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Ex-aluno do DI compartilha sua experiência como curriculum developer
terça-feira, 15 de junho de 2021 às 12:38

Ex-aluno do DI Pablo Musa trabalha como curriculum developer na empresa Elastic. Foto: Arquivo Pessoal

Pablo Musa falou sobre sua trajetória profissional e a importância do treinamento para capacitar os usuários de softwares

Com o surgimento de novos softwares, vem crescendo a demanda por profissionais que capacitem os usuários a explorar suas funcionalidades da maneira mais eficiente. Este é o papel dos curriculum developers, que criam conteúdo educativo (currículo) para ensinar o software e treinar os usuários.

 

Para falar sobre o tema, a professora Noemi Rodriguez entrevistou o ex-aluno Pablo Musa, um dos principais desenvolvedores de currículo na multinacional Elastic, em Amsterdã. A conversa, na quinta-feira (10), faz parte da série de lives promovidas pela graduação do DI e foi transmitida pelo Facebook e YouTube

Musa realiza treinamentos para usuários do principal software da empresa, o Elasticsearch, que proporciona soluções em busca, observabilidade e segurança. “A observabilidade estuda log de aplicações, métricas de servidores e application performance monitoring, que monitora a performance de uma aplicação, como o que está consumindo mais recursos ou gerando erros. E ao coletarmos essas informações, precisamos de segurança para garantir que ninguém está acessando os arquivos de maneira maliciosa”, explicou o ex-aluno do DI.

Segundo ele, o desenvolvimento do currículo parte de algumas perguntas. “Qual o espaço vazio que precisamos preencher? O que as pessoas querem aprender? Quando identificamos o que falta em termos de oferta de capacitação, a gente define os fluxos do treinamento”, afirmou.

Na criação de conteúdo para os treinamentos, é importante equilibrar textos, vídeos e interatividade, além de pensar histórias que sejam atrativas para o usuário. Outra preocupação é o data setting, ou seja, os dados que serão incluídos no treinamento. Depois da parte conceitual, os alunos passam ao ambiente de laboratório, onde se aproximam da prática. “Nesse sentido, é parecido com uma aula montada para um semestre da graduação ou da pós, por exemplo, mas em uma escala mais específica e voltada para uma ferramenta só”, comparou.

 

Professora Noemi Rodriguez entrevistou Pablo Musa durante live do DI. Foto: Reprodução/YouTube

Musa contou que já tinha envolvimento com a área de ensino quando foi aluno da PUC-Rio, onde atuou como monitor já no segundo período da graduação. “Sempre tive uma paixão muito grande por essa parte da educação, e quando entrei na PUC-Rio tive uma série de estímulos ao longo do caminho. Quando fui para o mestrado, comecei a dar aula para a graduação, o que definitivamente me preparou para minha trajetória. Ter podido investir nessa paixão desde o início e ter tido professores incríveis foi decisivo”, compartilhou Pablo, que fez Engenharia de Computação e Mestrado em Informática.

 

Para quem quer se desenvolver na área, o curriculum developer ressalta a importância de investir em um conhecimento profundo e conceitual de diferentes áreas da computação, para construir uma base forte e capacitada. “A estrutura de dados é uma parte fundamental. A partir dali, você pode criar qualquer coisa”, destacou.

Se você quer ficar por dentro das oportunidades do mercado de trabalho para profissionais da computação, não deixe de assistir as lives da graduação do DI que acontecem duas vezes por mês no Facebook e YouTube do departamento.



Em live, Wehrmann destaca importância do deep learning para revolução da IA
segunda-feira, 14 de junho de 2021 às 12:50

Novo professor do DI Jônatas Wehrmann, que ocupa o cargo “Professor Fundação Behring de Inteligência Artificial”. Foto: Arquivo Pessoal

Professor falou sobre as mudanças trazidas pela IA e os caminhos que a área ainda deve percorrer

 

Sistemas que respondem a perguntas, ajudam no diagnóstico de doenças através de análise de imagens, criam objetos que não existem, geram textos, e até músicas. As revoluções trazidas pela Inteligência Artificial (IA) são fascinantes e, para alguns, até mesmo assustadoras. “Esse tema carrega um pouco de mágica. As pessoas falam como se fosse algo que vai resolver todos os problemas do mundo, ou substituir todos os humanos, mas não é bem assim”, destacou o professor do DI Jônatas Wehrmann durante a live da pós-graduação, na sexta-feira (11), no Facebook e YouTube do departamento.

 

Wehrmann, que ocupa no DI o cargo “Professor Fundação Behring de Inteligência Artificial”, explicou que a Inteligência Artificial é uma grande área, com vários campos de pesquisa, métodos e algoritmos envolvidos. Dentro da IA, existe o machine learning (aprendizado de máquinas), que também tem uma série de algoritmos focados em treinar os próprios algoritmos para realizar tarefas, como classificação, agrupamento e recomendação. Ao investigarmos o machine learning mais a fundo, chegamos às redes neurais.

 

As redes neurais profundas (deep learning) são múltiplas camadas capazes de aprender automaticamente o conteúdo dos dados, incluindo imagens, texto, vídeo e áudio, e extrair padrões deles. 

 

“O deep learning surgiu para tentar resolver um problema: como escrever um algoritmo para reconhecer imagens? Quando falamos de visão e classificação de imagem, há uma variedade muito grande, já que os objetos podem estar representados de várias formas e se alteram de acordo com várias condições, como iluminação, posição e tamanho. No final, isso afeta o desempenho dos algoritmos”, detalhou Wehrmann.

 

Antes da revolução gerada pelo deep learning, havia uma área de pesquisa inteira para projetar algoritmos feitos à mão para extrair características de imagens, áudio e vídeo. Hoje, usando uma rede neural apenas, é possível fazer com que a rede aprenda sozinha todos os padrões a serem extraídos. Com o sucesso do deep learning em laboratórios do mundo todo, cientistas passaram a estudar novas arquiteturas, datasets e formas mais eficientes de se treinar redes neurais. 

 

“Nós apenas indicamos como a rede tem que aprender, não precisamos determinar quais são os padrões que existem. Ele vai aprender isso automaticamente e essa é a grande diferença”, afirmou o professor.

 

O desenvolvimento da Inteligência Artificial gerou grandes mudanças na forma de tratar dados. Além de facilitar tarefas como a detecção de objetos, essa tecnologia nos permite gerá-los. Com a IA, é possível criar desde faces de pessoas que não existem até obras de arte, além de melhorar resolução de imagens, colorizar e editar. 

 

O texto também é uma grande dificuldade para os pesquisadores e desenvolvedores de IA, já que existem milhares de palavras, em centenas de idiomas e que mudam de significado ao longo do tempo e de acordo com o contexto. No seminário, Wehrmann descreveu o funcionamento do conhecido GPT-2 (Generative Pre-Training Transformer 2), uma inteligência artificial de código aberto capaz de fazer traduções, responder a perguntas, fazer resumos e até mesmo criar textos. 

 

Um dos trabalhos desenvolvidos por Wehrmann se concentra no aprendizado multimodal, uma arquitetura que processa imagens e textos. O professor, que já trabalhou em projetos com empresas como Motorola, Google, Shell e Samsung, ressaltou que um desafio da área é levar o modelo para outros idiomas além do inglês. 

 

“Poderíamos ter mais variações, como em português, para automatizarmos os processos e trazermos uma revolução para o Brasil. Por aqui, ainda está levando um tempo. Não há muitas pesquisas por falta de mão-de-obra e recursos. Esta é uma área que ainda tem um grande caminho a ser percorrido”, pontuou o professor. 

 

O seminário “Oportunidades de Pesquisa com Inteligência Artificial” foi mais uma transmissão da pós-graduação do DI, que acontece toda sexta-feira, às 15h, no Facebook e YouTube do departamento. Não fique de fora! Se inscreva no nosso canal (youtube.com/dipucrio) e ative o lembrete para não perder nenhuma das nossas lives!



Por Dentro do DI: BioBD une biologia computacional a bancos de dados
sexta-feira, 11 de junho de 2021 às 15:23

Coordenador Sérgio Lifschitz com alunos e ex-alunos do BioBD no Simpósio Brasileiro de Bancos de Dados de 2018. Foto: Arquivo Pessoal

Laboratório realiza parcerias com instituições, como Fiocruz, Inca, UFRJ e UNB, para ajudar no desenvolvimento de pesquisas

 

Em tempos de pandemia da Covid-19, as pesquisas na área das ciências biológicas vêm ganhando destaque e gerando conhecimentos fundamentais para a sociedade. Já parou para pensar em como a computação pode contribuir para esses resultados? 

 

O Laboratório de Bioinformática e Bancos de Dados (BioBD), do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio, conduz pesquisas que unem biologia computacional e bancos de dados para desenvolver ferramentas que ajudem os cientistas. O BioBD realiza parcerias com pesquisadores e laboratórios de instituições e universidades, como Fiocruz, INCA, UFRJ, UERJ e UnB.

 

“Nossa contribuição permite que os cientistas desenvolvam produtos e pesquisas que vão ter efeitos diretos e extremamente relevantes à população, como no tratamento de doenças. Com a nossa colaboração, através de conhecimentos em modelagem e técnicas computacionais, é possível gerar resultados com eficiência e reprodutibilidade”, destaca o coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica, professor Sérgio Lifschitz.

 

O trabalho do BioBD envolve ainda questões centrais de pesquisa de banco de dados, particularmente sistemas de banco de dados autônomos, autogerenciados e autoajustáveis. 

 

As pesquisas do laboratório começaram em 1996, inicialmente abrigadas no LabPar (Laboratório de Paralelismo). No ano 2000, foi criado o LabBio, dando foco à bioinformática, até finalmente chegar, em 2006, ao nome atual, que enfatiza a ação nas duas áreas de pesquisa e desenvolvimento.

 

Grandes parcerias

As pesquisas científicas realizadas em laboratórios de biologia molecular ou bioquímica, conhecidos como wet labs, têm custo elevado, em geral, porque demandam produtos e reagentes que encarecem o processo. A bioinformática é uma solução para otimizar e viabilizar as pesquisas, acelerando seus resultados e reduzindo seus custos financeiros. Nos dry labs, onde se realizam análises matemáticas computacionais ou aplicadas, simulações permitem descartar a necessidade de várias etapas que seriam custosas pelo método tradicional, sem o apoio do computador.

 

“À medida que a bioinformática evoluiu, muita coisa começou a ser simulada em laboratório. Então, era mais barato simular a pesquisa computacionalmente do que gastar dinheiro com experimentos nos wet labs”, explica o professor, que é especialista em bancos de dados aplicados à bioinformática.

 

O coordenador conta que um problema comum a muitas instituições científicas é a dificuldade em gerenciar, organizar e visualizar grandes volumes de dados de maneira rápida e eficiente, mesmo com a disponibilidade de máquinas robustas e com maior poder computacional. O BioBD desenvolve soluções computacionais para este e outros problemas de banco de dados. 

Professor Sérgio Lifschitz. Foto: Divulgação

“Um aspecto importante do BioBD é que nos preocupamos em como as nossas contribuições do lado da computação podem ajudar em problemas reais enfrentados pelos biólogos. É uma parceria que acaba trazendo evoluções em ambas as áreas”, afirma o professor Lifschitz.

 

A primeira parceria foi com a Fundação Oswaldo Cruz, em 1994, no início do projeto Genoma, que permitiu a codificação da sequência completa de DNA dos seres humanos. Esta foi uma oportunidade de conduzir as teorias na área de banco de dados à aplicação prática nos laboratórios através de programas de algoritmos e soluções computacionais que simulam os fenômenos biológicos e bioquímicos. A cooperação entre os dois institutos segue ativa e foi formalizada neste ano. 

 

Inicialmente, a pesquisa era focada em genomas de espécies ligadas às doenças tropicais, como o Trypanosoma cruzi, mas vem se expandindo para novas áreas. “Hoje, estamos desenvolvendo um trabalho que chamamos de ‘bioinformática 2.0’ e uma modelagem formal alternativa para o dogma central da biologia”, informa Lifschitz. Os professores do DI Edward Hermann Haeusler e Luiz Fernando Bessa Seibel também participam da iniciativa.

 

O BioBD contribui ainda com o Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, especialmente em estudos do genoma e transcriptoma da cana-de-açúcar. Lifschitz ressalta que estes resultados são relevantes na agricultura e no mercado de combustíveis, gerando impactos para a economia brasileira.

 

Outros projetos

Além da bioinformática, o BioBD é direcionado a outras aplicações interdisciplinares da engenharia de dados. Diversos projetos já foram desenvolvidos, como o BioBD ENEM, que modela o banco de dados para processar estatísticas do Exame Nacional do Ensino Médio. 

 

As planilhas liberadas pelo INEP com as notas de todos os candidatos que fizeram o ENEM a cada ano são importadas para um banco de dados relacional, já que são volumosas e é quase inviável para um computador comum abri-las. A partir deste banco, são gerados múltiplos gráficos que são de interesse para coordenadores, professores e alunos envolvidos com o Exame Nacional do Ensino Médio.

 

Outro sistema desenvolvido pelo time do BioBD é o Busc@NIMA, que faz uma indexação de dados obtidos dos currículos Lattes de todos os professores da PUC e, através de uma plataforma web, permite aos usuários encontrar quem são os pesquisadores que tratam sobre determinados assuntos, facilitando a sinergia e colaborações futuras. 

 

O BioBD desenvolve ainda protótipos funcionais, já premiados no Simpósio Brasileiro de Bancos de Dados, como o sistema DBX e a ferramenta Outer-tuning, baseada em uma ontologia inovadora especializada em sintonia fina de bancos de dados relacionais.

 

Com a palavra, os alunos

Professor Sérgio Lifschitz ao lado das alunas Mariana Salgueiro (centro) e Andrea Mourelo (direita). Foto: Arquivo Pessoal

Os alunos que passaram pelo laboratório consideram a experiência enriquecedora e guardam com afeto as lembranças dos projetos e das equipes. É o que conta a ex-aluna espanhola Andrea Mourelo, que cursou um duplo diploma em parceria entre a PUC-Rio e a École Centrale Paris, na França.

 

“Foi uma experiência incrível! Aprendi muito sobre banco de dados, modelagem, desenvolvimento web, e também sobre a linguagem PHP. Sem dúvida, essa experiência fez a diferença e me ajudou a arrumar o meu emprego atual em Paris, além de me fazer crescer muito pessoalmente”, divide Andrea, que participou do projeto Busc@NIMA.

 

O laboratório também foi importante para o ex-aluno Eric Grinstein, que contribuiu com o BioBD ENEM: “Olhando para trás, vejo que aprendi muito no BioBD e tento levar em cada novo projeto a disciplina de modelar um problema antes de começar a resolvê-lo, o que sempre trás muitas vantagens”, afirma Grinstein. Eric já trabalhou como engenheiro de dados na Microsoft e como engenheiro de software na OLX, e hoje faz doutorado no Imperial College, em Londres.

 

A aluna de mestrado do DI Mariana Salgueiro, que colabora com o BioBD e é responsável pelo desenvolvimento do Busc@NIMA, reforça a importância do laboratório na formação dela. “Além do aprendizado que eu tive pra me tornar a profissional que eu sou hoje, foi no laboratório também que eu fiz vários amigos que vou levar pro resto da vida. O ambiente é muito amigável e muito propício para você aprender coisas novas ou colocar o que foi aprendido em prática. O professor Sérgio sempre traz novos projetos e novos desafios para os estagiários”.



Nove alunos do DI ganham desafio mundial da Apple
quinta-feira, 10 de junho de 2021 às 11:58

Estudante da graduação Karina Tronkos conquistou o prêmio pelo quinto ano consecutivo

Nove alunos de graduação do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio ganharam o concurso Swift Student Challenge 2021, da Worldwide Developers Conference (WWDC), conferência anual de desenvolvedores da Apple. O desafio premiou projetos de aplicativos utilizando a Swift, linguagem de programação desenvolvida pela empresa. Os estudantes tiveram em torno de 2 semanas para desenvolver um aplicativo de forma individual e conforme as regras da competição.

A aluna Karina Tronkos foi vencedora do desafio mundial pelo quinto ano consecutivo. Pensando sempre na experiência de seus projetos para os usuários, Karina propôs um trabalho voltado à biomimética, área de estudo que se inspira na natureza para desenvolver produtos e serviços mais eficientes e de forma sustentável. 

«É muito gratificante ter nosso trabalho reconhecido em competições internacionais. Nós, brasileiros, temos um potencial enorme, e busco servir de inspiração, principalmente para meninas na área tech, mostrando que podemos alcançar ainda mais», afirma a pentacampeã, que trabalha como Product Designer na empresa Hurb e produz conteúdo no perfil do Instagram nina_talks. Recentemente, ao comentar tendências tecnológicas emergentes na Europa, ela recebeu uma pergunta curiosa de um seguidor sobre Wetten ohne Lugas 2025, levando-a a explorar brevemente como diferentes países regulamentam negócios digitais, incluindo jogos online. Discussões como essa reforçam a relevância da sua missão de incentivar jovens brasileiras a se engajarem ativamente em áreas ligadas à inovação e à tecnologia.

Entre o grupo de 350 estudantes selecionados em todo o mundo, estão ainda os alunos do DI Juliana Prado, Fernando Lobo, Frederico Lacis de Carvalho, Mateus Levi Simões Fernandes, Matheus Pereira Kulick, Matheus Sampaio Moreira, Theo Necyk e Victor Duarte.

“O projeto foi muito especial pra mim, e estou muito agradecida pela colaboração dos meus amigos, colegas e mentores da Apple Developer Academy | PUC-Rio que me ajudaram”, escreveu Juliana Prado, em suas redes sociais.  

A parceria Apple Developer Academy | PUC-Rio, criada em 2014, é um programa de estágio e formação para possíveis futuros empreendedores, desenvolvedores e designers de apps para iOS. Coordenada pelo Laboratório de Engenharia de Software (LES), do Departamento de Informática, a Apple Academy da PUC-Rio foi uma das primeiras unidades do projeto no Brasil. 

“A iniciativa recruta estudantes de diversos departamentos, é um grupo multidisciplinar. O objetivo é ser um estágio criativo, em que o aprendizado seja feito a partir de desafios. Essa é  mesmo uma experiência muito rica para os alunos”, afirma o diretor do DI Markus Endler.

Além de serem convidados a participar da WWDC, os ganhadores têm ainda suas contas de desenvolvedores iOS renovadas por 1 ano na App Store. 



Defesa de Tese de Doutorado: Uma abordagem baseada no aprendizado de máquina interativo para customização de tecnologias adaptáveis para reabilitação física
quarta-feira, 9 de junho de 2021 às 19:12

Autor: Jessica Margarita Palomares Pecho

Orientador: Alberto Barbosa Raposo

Data e Hora: 16/06/2021 às 13:30



Oportunidades de Pesquisa com Inteligência Artificial é tema de live
quarta-feira, 9 de junho de 2021 às 15:24

Professor Jônatas Wehrmann discute as revoluções que tecnologias como a IA têm causado no mundo

 

A Inteligência Artificial está cada vez mais presente no cotidiano da sociedade, e são inúmeras as oportunidades de trabalho para profissionais da área. A próxima live da pós-graduação do Departamento de Informática (DI) abordará este tema. A transmissão acontece nesta sexta-feira (11), às 15h, pelo Facebook e Youtube do DI. Quem apresenta o seminário é o professor Jônatas Wehrmann, que tem grande experiência em redes neurais e deep learning.

 

“Inteligência Artificial é uma tecnologia incrivelmente útil para automatizar processos manuais ou que precisam de larga escala. Por exemplo, humanos não conseguiriam classificar todos os e-mails enviados como spam ou não. Com esses modelos, os computadores conseguem compreender o conteúdo de texto, imagens, vídeo e áudio, e usá-lo para realizar quase qualquer tarefa, como classificação, sumarização, descrição, e até geração. Ou seja, hoje podemos criar até música através da IA”, destaca Wehrmann, que ocupa no DI o cargo “Professor Fundação Behring de Inteligência Artificial”. 

 

E os usos da Inteligência Artificial não se restringem a isso. “Existem várias aplicações desse tipo de automação na área médica também, como auxílio no diagnóstico de doenças por imagens ou exames de laboratório”, completa o professor.

 

Wehrmann já trabalhou em projetos com empresas como Motorola, Shell, Samsung, Kunumi e OSF Global Services, além de ser vencedor de três Prêmios de Pesquisa da América Latina do Google. 

 

Venha assistir e participar do seminário com suas dúvidas e comentários! Clique aqui para acompanhar. E fique ligado na nosso canal do YouTube: youtube.com/dipucrio. Inscreva-se e ative o lembrete!

 

LEIA TAMBÉM

 

http://www.inf.puc-rio.br/blog/noticia/noticia/professor-especializado-em-inteligencia-artificial-integra-quadro-de-docentes-do-di

http://www.inf.puc-rio.br/blog/noticia/noticia/inteligencia-artificial-nao-e-magica-sao-programas-diz-baffa-em-live

http://www.inf.puc-rio.br/blog/noticia/noticia/inteligencia-aumentada-vai-alem-de-ia-e-promove-transformacao-nas-empresas



Ex-aluno do DI se destaca em consultoria global de software
terça-feira, 1 de junho de 2021 às 14:51

Ex-aluno do DI Paulo Caroli palestrando do evento HSM Leadership Summit 2018. Foto: Reprodução

Paulo Caroli é um dos principais consultores da Thoughtworks, além de autor de livros

 

Um dos muitos objetivos do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio é incentivar os estudantes a explorarem novos horizontes. Foi isso que o ex-aluno Paulo Caroli fez, após concluir a graduação em Engenharia da Computação (1997) e o mestrado em Informática (1999). 

 

Hoje, Caroli mora na Espanha e atua em diversas frentes: ele é um dos principais nomes da consultoria global de software Thoughtworks, e fundou a iniciativa Caroli.org, portal de compartilhamento de conteúdo sobre inovação. É também autor de livros, como “Lean Inception: Como alinhar pessoas e construir o produto certo”, best-seller na categoria “empreendedorismo” da Amazon. Uma trajetória extensa, múltipla e que se desenhou na PUC-Rio. 

 

Durante a graduação, Caroli trabalhou como estagiário em um dos Núcleos de Inovação Tecnológica do DI, o Laboratório de Engenharia de Software (LES), coordenado pelo professor Carlos Lucena. Ali, ele teve sua primeira experiência com o mercado de trabalho, atuando em projetos com a Petrobras, parceira do laboratório.

 

Pouco antes de ingressar no mestrado, interessou-se pela área de orientação a objetos, e direcionou a sua tese neste sentido. Foi orientado pelos professores Sérgio Carvalho, que acabou falecendo quando ele estava no mestrado, e Lucena. Neste período, Caroli começou a viajar para o Vale do Silício, na Califórnia, como estudante voluntário em conferências. Em maio de 2000, recebeu uma proposta de trabalho, o que o levaria a permanecer na Califórnia por oito anos.

 

Neste meio-tempo, e com bastante influência de sua pesquisa em orientação a objetos, ele voltou sua atenção para a área de métodos ágeis (agile). Esse foi um dos motivos de sua ida para a consultoria Thoughtworks, em 2006, após passar por outras empresas. “A Thoughtworks foi uma das primeiras empresas de consultoria que seguiram essa área”, explica o ex-aluno do DI. 

Paulo é um dos principais consultores da Thoughtworks. Foto: Reprodução

A partir disso, Caroli passou a se desenvolver nesta área, da qual, hoje, é especialista. Mais especificamente, em práticas ágeis e lean, uma metodologia de gestão e padronização de processos. Na consultoria, atua com a facilitação de workshops complexos, mesclando business, tecnologia e experiência do usuário (UX).

Paralelamente, ele descobriu como paixão também a escrita, aprimorada durante o mestrado, no período de construção da tese. Ele começou a escrever um artigo por ano, para publicação em conferências. Em 2008, fundou um blog dentro do domínio caroli.org, criado desde os tempos de universidade. 

A partir de 2014, começou a escrever livros – entre eles, o “Lean Inception”. De lá para cá, publicou outros, e fundou uma editora independente, hoje ambientada também no portal caroli.org. 

 

Sua trajetória não parou por aí. “Comecei a receber muitos pedidos de treinamento das práticas escritas nos livros”, conta Caroli. Com isso, ele expandiu a caroli.org para uma empresa que também oferece treinamentos, aproximando quem busca e quem fornece conhecimento autoral. “O site vem de TI, mas está expandindo seus horizontes para outras áreas”, ele diz. 

 

Reconhecimento do DI

 

Paulo Caroli (ao centro) e colegas da PUC-Rio na inauguração do Laboratório de Engenharia de Software (LES/PUC-Rio). Foto: Arquivo Pessoal

Caroli fala com muito carinho do Brasil. Depois do período na Califórnia, ele retornou ao país em 2010, permanecendo até 2019. Foi quando desenvolveu projetos para diversas empresas nacionais, e ajudou a trazer o trabalho da Thoughtworks para cá – atualmente, a consultoria é acoplada à PUC-RS.

 

“Eu sempre quis, de alguma forma, ajudar o Brasil e a PUC. Quando retornei para cá, levei o manager director da Thoughtworks à PUC-Rio, mas optamos por estabelecê-la em Porto Alegre, na PUC-RS”, relata. 

 

Mas Caroli sempre esteve presente no entorno da universidade carioca e do DI, tanto que lançou seu primeiro livro nas dependências do departamento. Ele atribui suas conquistas à experiência e aos conhecimentos adquiridos com o corpo docente. “A formação no DI e na PUC-Rio oferece a mescla entre indústria e academia, teoria e aplicação, que me ajudou a buscar e desenvolver conhecimento prático”, resume. 

 

Caroli também relembra a importância do departamento no começo de sua vida profissional, quando ainda era estagiário do LES. “Tive acesso à excelência de conhecimento proporcionado pelos professores e colegas, além de ter tido uma ‘pitada’ da experiência com o mercado de trabalho”, finaliza.



Construção narrativa é o novo desafio para aproximar jogo e usuário
segunda-feira, 31 de maio de 2021 às 17:38

Professor Bruno Feijó exibiu o jogo The Paper and Pencil Interactive Storytelling, desenvolvido pelos alunos do DI. Foto: Reprodução/Youtube

Em live do DI, professor Bruno Feijó mostrou a importância de estruturar boas histórias para atrair os jogadores

 

“Todo mundo presta atenção no que é divertido, então é coisa séria”, compartilhou o professor Bruno Feijó na live “Narratologia Computacional e Jogos”, na sexta-feira (28), transmitida pelo Youtube e Facebook do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio. “Sejam casuais, realistas, educacionais, e-sports,… Um fato é inegável: os jogos intrigam, divertem, surpreendem, encantam”, declarou o professor, que é pioneiro no Brasil em CAD, animação e efeitos especiais. O material apresentado no seminário contou com a colaboração do professor emérito Antonio L. Furtado, que não pôde participar do evento.

Os jogos impulsionam os maiores desafios de simulação que a computação pode imaginar, levando a tecnologia a seu extremo. Por isso, Feijó costuma dizer que os games são a Fórmula 1 da computação. Em sua apresentação, o professor citou o exemplo do jogo Unreal Engine 5, que se destaca por seus detalhes de efeitos especiais cinematográficos de precisão impressionante. Segundo ele, o jogo conta com uma engenharia inteligente, adaptativa, que se traduz em fluidez e dinamismo. 

Se desempenhos inacreditáveis já foram atingidos em termos de computação gráfica e inteligência artificial, o desafio no mundo do entretenimento digital se concentra agora no desenvolvimento de narrativas.

Professor Bruno Feijó

“Humanos adoram e precisam de histórias. Ouvir, ler, assistir, participar, contar. Quando não estamos envolvidos nas histórias dos outros, estamos girando em torno de nossas próprias. Sonhamos acordados sobre o nosso passado e nosso futuro. Fabricamos histórias enquanto dormimos, todos os dias!”, compartilhou Feijó. Para ele, a história é como uma “cola social” que gera mitos e narrativas que ajudam a unir as pessoas. 

A narratologia computacional busca criar, interpretar e estruturar histórias do ponto de vista da computação. Hoje, se destacam os roteiros criativos e bem estruturados, que proporcionam uma experiência mais intensa e interativa ao usuário. Os jogos vão além de efeitos especiais e envolvem personalidade, comportamento, surpresas, empatia, cultura. Por isso, a criação de jogos demanda profissionais híbridos, de disciplinas de dentro e fora da computação, como psicologia, artes e design. 

No seminário, o professor expôs três níveis na composição de histórias, conforme determina a pesquisadora Mieke Bal. Enquanto a fábula trata do enredo, personagens e do tema; a narrativa se debruça sobre a forma de contar, pensando nos métodos, na qualidade artística e no interesse da audiência. Já o texto se volta à apresentação, à expressão material da história, explicou Feijó, que coordena o ICAD/VisionLab, laboratório de destaque na América Latina em pesquisa em storytelling interativo, data storytelling e narratologia computacional. 

The Paper and Pencil Interactive Storytelling“, um dos jogos experimentais desenvolvidos pelos alunos do DI, foi exibido durante a live. Usando realidade aumentada, o jogador interfere na história desenhando em um pedaço de papel. O sistema permite dramatizar a narrativa e afetar diretamente as decisões dos personagens a ponto de alterar completamente a história.

A apresentação integra a série de seminários de pós-graduação do DI, que acontece toda sexta-feira, às 15h. Ative o lembrete do YouTube para não perder nenhuma das nossas lives!



Live discutiu impacto de Aho e Ullman para algoritmos na era digital
sexta-feira, 28 de maio de 2021 às 18:02

Professor Roberto Bigonha (UFMG) participou de live com a professora do DI Noemi Rodriguez. Fotos: Arquivo Pessoal

Professor emérito da UFMG mostrou como o trabalho dos vencedores do Prêmio Turing afeta a computação nos dias de hoje

 

Considerados o ‘coração’ da ciência da computação, os algoritmos são fundamentais para o desenvolvimento de diversas tecnologias na era digital. Eles formam um conjunto de instruções que informam à máquina como realizar as tarefas programadas. “O trabalho dos cientistas Jeffrey Ullman e Alfred Aho, mostrou como olhar para os algoritmos de uma maneira formal, criando o caminho para entendê-los”, destacou o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Bigonha durante a live da graduação do Departamento de Informática (DI) nesta quinta-feira (27). 

 

O professor falou sobre a relevância da pesquisa dos dois vencedores do Prêmio Turing 2020, maior distinção concedida a profissionais da área de computação. A entrevista foi conduzida pela professora Noemi Rodriguez, coordenadora da graduação, e transmitida pelo YouTube e pelo Facebook do DI.

 

Bigonha e Noemi ressaltaram as importantes contribuições dos premiados para o desenvolvimento da computação no mundo inteiro, principalmente na área de compiladores, que traduzem a linguagem do usuário para a máquina. 

 

“O software impulsiona todos os dispositivos tecnológicos com os quais interagimos no dia a dia, desde telefones celulares até os implementados em empresas. Todos esses aparelhos foram escritos por seres humanos, em linguagem de programação de alto nível, e depois compilados para a linguagem dos computadores. Embora pareça distante do cotidiano comum, a eficiência no processamento de grandes volumes de dados tem aplicações práticas em diversas áreas modernas—por exemplo, no Japão, algoritmos otimizados influenciam diretamente os ??????????????????, permitindo pagamentos quase instantâneos aos usuários”, explicou Bigonha, que fez seu mestrado na PUC-Rio em 1972.

 

Ullman e Aho iniciaram sua colaboração na década de 1960, depois de concluírem o curso de doutorado na Universidade de Princeton. Nos anos 80, sintetizaram as teorias já existentes e mostraram como passar à prática com técnicas eficientes e precisas. O resultado se concretizou em dois grandes livros: “Compilers: Principles, Techniques, and Tools” e “The Design and Analysis of Computer Algorithms”. 

 

Quando anunciou os vencedores do prêmio Turing 2020, a Association for Computing Machinery (ACM), que concede a distinção anualmente, chamou atenção para a importância destas obras que educaram gerações de cientistas da computação e continuam fazendo sucesso até os dias de hoje.

 

“Um bom curso de preparação de profissionais da computação deve prover formação e treinamento. O treinamento ajuda a encontrar o primeiro emprego, mas para continuar no mercado, formação é o que interessa. Esse é o foco dos livros de Aho e Ullman: um ‘casamento harmonioso’ entre a teoria e sua aplicação prática”, compartilhou o professor Bigonha durante a apresentação.

 

A apresentação fez parte da série de seminários da graduação, que ocorre duas vezes por mês. Para não ficar de fora e acompanhar todas as lives do DI, inscreva-se no nosso canal no YouTube e curta nossa página no Facebook!



Professores do DI estão entre os mais influentes do Brasil, aponta ranking
quinta-feira, 27 de maio de 2021 às 16:54

Campus da PUC-Rio

Professores Lucena, Garcia e Schwabe estão entre os 33 pesquisadores de maior destaque na área, segundo a Guide2Research

 

Três professores do Departamento de Informática (DI) da PUC-Rio estão entre os 33 pesquisadores mais influentes em Ciência da Computação e Eletrônica no Brasil, segundo o ranking da Guide2Research, principal portal de pesquisa na área. O professor Carlos José Pereira de Lucena aparece na 11ª posição, o professor Alessandro Garcia  na 19ª e o professor aposentado Daniel Schwabe está na 30ª colocação. 

 

A classificação leva em conta os cientistas que tenham índice H do Google Scholar a partir de 40 e verifica suas publicações no Digital Bibliography & Library Project (DBLP). Também são avaliadas premiações e bolsas de cada pesquisador. Esta edição do ranking se baseou em dados coletados até 10 de maio de 2021.

 

Professor Carlos José Pereira de Lucena

Um dos grandes nomes e fundador do DI, Carlos Lucena tem uma trajetória profissional singular. Segundo a tabela, o diretor do Laboratório de Engenharia de Software do DI tem 345 artigos registrados no DBLP, 12,250 citações e índice H = 52. Lucena é também ganhador do prêmio ACM Fellow (2013) e do ACM Distinguished Member (2009). Seu artigo de maior destaque no Google Scholar, “Modularizing design patterns with aspects: a quantitative study”(2006), conta com 434 citações. Em seguida vem o  “On the reuse and maintenance of aspect-oriented software: An assessment framework”, com 365 menções.

 

Ainda de acordo com o ranking, o professor associado do DI Alessandro Garcia, que também atua no campo de Engenharia de Software, tem 253 artigos  registrados no DBLP, 9,126 citações e índice H = 46. Vários de seus trabalhos receberam distinções nas principais conferências internacionais da sua área, como o “ACM Distinguished Paper Award” do ICSE 2014. Atualmente, Garcia trabalha em parceria com grupos de pesquisa internacionais nos EUA, Inglaterra, Alemanha e Argentina. 

 

Professor Alessandro Garcia

O professor aposentado Daniel Schwabe aparece na lista com 149 artigos registrados no DBLP, 8,685 citações e índice H = 40. No Google Scholar, seu artigo mais relevante é o “HDM—a model-based approach to hypertext application design”(1993), que chega a 1105 citações. Em seguida está o trabalho “An object oriented approach to web-based applications design”(1998), citado 666 vezes.