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Ex-aluna do DI fala sobre carreira internacional em live
sexta-feira, 8 de outubro de 2021 às 13:37

Marina Leão contou como a graduação em Ciência da Computação a ajudou em sua trajetória no exterior

A coordenadora de graduação Noemi Rodriguez e a ex-aluna Marina Leão

“Eu pensei em cursar design, mas depois fui atrás de Ciência da Computação. Achei que poderia fazer animações sabendo programar. Quando entrei na PUC não sabia o que era sequer uma linha de código”. Interessada em animação, Marina Leão pensou que seu caminho seria nas artes. Ao perceber a importância da programação, entrou no Departamento de Informática (DI) e construiu uma carreira de sucesso no exterior.

A ex-aluna participou, nesta quinta-feira (7), da live da graduação do DI com a professora Noemi Rodriguez, coordenadora da graduação, e compartilhou um pouco das suas experiências fora do país. Durante o curso de Ciência da Computação, Marina passou um ano na New York University através do programa Ciências Sem Fronteiras, além de concluir um estágio de verão na Google, na Califórnia, por conta de uma parceria da empresa e a PUC-Rio.

“Foi muito diferente da minha realidade no Brasil. Falando da vida acadêmica, eu me senti muito bem preparada baseada nas aulas que eu tive na PUC. Consegui seguir as aulas direitinho. Não tive dificuldades”, disse.

Depois de concluir a graduação no DI, Marina partiu para um mestrado duplo na Europa, estudando um ano na Universidade Técnica de Berlim, e outro na Universidade Pierre et Marie Curie em Paris.

Buscando se especializar ainda mais, a ex-aluna decidiu aplicar para um novo mestrado, desta vez em interação humano-computador, na Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos. “Depois de me formar ainda estava meio perdida. Eu sabia que gostava de algoritmos, mas também sabia que gostava de design. Esses mestrados na Europa eram bem técnicos, mas uma das aulas obrigatórias era em UX. Aquilo foi o suficiente para me interessar”.

UX, ou user experience, é uma área da computação que une design ao raciocínio lógico. Um designer de UX trabalha principalmente com desenho de interfaces, tornando-as mais simples e agradáveis para o usuário.

Depois de se formar no seu segundo mestrado, Marina foi contratada pela Bloomberg, uma empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro, onde trabalha há três anos. A ex-aluna concluiu a live com um conselho para os que aspiram a uma carreira no exterior. “Para quem tem interesse em trabalhar fora, o inglês é muito importante. Não digo um inglês perfeito, aqui é cheio de estrangeiros, as pessoas falam com sotaque! Mas uma coisa essencial é o CR, o coeficiente de rendimento. Notas boas são uma moeda de troca”, concluiu.

Se você perdeu esse encontro, pode assistir à live na íntegra no canal do YouTube do DI (youtube.com/dipucrio). Para ficar ligado em futuros eventos, inscreva-se e ative as notificações!



Brad Templeton discute os impactos de carros autônomos na vida urbana
sexta-feira, 8 de outubro de 2021 às 10:23

Palestra da parceria Conexão Rio-Campinas traz um dos pesquisadores mais conceituados na área de veículos autônomos e transportes

Carro autônomo da empresa Waymo, um dos modelos apresentados pelo pesquisador na live. Foto: Divulgação

Carros ainda não são computadores, mas estão cada vez mais próximos disso. Na mais recente live da parceria Conexão Rio-Campinas nesta quarta-feira (6), o canadense Brad Templeton deu uma palestra sobre o futuro dessa tecnologia e o que a próxima revolução dos transportes deve trazer para a vida nas cidades. A “Conexão”, uma iniciativa de parceria entre o Departamento de Informática (DI) e o Instituto de Computação da Unicamp (IC), visa divulgar o que há de mais novo no mundo da informática através de encontros com pesquisadores na área.

Com uma longa trajetória no desenvolvimento de veículos autônomos, passando por empresas como Google e Waymo, o pesquisador compartilhou novas descobertas, projetos inéditos e sua larga experiência feitas ao longo da carreira. Templeton introduziu a palestra discutindo uma tendência da computação: A Lei de Moore. De acordo com esse princípio, o número de transistores em um circuito integrado (CI) dobra a cada dois anos, fazendo com que os processadores aumentem a sua capacidade exponencialmente, e o preço até caia. “Esse princípio se aplica a quase todas as tecnologias, e com carros não é diferente”, disse.

Pondo em perspectiva o impacto do uso de veículos nas cidades, o pesquisador apresentou dados que exibem os riscos ligados à condução por humanos. Em todo o mundo, 1,3 milhão de pessoas morrem em acidentes de carro todos os anos. Esse cenário implica em um custo de 871 bilhões de dólares só nos Estados Unidos. Além do custo humano, Templeton também destacou o enorme impacto ambiental desses veículos. Segundo ele, são 8 bilhões de toneladas de gás carbônico lançados na atmosfera diariamente.

Hoje, embora empresas como a Amazon e Baidu estejam à frente do desenvolvimento de veículos autônomos, a implementação em massa dessa tecnologia ainda não está de fato ocorrendo. “A Tesla, por exemplo, não tem um carro totalmente autônomo, mas conta com opções de piloto automático para a semi-autonomia. Essa função ainda depende da atenção do motorista. Se não prestar atenção na via, acidentes ainda podem acontecer”, completou Templeton.

Brad Templeton. Foto: Reprodução

Buscando mudar esse cenário, a Google tem implementado um modelo de testes em uma cidade no subúrbio de Phoenix, capital do estado norte-americano do Arizona. Lá, carros totalmente autônomos, sem presença de controle por parte de um motorista ou membro da empresa, podem ser solicitados através de um aplicativo. Segundo Templeton, esse teste nunca apresentou uma única falha ou acidente. “O futuro da mobilidade pode garantir um ambiente de trabalho portátil. Sem motorista, podemos ter assentos vis-a-vis para outras pessoas e transformar uma frota de carros em uma espécie de ‘nuvem de veículos’, que são entregues por demanda, onde e quando for necessário. Esses veículos ainda se recarregam e estacionam sozinhos”, declarou. E o passageiro nem tem que se preocupar com a manutenção, a limpeza ou combustível, além de poder se ocupar com outras coisas enquanto é transportado”.

O pesquisador também explicou que essa autonomia não se aplica só a carros, mas também a aviões e pequenos veículos aéreos. Templeton destacou que em São Paulo, uma das cidades do mundo com maior uso de helicópteros particulares para driblar o trânsito, os veículos aéreos autônomos seriam capazes de transportar um número considerável de pessoas e portanto seriam uma boa solução para redução de tráfego nas vias terrestres.

“O propósito de toda uma cidade é o transporte. Você quer que as viagens sejam mais curtas para conseguir encontrar e se relacionar com outras pessoas, para chegar rápido e confortavelmente a lugares. Frisou ainda, que as cidades sempre se transformam muito com novos os tipos de transportes. No século XVIII, foram os carros, que permitiram a criação de bairros residenciais nos subúrbios. Então, com frotas de carros autônomos e “sob demanda” certamente  outras mudanças profundas deverão acontecer. A própria dinâmica do mercado de imóveis também pode ser modificada. “Nos Estados Unidos, dizemos que o valor de propriedades depende de três coisas: local, local e local. Com as transformações dos transportes, isso também vai mudar.” Eu realmente espero que, no futuro, os estacionamentos virem parques”, disse.

Ao concluir a sua fala, Templeton abriu espaço para um bate-papo de perguntas e respostas com os participantes. Respondendo questionamentos sobre as falhas atuais de transportes autônomos, o pesquisador não mediu ressalvas ao falar dos riscos que ainda existem. “Computadores são bons em muitas coisas, mas humanos ainda são melhores em prever situações e agir conforme o cenário demanda. Se uma pessoa comete um erro e toma uma multa, não há garantias de que ela não vá fazer isso de novo. Mas o robô, se ele leva uma única multa, ele nunca mais fará isso. E melhor, todos os veículos autônomos daquela empresa também deixarão de cometer esse erro Eis uma vantagem que  uma atualização de um software traz. E perguntado se carros autônomos usam Inteligência Artificial Geral, afirmou que não. São capazes de aprender sim, mas coisas bem específicas, por exemplo reconhecer pedestres ou tomar decisões rápidas para evitar acidentes. “Mas humanos ainda têm uma enorme capacidade de abstração que a máquina não possui”, concluiu.

Não perca outros eventos da Conexão Rio-Campinas! Acesse o canal do YouTube do DI (youtube.com/dipucrio), inscreva-se e ative as notificações!



Artigo de Alessandro Garcia é premiado em congresso de software
quinta-feira, 7 de outubro de 2021 às 17:50

Trio de pesquisadores recebeu segunda colocação com trabalho sobre boas práticas em linhas de produtos

O professor Alessandro Garcia (esq.), o aluno Anderson Uchôa e o pós-doutorando Wesley Assunção. Foto: Arquivo pessoal

O professor do Departamento de Informática (DI) Alessandro Garcia trouxe para a computação da PUC-Rio mais um destaque em produção científica. O pesquisador, junto ao pós-doutorando Wesley Assunção e o aluno Anderson Uchôa, receberam a segunda colocação entre os melhores artigos do Simpósio Brasileiro de Componentes, Arquiteturas e Reutilização de Software (SBCARS).

O artigo “Do critical components smell bad? An empirical study with component-based software product lines” explorou os cuidados que programadores de linhas de produto devem ter no desenvolvimento e na qualidade de componentes críticos. De acordo com os pesquisadores, uma linha de produto de software é difícil de manter, uma vez que softwares são capazes de gerar muitos programas. O estudo realizado pelo trio investigou até que ponto os componentes críticos de três softwares gerados apresentam problemas de manutenção.

De acordo com Garcia, o prêmio é um reconhecimento do trabalho dos pesquisadores em uma fronteira ainda pouco estudada da informática. “A premiação veio coroar um trabalho que é um dos primeiros a investigar problemas recorrentes de manutenibilidade em componentes críticos de linhas de produtos de software. Muitos sistemas de software importantes no mundo, tais como editores de texto, aplicativos móveis e sistemas operacionais, são construídos na forma de linhas de produtos de software. Desenvolvedores destes sistemas podem se beneficiar diretamente das orientações derivadas do estudo que realizamos”, declarou.

 



Endler fala sobre importância de colaboração na informática em live
terça-feira, 5 de outubro de 2021 às 13:37

Conversa destacou como colaborações são importantes para a carreira cientifica

Foto: Reprodução

Em um bate papo descontraído, a live da graduação do Departamento de Informática (DI) realizada na quinta-feira (30) enfatizou alguns elementos importantes para uma boa pesquisa em sistemas de software distribuídos: as colaborações científicas entre grupos acadêmicos, os projetos com a iniciativa privada e a manutenção de grupos de alunos trabalhando em um mesmo sistema de software fundamental. A coordenadora da graduação do DI, Noemi Rodriguez, conversou com o diretor do Departamento, Markus Endler, sobre sua trajetória científica e suas experiências com P&D em sistemas de middleware distribuídos, além da importância de projetos de cooperação.

Endler contou que fez sua escolha pela computação quando ainda tinha pouca experiência em programação. Durante sua graduação em matemática (na PUC-Rio), já era fascinado pela área e percebia que a computação seria parte do futuro. Iniciou, então, em 1985, o mestrado no DI, onde fez seu trabalho de dissertação sobre lógica. A escolha pelo assunto veio por conta de estar mais familiarizado com formalismos do que com desenvolvimento de software. Em 1987 iniciou o doutorado na Alemanha, já determinado a fazer uma tese mais prática e a trabalhar com sistemas paralelos e distribuídos. Já durante esse período de doutorado, participou de alguns projetos de cooperação ESPRIT, financiados pela Comunidade Européia, e que mostraram o quanto importante eram os contatos profissionais com outros cientistas de outras universidades. Mais tarde, já professor do IME/USP, teve um grande ponto de inflexão em sua carreira científica quando participou de uma importante conferência nos Estados Unidos nos anos 1990.

“Algumas conferências mudam a sua vida. Quando a gente vai para uma conferência assim como a Mobicom, visitada por muitos pesquisadores importantes e com apresentações excelentes, isso abre os olhos. Acabamos conhecendo pesquisas muito bacanas e interessantes e isso acaba sendo muito estimulante. A partir desse encontro eu decidi que faria minha pesquisa na em computação móvel”, contou Endler, que considera bons congressos ótimas oportunidades para encontrar desenvolvedores e pesquisadores com projetos em áreas similares e fazer parcerias acadêmicas.

Durante sua passagem pelo Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), de 1994-2000, o professor teve a iniciativa de criar o Laboratório de Computação Paralela e Distribuída (LCPD/USP), um laboratório compartilhado com outros colegas do IME/USP. Quando foi para a PUC-Rio, logo replicou a experiência anterior, e em 2003 fundou o Laboratory for Advanced Collaboration (LAC), dedicado a pesquisa e desenvolvimento de middleware para sistemas distribuídos, móveis e Internet das Coisas. Laboratório que coordena desde então.

“Um laboratório assim atrai muitos alunos, eles se sentem colaboradores do projeto. O aluno não vem apenas, faz sua pesquisa, e defende a tese e vai embora. Não, durante o seu trabalho ele construiu um pedaço, um bloquinho, de software dentro de um middleware que ele pode chamar de seu. Então, ele sente prazer por estar contribuindo para o sucesso de futuros trabalhos de alunos do laboratório, que vai usar o seu software. Esse senso de pertencimento é muito importante e muito forte, sendo que  alguns ex-alunos ainda contribuem para o LAC muito depois de terem concluido suas teses”, completou Endler.

Também explicou rapidamente o termo Middleware. Trata-se de um tipo de software que fica entre uma plataforma (Windows, Linux, ou Android) e os softwares da aplicação. No caso de sistemas distribuídos, é o middleware que serve como “software-cola”, ou seja, que permite a comunicação e a coordenação entre os computadores distribuídos, bem como o acesso a recursos remotos.

Essas experiências fizeram o professor destacar também a importância, para os profissionais da área, da formação continuada e do hábito de ler trabalhos científicos, fazer pesquisas e analisar criticamente os artigos lidos. Falando sobre a qualidade do ensino e da pesquisa do DI, Endler ainda relembrou que, apesar das inúmeras oportunidades que o atual mercado de trabalho oferece, cursar um mestrado deveria ser uma opção para o estudante, pois os põem em contato com outras áreas da computação, abrindo o seu horizonte de conhecimento, podendo assim ser importantes para o crescimento profissional.

Você pode conferir esse bate-papo na íntegra no canal do YouTube do DI (youtube.com/dipucrio). Para não perder outros encontros desse projeto, se inscreva no canal e ative as notificações.



Conferência sobre Investigações Experimentais terá transmissão grátis
segunda-feira, 4 de outubro de 2021 às 15:07

O ESEM 2021 inicia dia 12 de Outubro e vai juntar pesquisadores de referência da área em encontro virtual

Foto: Unsplash

Pesquisadores que conduzem investigações experimentais em engenharia de software e praticantes do mercado de TI interessados em conhecer os resultados destes trabalhos têm um encontro marcado a partir do dia 12 de Outubro. O ACM/IEEE International Symposium on Empirical Software Engineering and Measurement (ESEM 2021) é a principal conferência internacional desse campo da computação e acontece entre os dias 12 e 15. Por conta da pandemia da Covid-19, o encontro será realizado virtualmente e será transmitido gratuitamente pelo YouTube.

O coordenador de pós-graduação do Departamento de Informática (DI), Marcos Kalinowski, foi presidente do comitê de programa, responsável pela programação do evento e pelo processo de revisão dos artigos, juntamente com a professora Teresa Baldassarre, da Universidade de Bari, na Itália. “O ESEM é meu evento científico predileto e um dos mais respeitados do mundo. Ter sido convidado para servir como presidente do comitê de programa, coordenando o trabalho dos principais pesquisadores da área, foi uma honra e um enorme prazer.” ressalta Kalinowski.

Sobre o evento em si, ele explica que “O ESEM historicamente têm publicado resultados de impacto que trazem conhecimentos a respeito de tecnologias de software, permitindo entender como elas podem ser avaliadas, as situações em que elas realmente funcionam, seus limites e como elas podem ser evoluídas. A inovação de transmissão gratuita que trouxemos para o ESEM em função da pandemia permite ampliar a visibilidade desses resultados, tanto para outros pesquisadores quanto para profissionais do mercado de TI.”

Kalinowski enfatiza ainda que “A programação está imperdível, além de novidades relacionadas com metodologia científica traz resultados inéditos de investigações em tópicos como requisitos de software, arquitetura e projeto de software, testes de software, segurança, entre outros. Assistir ao ESEM é uma grande oportunidade de atualização para pesquisadores e para profissionais atuantes na área de TI.”

O ESEM 2021, que conta com a coordenação geral do professor Filippo Lanubile da Universidade de Bari, na Itália, também terá duas palestras keynote. No dia da abertura, na terça-feira (12), Massimiliano di Penta, da Universidade de Sannio, na Itália, falará sobre como a pesquisa experimental tem apoiado e pode apoiar o desenvolvimento de novas ferramentas de desenvolvimento. Já no dia do encerramento, sexta-feira (15), os pesquisadores Maria Lomeli e Mark Harmann do Facebook (UK), farão uma palestra a respeito de desafios de medição para cyber-cyber digital twins com base em experiências com a implantação do sistema de simulação WW do Facebook.

Para não perder essa oportunidade, você deve se inscrever gratuitamente através deste link.

 



Professor do DI comenta as inovações por trás do Google
quarta-feira, 29 de setembro de 2021 às 17:52

Foto: Unsplash

Aniversário da ferramenta de buscas marcou 23 de anos revoluções na computação

Nesta semana, a ferramenta de pesquisa mais popular do mundo celebrou seu aniversário de 23 anos. Das tradicionais buscas casuais até investimentos em carros autônomos, a Google, uma das maiores empresas de tecnologia da história, ajudou a redefinir o rumo da tecnologia como a conhecemos, e até hoje as inovações da empresa seguem transformando o mundo da computação.

Uma das principais mudanças de paradigma proporcionadas pela Google foi a criação do mecanismo capaz de indicar a usuários que faziam buscas na internet os links com mais relevância sobre o tema que procuravam. Isso aconteceu no fim dos anos 1990, quando, à procura de uma forma mais fácil de fazer buscas em uma internet cada vez mais abarrotada e dominada por sites como o Yahoo e, no Brasil, o Cadê, a dupla de cientistas Larry Page e Sergey Brin desenvolveu essa metodologia.

“A ideia deles era de que não bastava indexar as páginas. Também era importante mostrar o que é mais interessante. Eles criaram uma metodologia chamada page rank. A página que é mais interessante provavelmente tem mais referências. Então, se tem uma página que é, de fato, mais importante, quer dizer que várias páginas estarão apontadas pra ela. Ele faz ali uma ordenação para achar o que é mais relevante para a sua busca e aparecer primeiro”, explicou o professor do Departamento de Informática (DI) Augusto Baffa.

A partir do sucesso da ferramenta de pesquisa, a Google partiu para outras iniciativas no ramo da tecnologia. A cultura interna da empresa incentiva usuários a criar projetos próprios que possam ser integrados ao leque de produtos da Google. Um exemplo é a rede social Orkut, uma das páginas mais visitadas do Brasil entre os anos de 2007 e 2008, criada por um programador como uma pesquisa pessoal durante sua passagem pela gigante de tecnologia.

Baffa explica que a diversidade em investimentos foi essencial para o futuro da empresa. “A Google, a partir de 2002, começou a patrocinar internamente as pesquisas. O Gmail começou como o primeiro bom e-mail de graça. Ele lia e-mails e indicava as melhores propagandas. O Google foi para um outro lado que era o de localizar dados de maneira geral. Não só dados de sites, mas de propagandas na internet, através de profilamento de usuários. Por volta de 2007, com o lançamento do iPhone, eles criaram o Android”.

O professor aponta também que um dos diferenciais da Google é sua capacidade de condensar em um único sistema uma série de serviços essenciais para a rotina. Seja no armazenamento de arquivos no Google Drive, nos e-mails pelo Gmail ou pelos trabalhos em texto no Google Docs. “A empresa atua muito nesse sentido, de organizar vidas. Tem um altruísmo. Quanto mais sabe, mais pode ajudar os usuários e dar uma resposta melhor ao que eles procuram”.

Ainda de acordo com Baffa, a Google foi crucial em uma série de inovações que tiveram grande impacto no mundo da informática. Sendo a primeira ferramenta a oferecer busca por imagens, a empresa também conta com assistentes que garantem ao usuário informações sobre filmes, resultados de partidas esportivas, quadro de medalhas durante as olimpíadas, além de dados sobre clima.

São revoluções que, na avaliação do professor do DI, estão longe de terminar. Em termos de contribuições para a computação, os próximos passos da plataforma podem ser inúmeros. Na última conferência Google I/O, onde a empresa apresenta suas novas visões para o futuro, os desenvolvedores introduziram os projetos da marca em avançar ainda mais a eficiência de assistentes virtuais. Agora, a gigante de tecnologia tem se voltado para a possibilidade de, no futuro, os usuários serem capazes de dar um briefing de tarefas para serem executados pela Google.

Um exemplo seria realizar uma reserva em um restaurante. Em alguns anos, a tecnologia desenvolvida pela empresa pode ser capaz de receber comandos do usuário, ligar para o restaurante, compreender o que é falado pelo atendente e manter uma conversa de forma totalmente automatizada. Ficção ou não, é mais um indicador de que a jovem empresa ainda deve mexer bastante com o mundo da computação.



Defesa de Tese de Doutorado: Unveiling Social and Technical Facets of Design Degradation in Modern Code Review
quarta-feira, 29 de setembro de 2021 às 12:51

Autor: Anderson Gonçalves Uchôa

Orientador: Alessandro Fabricio Garcia

Data e Hora: 04/10/2021 às 12:00



Brad Templeton fala sobre futuro de veículos autônomos em palestra
terça-feira, 28 de setembro de 2021 às 13:56

Líder em estudos sobre computação aplicada à mobilidade participa do Conexão Rio-Campinas

Brad Templeton. Foto: The Futures Agency

Qual o futuro dos transportes autônomos? A próxima palestra do projeto Conexão Rio-Campinas, uma parceria entre o Departamento de Informática (DI) e o Instituto de Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), traz um dos maiores pesquisadores do mundo no assunto para discutir o que há de mais novo sobre essa tecnologia: o canadense Brad Templeton. Autoridade nos estudos sobre desenvolvimento de carros autônomos, ele falará ao vivo pelo Zoom na próxima quarta-feira (6) às 18h.

Templeton tem uma longa trajetória em estudos da computação e é reconhecido como um líder mundial em pesquisas sobre autonomia de veículos. As tecnologias produzidas pelo cientista foram responsáveis por expandir as fronteiras do futuro dos transportes, desde robôs que são capazes de realizar entregas de maneira totalmente independente até scooters e pequenas aeronaves que não dependem de condução humana.

Com uma trajetória profissional marcada por inovações, Templeton fundou a ClariNet, a primeira empresa do mundo a manter atividades comerciais de maneira virtual ainda no início da internet, em 1989. Trazendo seus avanços para o campo dos transportes, o pesquisador foi responsável pelos primeiros passos da Google no desenvolvimento de carros autônomos. Templeton é Chair of Computing and Networks da Singularity University, presidente emérito da Electronic Frontier Foundation, diretor do Foresight Institute e consultor em robótica para uma uma série de empresas de mobilidade.

A palestra “Computerized revolution in transport, self-driving cars, flying cars and the change to cities” vai abordar a união entre computação e transportes e seu impacto na sociedade e no uso de energia. Templeton vai discutir quais são os próximos passos de uma sociedade que anda cada vez mais em direção ao uso de veículos autônomos, assim como as implicações dessa nova realidade para cidades ao redor do mundo.

O projeto Conexão Rio-Campinas é uma parceria entre o DI e o Instituto de Computação (IC) da Unicamp que busca trazer debates e palestras sobre o que há de mais novo no campo de pesquisas da computação, tecnologia e Ciência de forma geral.

Você pode conferir essa palestra na próxima quarta-feira (6) às 18h através de uma sala na plataforma Zoom. O encontro será conduzido em inglês. Para participar, você deve se inscrever através do link.



Defesa de Dissertação de Mestrado: Evaluating approaches for developers’ ethical reasoning and communication about Machine Learning models
sexta-feira, 24 de setembro de 2021 às 18:05

Autor: José Luiz Nunes

Orientador: Simone Diniz Junqueira Barbosa

Data e Hora: 01/10/2021 às 16:00



Defesa de Tese de Doutorado: ObsAct: A Reactive Programming Abstraction for the Internet of Mobile Things
sexta-feira, 24 de setembro de 2021 às 18:01

Autor: Felipe Oliveira Carvalho

Orientador: Markus Endler

Data e Hora: 01/10/2021 às 14:00