua com games e entretenimento digital



Bigonha fala sobre contribuições de Ullman e Aho em live do DI
terça-feira, 25 de maio de 2021 às 16:16

Professor emérito da UFMG apresenta trabalho dos vencedores do Prêmio Turing, considerado o “Nobel da Computação”

 

Na próxima quinta-feira (27), o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Bigonha é o convidado especial da live promovida pela graduação do Departamento de Informática (DI). Ele vai falar sobre a contribuição da pesquisa dos dois vencedores do Prêmio Turing 2020, Jeffrey Ullman e Alfred Aho. A apresentação de Bigonha na quinta-feira, às 18h, no YouTube e no Facebook do DI, será conduzida pela professora Noemi Rodriguez, coordenadora da graduação.

 

“Achamos que seria importante para os alunos, e também para nós, entendermos sobre esse trabalho que influenciou tão radicalmente a área de implementação de linguagens. Ninguém seria melhor para falar sobre isso do que o professor Roberto Bigonha, que já formou algumas gerações de pesquisadores e profissionais da área”, afirma Noemi. 

 

Ullman e Aho têm importantes contribuições para a computação, principalmente, na área de compiladores. “A programação de tarefas demanda uma comunicação humano-computador, que é realizada por meio de linguagens de programação. O compilador funciona como um tradutor entre o usuário e a máquina”, explica Bigonha.

 

Em plena era digital, o trabalho de Ullman e Aho tem sido essencial no aperfeiçoamento de algoritmos, destaca a Association for Computing Machinery (ACM), que concede o prêmio anualmente. A sociedade científica ressalta também a importância dos dois ao reunirem seus resultados e de outros pesquisadores em livros importantes da área, que ajudaram gerações de cientistas da computação. Bigonha explica que o sucesso de seus textos, utilizados em todo o mundo até os dias de hoje, é resultado de um “casamento harmonioso” entre a teoria e sua aplicação prática. 

 

A honraria recebida pelos dois acadêmicos carrega o nome de Alan Turing, matemático britânico considerado um dos pais da ciência da computação moderna. Além do reconhecimento, os vencedores dividem ainda o prêmio de US $1 milhão, com apoio do Google, Inc.

 

Este será mais um seminário da graduação, que ocorre duas vezes por mês. Para não ficar de fora e acompanhar todas as lives do DI, inscreva-se no nosso canal no YouTube e curta nossa página no Facebook!



Live descomplica desafios de integração de dados em Data Science
segunda-feira, 24 de maio de 2021 às 16:53

Professor Marco Antonio Casanova falou sobre as dificuldades no acesso a diferentes bancos de dados e mostrou como trabalhá-los na Web

Você já imaginou sua vida sem sites de busca? Com uma simples pesquisa, conseguimos informações precisas em milésimos de segundos. Mas para que estas ferramentas funcionem de forma eficiente, é imprescindível que haja uma boa integração de dados. Este foi o tema da live realizada na sexta-feira (21) pelo Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio, com participação do professor Marco Antonio Casanova

“Essa história de consulta por palavra-chave é bem interessante, mas tem muito mais que a gente pode fazer para melhorar a vida do usuário na hora de localizar os dados que ele precisa”, afirmou Casanova, que desenvolve pesquisas com ênfase em tecnologias que facilitem a interpretação de dados na web. “O campo da integração de dados pode ir muito além se adotarmos técnicas de machine learning mais atuais. Assim conseguimos resolver os mesmos problemas que existem há muito tempo de uma forma mais razoável”, defendeu o professor. 

Na live, Casanova explicou os desafios de integrar dados de fontes diferentes, especialmente ao lidar com grandes volumes e múltiplas origens. A questão surgiu na década de 1970, época em que os databases começaram a se popularizar, mas continua relevante até hoje, quando tratamos de aplicações de ciências de dados. 

Um estudo da empresa Crowdflower mostrou que, em um projeto de data science, gasta-se quase 80% do tempo coletando, limpando e organizando dados. Durante a apresentação, o professor identificou os quatro principais problemas a serem resolvidos no tratamento dos dados – alinhamento de esquemas, ligação de entidades, extração e fusão -, e sugeriu técnicas para resolver estes e outros conflitos.

Para quem quer se especializar em bancos de dados, Casanova dá a dica: “A interface de linguagem natural para bancos de dados existe há muito tempo, mas hoje temos tecnologias para fazer isso muito melhor do que há 5 anos. Essa é uma área em que vale a pena investir”.

A transmissão foi pelo YouTube e pelo Facebook do DI. Para revê-la, basta clicar nos links! 

Esta foi mais uma apresentação da série de seminários de pós-graduação do DI, que acontece toda sexta-feira, às 15h. Ative o lembrete do YouTube e venha participar com comentários e perguntas!



Defesa de Dissertação de Mestrado: Reengenharia do ContextNet utilizando Kafka
sexta-feira, 21 de maio de 2021 às 21:26

Autor: Camila Antonaccio Wanous

Orientador: Markus Endler

Data e Hora: 28/05/2021 às 16:00



Defesa de Dissertação de Mestrado: Um Jogo Multijogador Online para Identificação de Funções Executivas em Idosos
sexta-feira, 21 de maio de 2021 às 19:24

Autor: Bruno Portella Tassara

Orientador: Bruno Feijó

Data e Hora: 28/05/2021 às 16:30



Defesa de Dissertação de Mestrado: Gamification guidelines to prevent negative effects in digital education/learning systems
sexta-feira, 21 de maio de 2021 às 19:21

Autor: Cláuvin Erlan José da Costa Curty de Almeida

Orientador: Bruno Feijó

Data e Hora: 27/05/2021 às 15:00



Estreia do “Bate-papo do DI” destaca a multidisciplinaridade do Design UX
quinta-feira, 20 de maio de 2021 às 15:15

Professor Alberto Raposo e aluna Karina Tronkos conversaram sobre Design UX em live do “Bate-Papo do DI”. Foto: Reprodução

O professor Alberto Raposo e a aluna Karina Tronkos conversaram sobre importância da área para a experiência dos usuários

 

Se você ainda não está convencido da relevância do Design UX nos dias de hoje, o professor do DI Alberto Raposo, gerente de projetos do Tecgraf, alerta: “tudo tem uma experiência, até mesmo abrir um saquinho de ketchup!” Segundo ele, esse é um elemento fundamental na venda de um produto. A reflexão foi compartilhada durante a live Design UX: uma computação mais humana, realizada nesta quarta-feira (19), no Instagram do DI. A transmissão estreou a série “Bate-papo do DI” e contou com a participação de Karina Tronkos, que é orientanda de Raposo na graduação e produtora de conteúdo no perfil do Instagram nina_talks.

 

O User Experience vai além dos sistemas computacionais, e é extremamente multidisciplinar, destacaram os participantes durante a conversa. Para Raposo, a contribuição de profissionais de diferentes áreas é essencial para uma boa compreensão do usuário e, por isso, é muito bem-vinda. “Não dá pra pensar em um sistema feito apenas pelo programador. Você precisa das outras pessoas que vão criar essa experiência, e você só consegue isso ouvindo quem vem do outro lado”, explicou.  Profissionais da psicologia, pedagogia, publicidade, artes, jornalismo e até mesmo biólogos e médicos podem trazer novos pontos de vista para a área. “Uma vez eu recebi uma mensagem de uma dentista que falou: ‘você fala tanto de experiência do usuário que eu estou conseguindo aplicar isso no meu consultório, na forma como penso na experiência dos meus pacientes”’, contou Karina, que trabalha como Product Designer no Hurb.

 

A estudante também lembrou que a experiência está atrelada à interação dos usuários com a marca como um todo. Por isso, o contato constante com todas as áreas da empresa é fundamental: desde desenvolvimento e negócios, até data science, jurídico e marketing. “Estamos sempre tentando alinhar as necessidades do usuário, os objetivos de negócio e a viabilidade técnica.” Segundo Karina, o designer UX pode ser descrito como um “advogado do usuário”, já que é responsável por proporcionar experiências da melhor forma possível. 

 

Enquanto o Design UX é cada vez mais explorado pelas empresas, Raposo indicou que a área também representa um desafio interessante para pesquisas acadêmicas. De acordo com o professor, pensar no futuro envolve olhar para novas tecnologias onde o UX ainda não está bem definido, como a interação por voz, ou centros de realidade aumentada e virtual. “Academicamente, é onde se precisa estudar mais, justamente para essas tecnologias chegarem ao mercado de forma mais robusta”, afirmou. Outro campo que ainda precisa ser trabalhado no Design UX no Brasil é a acessibilidade. Segundo os participantes, aspectos como contraste, iluminação, área de toque e mesmo o idioma são importantes para tornar o produto universal para pessoas com deficiências, idosos, pessoas iletradas, ou até mesmo que tenham mãos um pouco maiores do que o padrão.

 

Esta foi a primeira live da série lançada no perfil do departamento no Instagram. No “Bate-papo do DI”, professores, alunos e ex-alunos vão conversar sobre temas de pesquisa e assuntos interessantes do universo da computação. Acompanhe as redes sociais do DI para saber das novidades!



Fundamental para data science, integração de dados é tema de live
quinta-feira, 20 de maio de 2021 às 13:01

Professor Marco Antonio Casanova fala sobre as dificuldades no acesso a diferentes bancos de dados

 

Como acessar dados originados por diferentes fontes? Este é um problema antigo, que tem um grande impacto em projetos de data science. Com as novas transformações digitais, surge no mercado uma demanda por profissionais especializados em tópicos fundamentais da área de Ciência de Dados. Em live realizada nesta sexta-feira (21), às 15h, pelo Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio, o professor Marco Antonio Casanova, vai falar sobre o tema. A transmissão será pelo YouTube e pelo Facebook do DI.

 

“O problema da integração está no cerne da Ciência de Dados”, alerta Casanova, que desenvolve pesquisa em várias áreas de banco de dados, com ênfase em tecnologias que facilitem a divulgação e interpretação de dados na Web. Na live, Casanova vai dar orientações sobre como trabalhar dados na Web de um jeito que eles possam ser lidos e interpretados pelas aplicações com mais eficiência.

 

A apresentação integra a série de seminários de pós-graduação do DI, que acontece toda sexta-feira, às 15h. Ative o lembrete do YouTube e venha participar com comentários e perguntas!



Perfil: Arndt von Staa é um dos pioneiros na computação no Brasil
quarta-feira, 19 de maio de 2021 às 11:10

Professor emérito e um dos fundadores do DI é apaixonado por programação 

 

Hoje é dia de conhecer mais a trajetória de um dos grandes pesquisadores do DI. Vamos apresentar o perfil do professor emérito Arndt von Staa. Confira!

 

Um interesse que surgiu “por acaso”. É dessa forma que o professor emérito do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio Arndt von Staa define o seu vínculo com a computação. Tudo começou durante a graduação em Engenharia Mecânica, cursada na própria PUC-Rio. A curiosidade despertada no jovem von Staa frutificou, e ele veio a se tornar um dos pioneiros da área de computação no Brasil, e também um dos fundadores do departamento.

 

“No segundo semestre do segundo ano (em 1962), eu não tinha nada para fazer à tarde. Um dia, o Padre Amaral, então coordenador do curso de Engenharia da PUC-Rio, apareceu no corredor e me contou do curso de programação que a universidade ia oferecer. Falou que eu provavelmente iria gostar, e achei interessante”, contou o professor em live com a professora e coordenadora da graduação, Noemi Rodriguez

 

 

Depois, ele passou a estagiar no Centro de Processamento de Dados (CPD) da universidade, e ajudou a desenvolver um programa para a simulação da operação de reservatórios de hidroelétricas. A partir dali, foi participando de outros projetos, até que… o mero interesse havia se tornado “fascínio”, como diz o próprio no artigo “História da Computação – Uma visão personalista”. No texto, o professor fala de sua trajetória profissional e da evolução da computação ao longo do tempo.

 

Formado engenheiro mecânico, von Staa conseguiu, em 1966, uma bolsa para fazer um curso de extensão em Stuttgart, na Alemanha, onde permaneceu por um ano e meio. Quando retornou ao Brasil, abraçou um dos projetos mais desafiadores de sua carreira: a fundação do DI e também do primeiro programa de pós-graduação em Informática do Brasil. 

 

Primeiros anos e carreira no DI

 

Podemos dizer que a história do departamento, que tanto se confunde com a de von Staa, teve início não em 1967, mas em 1960, quando a PUC-Rio foi escolhida para sediar o primeiro computador instalado no Brasil: o Burroughs Datatron B-205. Nos anos seguintes, a universidade começou a receber outras máquinas, como a B-200, a IBM 1130 e a IBM 7044. Todas elas foram operadas por von Staa em algum momento. 

 

Em meados de 1967, o campus da Gávea tinha o maior centro de computação científica do Brasil. Ainda no Departamento de Matemática, von Staa e demais professores, como Carlos Lucena, Antônio Furtado, Luiz Martins, Roberto Lins de Carvalho e Sérgio Carvalho, começaram a cursar um novo mestrado na universidade. Mas não só isso: eles também estavam lecionando nesse mesmo programa. 

 

Professor von Staa recebe título de emérito pela contribuição à Universidade e ao meio acadêmico. Foto: Acervo Comunicar/PUC-Rio

O professor emérito afirma que o mestrado se desenvolveu por meio de um processo conhecido como bootstrap – ou seja, desenvolver algo usando esta mesma coisa como instrumento. “Cada um tinha que ensinar alguma coisa para os demais. Por exemplo: alguém era responsável por ensinar linguagens de programação, enquanto outro tinha que transmitir os conhecimentos em sistemas operacionais, e por aí vai. Eu tive que ensinar estruturas de dados”, relembrou.

 

O DI foi criado oficialmente no final de 1967, e começou a operar formalmente em março de 1968, tendo como primeiro coordenador de pós-graduação o professor Lucena. O professor Antonio Cesar Olinto foi o primeiro diretor. Em outras ocasiões, von Staa também assumiu esses dois cargos – o primeiro por seis anos, e o segundo por dez anos. 

 

Sua vivência na PUC-Rio não parou por aí: ele também participou na criação do programa de doutorado, foi decano interino do Centro Técnico Científico (CTC), apoiou a criação do Instituto Gênesis, organizou o início do LabDI. Destacou-se por defender a existência e criação dos laboratórios temáticos, e implementou o financiamento de parte do DI com base em laboratórios temáticos. E também pelo ofício de professor dos programas de graduação e pós-graduação do departamento. Aposentou-se em 2016, e se tornou professor emérito. 

 

“Ele sempre foi um professor de excelência, principalmente em relação à formação dos alunos, que saíam de sua disciplina com competência e conhecimento muito maiores do que entraram”, testemunha o professor e amigo Marcelo Gattass. A boa relação com os estudantes é lembrada pela professora Noemi Rodriguez: “O seu comportamento cortês era muito percebido pelos alunos. Ele sempre estava interessado no trabalho deles, e era muito envolvido com cada um de seus orientados”. 

 

Paixão por programação

 

Durante o trabalho como professor do departamento, von Staa lecionou uma de suas áreas preferidas: a programação. “Ele é um excelente programador. Estava sempre desenvolvendo ferramentas, e sempre falou com uma experiência muito grande do próprio trabalho”, frisou Noemi.

 

Arndt von Staa em live com a professora e coordenadora da graduação, Noemi Rodriguez. Foto: Reprodução

Um dos programas desenvolvidos por ele foi o Talisman, um meta-ambiente de engenharia de software assistido por computador que apoia a especificação, arquitetura, projeto e desenvolvimento de software. “Foi extremamente interessante desenvolvê-lo. Levou mais ou menos cinco, seis anos de trabalho”, relatou o professor, na live com Noemi. Na mesma apresentação, ele confirmou que seu propósito era escrever programas que o ajudassem a resolver um desafio, e que se divertia com essa tarefa.

“Ele sempre procurou fazer as coisas de forma prática e rigorosa. Tinha uma certa obsessão para que os programas estivessem certos, e sempre buscou maneiras de que os profissionais formados pelo DI tivessem muita responsabilidade em seus trabalhos”, afirmou Gattass.

 

Outras passagens importantes de vida profissional de von Staa foram em 1974, quando se titulou PhD em Ciência da Computação pela Universidade de Waterloo, e em 2008, ano em que foi inscrito na Ordem do Mérito Científico e Tecnológico no grau de comendador. O professor é também membro titular da Academia Nacional de Engenharia. 

 

Ele já revelou que não gosta de escrever artigos, e que tem o vício de achar que tudo que faz se baseia em conceitos óbvios. “O que me deixa feliz é ter a impressão que, embora esteja tecnicamente obsoleto hoje, estive na frente da onda até não muito tempo atrás”, escreveu no artigo “História da Computação – Uma visão personalista”. Mais do que isso: von Staa é símbolo do DI e da história da informática no Brasil.



Técnica inovadora da Microsoft é apresentada em live do DI
segunda-feira, 17 de maio de 2021 às 18:13

Microsoft apresenta técnica inovadora de resfriamento de datacenters. Foto: Reprodução

Ricardo Bianchini e Marcos Fontoura falaram sobre o resfriamento de datacenters e sistemas de hardware e softwares, na sexta-feira (14)

 

Inovação faz parte do DNA de grandes empresas de tecnologia, como a Microsoft. Um de seus projetos mais ambiciosos – o resfriamento de datacenters, sistemas de hardware e softwares através de imersão em líquido – foi contado na live “Zissou – Uma nova arquitetura de software, servidores e datacenters usando resfriamento por imersão”, apresentada na sexta-feira (14) no YouTube e no Facebook do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio.

 

À frente da apresentação, estavam os engenheiros Ricardo Bianchini, distinguished engineer (reconhecimento dado a profissionais do mais alto nível) da Microsoft Research, e Marcus Fontoura, que atua como pesquisador technical fellow e vice-presidente corporativo da Microsoft Azure (plataforma de cloud da empresa). Fontoura também é ex-aluno do DI.  Na live, Bianchini e Fontoura apresentaram detalhes sobre o projeto Zissou, que está sendo realizado na área física dos datacenters da Microsoft a fim de melhorar o custo e outros componentes desse ambiente.

 

O projeto visa combater os desafios existentes na conservação de um datacenter. Um deles é a manutenção dos servidores em uma temperatura estável, o que é capaz de evitar o aquecimento e possíveis falhas nos equipamentos de TI. “Um datacenter com uma variação de temperatura muito grande é capaz de causar falhas nos componentes presentes lá dentro”, disse Fontoura. O especialista também citou outros contratempos, como a oxidação natural desses componentes, a contaminação dos gases da atmosfera e casos de falha humana.

 

Para se opor a esses problemas, os pesquisadores estão investindo no projeto Zissou, que incorpora a técnica de resfriamento por imersão. O método possibilita a operação dos servidores em uma temperatura estabilizada. Com isso, há o melhor funcionamento de servidores e softwares de um datacenter

 

Na técnica de resfriamento por imersão, os servidores são armazenados em um tanque e imersos em um líquido que é evaporado, condensado e reciclado dentro do próprio recipiente. Esse líquido deve permanecer em uma temperatura bem próxima daquela regular da operação dos componentes. Dessa forma, a atmosfera dentro do tanque se torna estável, evitando falhas nos sistemas e softwares. “Com um sistema de resfriamento mais potente, conseguimos rodar os servidores de forma mais agressiva”, disse Fontoura. Um vídeo que detalha o procedimento foi exibido na apresentação. 

 

Outro ponto abordado na live foi o uso de overclocking (processo que força o componente a rodar em frequência mais alta do que a especificada pelo fabricante) em elementos como a CPU, a GPU e a memória, o que é capaz de melhorar a performance desses sistemas. Por outro lado, essa ação também traz alguns aspectos negativos, como o maior consumo de energia e o impacto de confiabilidade dos componentes. 

 

Além do Zissou, a live abordou os feitos do projeto Natick, organizado entre a Microsoft Research, Microsoft Azure e a área de datacenters da empresa há alguns anos. Sua proposta era a de fazer e equipar datacenters mais eficientes. Esse projeto serviu de “inspiração” para o desenvolvimento do Zissou. 

 

Durante a apresentação, os palestrantes também descreveram demais ideias de overclocking, fail-in-place e desagregação. “O Zissou está explorando todas essas áreas”, disse Bianchini. Ao final, eles participaram de uma sessão de perguntas e respostas moderadas pelo coordenador de pós-graduação, professor Marcos Kalinowski

Assista à live na íntegra no nosso canal do YouTube ou no Facebook! Siga-nos nas redes sociais para acompanhar as próximas novidades.